08 abril 2010

O que é, na verdade, enterrar os talentos??


Já ouvi milhares de pregações sobre a Parábola dos Talentos e sempre afirmam o seguinte: O que deixou o talento enterrado é aquele que não faz nada na obra de Deus!!! Aquele que nunca fez nada, ou aquele que estava ativo, mas "parou" de trabalhar. Mas será que enterrar o talento só está resumido a isso? Acredito que não...

Em primeiro lugar, vamos falar sobre o que é um talento. Este foi uma das moedas romanas. Veja isso:
01 talento = 60 minas e 01 mina = 100 dracmas, portanto 01 talento = 6000 dracmas. Lembra da outra parábola em que uma mulher se desespera por causa de uma dracma que perdeu dentro de casa? Imagina se ela perdesse 6000 dracmas!! É muita coisa, não? Pois bem... Por que o servo foi considerado de uma maneira tão ruim, tendo em vista que, pelo menos, ele preservou a riqueza de seu senhor. No início da parábola, não percebemos que o senhor tenha dado alguma ordem sobre multiplicar o valor das moedas.

Esta parábola de Mateus 25:14-30 ficou tão famosa no mundo ocidental que passamos a associar talento, não mais como uma moeda valiosa do antigo império, mas hoje Talento é habilidade, inata ou desenvolvida por meio de técnicas. É um dom, um presente, ou o resultado de muito treino e estudo.

Por que o talento precisa ser desenvolvido?

No século em que vivemos, as empresas, principalmente as multinacionais, estão preocupadas no desenvolvimento do que chamam de competências (técnicas e comportamentais) de seus funcionários.

Mesmo aquele que nasce com o dom da música, precisa aprender de alguma forma como manusear um instrumento, ou cantar. E mesmo assim, depois de ter aprendido todas as técnicas, dicas, formas diferenciadas etc. mesmo assim, sempre o ser humano inventa algo novo dentro da música, surgem novas melodias, ritmos etc.

Hoje, não basta apenas frequentarmos uma faculdade, pois o mundo está em total mudança e a cada dia surgem novas teorias, métodos, técnicas, tecnologias...
Enterrar o talento, portanto, é ficar acomodado, é não evoluir, é não ser criativo, é permanecer com os odres velhos, é ser rotineiro, costumeiro, litúrgico, é viver na mesmície.

Temos um Deus Criador e, portanto, criativo, que sempre tem algo novo para revelar para nós. Novas músicas, novas pregações, novos estudos teológicos, novos modos de abordar o pecador etc.
A própria palavra "revelação" significa "se mostrar aos poucos". O que Deus nos revelou ontem sobre Ele mesmo não é suficiente. Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor.

Enterrar os talentos, então, é ler para a igreja sempre a mesma passagem, cantar em todos os cultos as mesmas músicas que já cantávamos há 15 anos atrás, é fazermos sempre a mesma coisa. Sendo assim, até mesmo o ativismo pode ser um exemplo de ENTERRO DOS TALENTOS. Se Deus nos deu talentos, devemos, por isso, desenvolvê-los. Buscar de Papai o novo, o fresco.
Para cada dia, há um novo maná!!! Não podemos guardar o de ontem. O de ontem já não presta mais...

Para reflexão, analise esses versículos:

II Coríntios 5:10 - Todos compareceremos diante do tribunal de Cristo;
Romanos 14:10-12 - Cada um de nós daremos conta de nossas atitudes;
I Coríntios 3:11-15 - Qual o tipo de edifício temos construído sobre a base que é Cristo?

Tocai bem - Salmos 33:3
Os músicos eram mestres e se dedicavam apenas a adoração, e não à músicas seculares
(I Crônicas 16:4-7; 25:7; Eclesiastes 2:8,11)

Amai ao próximo para cumprir a lei - Romanos 13:8
Mensagem ministrada no dia 17/10/09 na Igreja Assembléia de Deus Vale da Bênção.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não é Mateus 15:14-30 e sim Mateus 25:14-30