“... até ao Vale de Savé, que é o vale do rei. E
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus
Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o
Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os
teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.” Gênesis
14:17-20
De repente, no meio da história de Abraão, surge e
desaparece um personagem denominado Melquisedeque. Vamos analisar as informações
que temos sobre ele:
Melquisedeque,
duplamente REI DE PAZ
“... Melquisedeque, rei de Salém...” Gênesis 14:18
- Este personagem das Escrituras era rei duas vezes. Isso
porque, além de ter a autoridade de rei (rei de Salém), seu próprio título (Melquisedeque)
significa “rei de justiça” (Hebreus 7:2).
O que significa ser rei de justiça? Melquisedeque era justo?
O que significa ser justo? Na segunda parte deste estudo nos deteremos ao termo
“justiça”.
- Ele também era rei de paz duas vezes. Salém é a
mesma palavra no hebraico para “Shalom”, que significa “Paz” (Hebreus 7:2).
Além da questão territorial, note que, embora Melquisedeque fosse rei, e
habitasse em Canaã, ele não se envolve com a guerra que ocorreu naquele lugar,
entre os quatro reis do Oriente e os cinco reis de Canaã : “E aconteceu nos
dias de Anrafel, rei de Sinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de
Elão, e Tidal, rei de Goim, que estes fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, a
Birsa, rei de Gomorra, a Sinabe, rei de Admá, e a Semeber, rei de Zeboim, e ao
rei de Belá (esta é Zoar).” Gênesis 14:1,2 Até o Abraão se meteu nessa guerra e
beneficiou os reis cananeus, porém Melquisedeque em nada teve participação
neste evento.
Salém é o território da cidade de Jerusalém (Gênesis 33:18;
Salmo 76:2). É justamente nesse texto a primeira citação clara sobre a cidade
de Jerusalém, futuramente conquistada pelo rei David e instituída como a
capital da nação de Israel.
Salomão, filho do rei David, tem esse nome também originado
da palavra “shalom”: “Eis que te nascerá um filho, que será homem de repouso;
porque lhe darei repouso de todos os seus inimigos ao redor; portanto Salomão
será o seu nome, e eu darei paz e descanso a Israel nos seus dias.” I Crônicas
22:9 Salomão foi também o rei de Salém, e rei de Paz! Diferentemente de David,
seu pai, Salomão nunca precisou se armar para o combate a fim de expandir o seu
exército. Suas únicas guerras enfrentadas durante o seu reinado foi apenas
quando este se afastou de Deus (I Reis 11). Tanto Melquisedeque quanto Salomão
apontam para Jesus como o rei de paz que reinará o mundo a partir da cidade de
Jerusalém!
- Diante de Salém ficava o Vale de Savé, que é o vale do rei, por onde Abrão passou para se
encontrar com Melquisedeque. Mais tarde será chamado de Vale de Cedrom (I Reis
15:13; II Reis 23:4,6; II Crônicas 15:16; 30:14; Jeremias 31:40). David, também
rei de Jerusalém, também passou nesse vale e subiu ao monte das Oliveiras para
adorar, quando fugiu, traído por seu filho Absalão com beijos, que acabou numa
noite morto pendurado numa árvore (II Samuel 15 – 18). Da mesma forma, Jesus, o
príncipe da paz e futuro rei de Jerusalém, passou por este vale na noite em que
foi traído por um beijo de Judas e subiu o monte das Oliveiras para adorar. Na
mesma noite, Judas morreu ao se pendurar numa árvore para se suicidar (João
18:1-3 etc.). Tanto a história do encontro de Abraão com Melquisedeque, e a
história da traição de David por seu filho Absalão, apontam para os sofrimentos
de Jesus na noite antecessora à Sua morte...
- E não é só isso. Essa região de Salém era tão importante
para Deus que as duas maiores experiências de Abraão vão ocorrer ali. Primeiro,
a sua aliança com Deus (Gênesis 15) e, anos depois, ele volta ali para
“sacrificar” seu “único” filho, Isaque (Gênesis 22). Para quem não sabe, Moriá
(Gênesis 22:2) é o mesmo território de Jerusalém (II Crônicas 3:1).
- Melquisedeque parece ter um respeito ou autoridade
diferenciada dentre os outros reis. Isso porque quando Bera, o rei de Sodoma
vai até Abraão pedir que este liberte os sodomitas que ele resgatou,
Melquisedeque aparece, ceia com Abraão, o abençoa, recebe o dízimo e desaparece
novamente. Só depois da atuação de Melquisedeque que o rei de Sodoma ‘recebe a
palavra’: “E o rei de Sodoma saiu-lhe ao encontro (depois que voltou de ferir a
Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) até ao Vale de Savé, que é o vale
do rei. E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho... E o rei de Sodoma
disse a Abrão...” Gênesis 14:17-21
- Décadas depois, no episódio da morte de Sara, esposa de
Abraão, este é revestido de autoridade semelhante em Canaã: “Responderam-lhe os
filhos de Hete: Ouve-nos, senhor; príncipe de Deus és tu entre nós;
enterra o teu morto na mais escolhida de nossas sepulturas; nenhum de nós te
vedará a sua sepultura, para enterrares o teu morto.” Gênesis 23:5,6 Abraão é
tratado como príncipe dentre os cananeus, devido sua devoção a Deus. Embora
Abraão nunca exercera autoridade monárquica em Israel, espiritualmente ele foi
reconhecido como o primeiro governante dentre os israelitas. Além de outros motivos, foi Abraão quem salvara a terra dos cananeus das mãos dos povos de Babel em Gênesis 14. Toda a Canaã lhe devia a sua liberdade...
- Abrão já tinha muitos servos (Gênesis 12:16; 13:7; 14:14;
15:3). Quando guerreou contra os reis caldeus para salvar seu sobrinho Ló e sua
família, também, trouxe consigo todos os despojos da guerra e aqueles que tinham
se tornado escravos dos caldeus. Abrão poderia ficar com todo aquele povo
resgatado como seus escravos. Mas, após o encontro com Melquisedeque, Abraão
não faz questão de nada que o remeta àquela guerra:
“E o rei de Sodoma disse a Abrão: Dá-me a mim as pessoas, e
os bens toma para ti. Abrão, porém, disse ao rei de Sodoma: Levantei minha mão
ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, jurando que desde
um fio até à correia de um sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é
teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão; Salvo tão-somente o que os
jovens comeram, e a parte que toca aos homens que comigo foram, Aner, Escol e
Manre; estes que tomem a sua parte.” Gênesis 14:21-24
É exatamente isso o que o futuro rei justo de Jerusalém fará:
nova aliança e libertação aos presos: “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te
guardarei, e te darei por aliança do
povo, e para luz dos gentios. Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do
cárcere os que jazem em trevas.” Isaías 42:6,7
“Naqueles dias e naquele tempo farei brotar a David um
Renovo de justiça, e ele fará juízo e justiça na terra.” Jeremias 33:15
Melquisedeque, o
Sacerdote
“... Melquisedeque... era este sacerdote do Deus Altíssimo.”
Gênesis 14:18
- Melquisedeque é identificado como um sacerdote. Mas o que faz um sacerdote? “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Malaquias 2:7 Cabe, portanto, ao sacerdote, representar o homem diante de Deus, e Deus diante dos homens.
Melquisedeque é aquele que trás a bênção de Deus para
Abraão, ceia trazendo o pão e o vinho, e recolhe o dízimo de Abraão para Deus.
Sendo assim, o primeiro é maior, ou seja, tem mais autoridade espiritual, do
que o segundo (Hebreus 7:6,7).
- Embora seja um sacerdote, Melquisedeque não aparece realizando sacrifícios de animais. Sua única forma de adoração ali é uma expressão de louvor ao Senhor: “... bendito seja o Deus Altíssimo...” É interessante comentar que muitos afirmam que Abraão é o pai do monoteísmo (crença em um único Deus), porém isso não é verdade. Tanto Melquisedeque quanto tantos outros que vieram antes dele serviram ao único Deus, como as Escrituras registram.
- Melquisedeque trouxe pão e vinho na noite em que Deus pediu a Abraão que cortasse os animais na tarde do próximo dia para estabelecer a aliança, em meio à trevas mesmo sendo ainda de tarde (Gênesis 15).
Sabemos que o momento da ceia entre Melquisedeque e Abraão era
noite porque está escrito:
“Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, 318, e os perseguiu até Dã. E dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os feriu, e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco.” Gênesis 14:14,15 Além disso, Deus disse para Abraão logo após o episódio com Melquisedeque: “Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.” Gênesis 15:5
“Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, 318, e os perseguiu até Dã. E dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os feriu, e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco.” Gênesis 14:14,15 Além disso, Deus disse para Abraão logo após o episódio com Melquisedeque: “Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.” Gênesis 15:5
Profeticamente, foi o mesmo que Jesus fez. Partiu o pão e o
vinho que representa a nova aliança para seus discípulos na noite anterior à
Sua morte (Mateus 26:26-31), quando tudo também escureceu em pleno dia e morreu
à tarde (Mateus 26:45-50).
- Quem lê as Escrituras, sabe muito bem que é fácil identificar a linhagem sacerdotal da tribo de Levi. Mas, quando não existia ainda a nação de Israel, Deus tinha sacerdotes que o cultuavam? A vida de Melquisedeque é uma prova de que, sim, havia. E ele não era o único, como vamos ver a seguir...
II. A PROFECIA DE
SALMOS 110, E A ORDEM DE MELQUISEDEQUE
“Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.” Salmos 110:4
O rei David compôs o Salmo 110 (Marcos 12:35-37) e, ao falar
sobre o reino do Messias, cantou que este seria um sacerdote eterno segundo a
ordem de Melquisedeque. É fácil, pelas Escrituras, percebermos a ordem, ou
seja, a linhagem sacerdotal da tribo de Levi. Mas, que ordem era essa do rei e
sacerdote Melquisedeque? Ele estava inserido em alguma genealogia?
Como falamos anteriormente, Melquisedeque significa rei de
justiça. Mas, de que forma essa justiça, segundo as Escrituras, era “herdada”?
A Bênção que se
transmite
Quando a gente vê nas Escrituras Sagradas um pai abençoando
um filho, por causa de nossa cultura ‘cristã’, achamos que é simplesmente uma
palavra bonita que o pai ou mãe deseja para o filho toda vez que esse vai para
casa, ou para o trabalho, ou simplesmente um gesto de respeito. Mas o que acontece
na Bíblia não é um simples: “– Bênção, mãe. – Deus te abençoe, meu filho!” É
maior do que isso...
“Despertado que foi Noé do seu vinho, soube o que seu filho
mais moço lhe fizera; e disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos será de
seus irmãos. Disse mais: Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem; e
seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite Jafé nas tendas de Sem;
e seja-lhe Canaã por servo. Viveu Noé, depois do dilúvio, 350 anos. E foram
todos os dias de Noé 950 anos; e morreu.” Gênesis 9:24-29
Noé simplesmente estava cumprimentando Sem, ao dar a bênção
para ele, ou o estava consagrando como o herdeiro de sua autoridade espiritual
sobre o mundo, antes de sua morte? Por que Noé não abençoou os três filhos, ou
pelo menos, Sem e Jafé? A “bênção” da autoridade espiritual só foi herdada por
Sem, o único dentre os três que temia a Deus. Perceberemos a importância desse
tipo de bênção na sucessão da família de Abraão, principalmente com seu neto
Jacó.
Abraão
“Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua
parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de
ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê
uma bênção. Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele
que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”
Gênesis 12:1-3
“Ora, Melquisedeque... e abençoou a Abrão, dizendo:
bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra!” Gênesis
14:18,19
Isaque
“Abraão, porém, deu tudo quanto possuía a Isaque;” Gênesis
25:5
“Depois da morte de Abraão, Deus abençoou a Isaque,
seu filho...” Gênesis 25:11
“E apareceu-lhe o Senhor e disse: ... serei contigo e te abençoarei...
confirmarei o juramento que fiz a Abraão teu pai; e multiplicarei a tua
descendência como as estrelas do céu, e lhe darei todas estas terras; e por
meio dela serão benditas todas as nações da terra;” Gênesis 26:2-4
Jacó
“Jacó havia feito um guisado, quando Esaú chegou do campo,
muito cansado; e disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado
vermelho, porque estou muito cansado. Por isso se chamou Edom. Respondeu Jacó:
Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Então replicou Esaú: Eis que
estou a ponto e morrer; logo, para que me servirá o direito de primogenitura? Ao
que disse Jacó: Jura-me primeiro. Jurou-lhe, pois; e vendeu o seu direito de
primogenitura a Jacó. Jacó deu a Esaú pão e o guisado e lentilhas; e ele comeu
e bebeu; e, levantando-se, seguiu seu caminho. Assim desprezou Esaú o seu
direito de primogenitura.” Gênesis 25:29-34
“E Jacó lho trouxe, e ele comeu... Disse-lhe mais Isaque,
seu pai: Aproxima-te agora, e beija-me, meu filho. E ele se aproximou e o
beijou; e seu pai, sentindo-lhe o cheiro das vestes o abençoou, e disse:
... sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os
filhos da tua mãe se encurvem a ti; sejam malditos os que te amaldiçoarem, e benditos
sejam os que te abençoarem. Tão logo Isaque acabara de abençoar a Jacó, e
este saíra da presença de seu pai, chegou da caça Esaú, seu irmão;” Gênesis
27:25-30
José e seus filhos
“E abençoou a José, dizendo: O Deus em cuja presença
andaram os meus pais Abraão e Isaque... abençoe estes mancebos... Vendo José
que seu pai colocava a mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi-lhe isso
desagradável... E José disse a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o
primogênito; põe a mão direita sobre a sua cabeça. Mas seu pai, recusando, disse:
Eu o sei, meu filho, eu o sei; ele também se tornará um povo, ele também será
grande; contudo o seu irmão menor será maior do que ele, e a sua descendência
se tornará uma multidão de nações. Assim os abençoou naquele dia,
dizendo: Por ti Israel abençoará e dirá: Deus te faça como Efraim e como
Manassés. E pôs a Efraim diante de Manassés.” Gênesis 48:15-20
“José é um ramo frutífero... pelo Deus de teu pai, o qual te
ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoara, com bênçãos dos céus em
cima, com bênçãos do abismo que jaz embaixo, com bênçãos dos seios e da madre. As
bênçãos de teu pai excedem as bênçãos dos montes eternos, as coisas
desejadas dos eternos outeiros; sejam elas sobre a cabeça de José, e sobre o
alto da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos.” Gênesis 49:22-26
Noé abençoou Sem, seu filho primogênito, com autoridade
sobre seus irmãos mais novos (Gênesis 9:24; 10:21). A primogenitura era algo
valioso, porém, no caso de Jacó, o que falou mais alto foi o temor deste pelo
Senhor. Enquanto Esaú desprezou a primogenitura, Jacó a almejava, embora tenha
falhado tanto (Gênesis 25:21-23; Salmos 47:4; Malaquias 1:2,3). O mesmo vai se
repetir com os filhos de José. Embora Manassés fosse o filho mais velho de José,
é Efraim que recebe a autoridade. Jacó transmitirá o que ocorreu com ele para
os seus netos. Sendo assim, Jacó entende que a bênção da autoridade de Deus não
está limitada ao costume da primogenitura.
E não é apenas em sua vida que isso ocorre. Na própria
história de Caim e Abel, o mais velho é reprovado por Deus, enquanto o mais
novo é aceito e honrado (Gênesis 4:1-5). O mesmo ocorre entre Abraão e Isaque.
Embora Ismael fosse o filho mais velho de Abraão, Isaque era o filho da
promessa... Jacó conhecia estes fatos? Com certeza, sim.
Para Deus, não são os laços genéticos o mais importante no
momento de receber a herança espiritual, mas sim, um determinado comportamento
que qualifica o futuro herdeiro...
Herdeiros da Justiça
Vimos acima que Melquisedeque, o “rei de justiça”, que tinha
autoridade espiritual sobre Abraão, lhe abençoou, como que “passando a bola”
(transferindo a sua autoridade), e Abraão se torna o “príncipe espiritual” de
Canaã.
“Ora, Melquisedeque... abençoou a Abrão, dizendo: bendito
seja Abrão pelo Deus Altíssimo...” Gênesis 14:18,19
“Responderam-lhe os filhos de Hete: Ouve-nos, senhor;
príncipe de Deus és tu entre nós...” Gênesis 23:5,6
Mas como Abraão recebeu ali no episódio de Melquisedeque a
herança dessa justiça, senão pela fé?
“E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como
justiça.” Gênesis 15:6
Abel, Noé, Sem, Melquisedeque, Abraão, Isaque, Jacó, José
etc. eram perfeitos? Com certeza, não. É justamente essa fé que torna Abraão, e
todos os outros, justos, que marca os escolhidos de Deus na Palavra.
“Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo
a carne? Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar,
mas não diante de Deus. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso
lhe foi imputado como justiça. Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é
imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não
pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é
imputada como justiça.” Romanos 4:1-5
Deus tornar alguém justo, não significa que Ele simplesmente
ignorou as falhas dessa pessoa. O termo “imputar” em Gênesis 15:6 significa
“lançar na conta de outro”. Alguém pagou pelos pecados de Abraão. Os erros do
patriarca foram lançados na conta de alguém...
“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e
moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor
fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” Isaías 53:5,6
A seguir, os personagens bíblicos ficaram marcados pelo
termo justiça, ou seja, TSEDEQ em hebraico (צדק),
antes de surgir o sacerdote levítico:
1. Abel, o justo
“E deu à luz mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante. E o Senhor disse a Caim:... Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? ... E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou. E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra.” Gênesis 4:2-10
Não foi apenas o sangue do sacrifício dos animais de Abel
que agradou a Deus. Antes da oferta, a sua vida era aprovável (se bem fizeres).
Atentou o Senhor para Abel (primeiro) e para a sua oferta (por último). O
sangue da vida de Abel em sacrifício falou mais (a voz do sangue do teu irmão
clama) do que o sangue derramado dos primogênitos de suas ovelhas.
“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim,
pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho
dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.” Hebreus 11:4
“Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi
derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue
de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar.”
Mateus 23:35
Assim como no caso de Abraão que já citamos, a justiça de
Abel não foi alcançada por um comportamento perfeito, embora vivesse de maneira
que buscava agradar a Deus. A justificação veio sobre a sua vida, conforme nos
afirma o escritor aos hebreus, pela fé.
Ele é o primeiro justo das Escrituras por meio da fé.
“Para que desta geração seja requerido o sangue de todos os profetas
que, desde a fundação do mundo, foi derramado; Desde o sangue de Abel, até ao
sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo; assim, vos digo,
será requerido desta geração.” Lucas 11:50,51
Abel é chamado pelo Senhor Jesus de profeta. Sendo assim,
ele não era um simples crente. Ele foi o proclamador da vontade de Deus para a
sua geração. Aparentemente, Abel morreu sem deixar herdeiros. Não somente
filhos naturais, mas também, filhos na fé. Mas, de algum modo, a sua vida
marcou. As suas ofertas de sacrifícios de animais e sua própria história, com seu
sangue derramado, falou para as próximas gerações, sobre o juízo para os
rebeldes e sobre o perdão para os que creem no Salvador...
Profeticamente, Caim era o sacerdócio ímpio (representado
pelo sacerdócio levítico da época de Jesus) que mataria o sacerdote justo (o
próprio Senhor Jesus)...
Para maiores informações sobre esse evento profético, leia a postagem Sanguinários Levitas.
Para maiores informações sobre esse evento profético, leia a postagem Sanguinários Levitas.
“E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da
aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Vede que não rejeiteis ao que fala;
porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia,
muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus; A voz do qual moveu
então a terra, mas agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a
terra, senão também o céu.” Hebreus 12:24-26
“E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela deu à luz um
filho, e chamou o seu nome Sete; porque, disse ela, Deus me deu outro filho em
lugar de Abel; porquanto Caim o matou. E a Sete também nasceu um filho; e
chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do Senhor.”
Gênesis 4:25,26
É através da linhagem de Sete, aquele que nasce após a morte
de Abel, que a justiça é herdada... Enquanto a família de Caim se afasta cada
vez mais de Deus e se aproxima cada vez mais da perversão, a segunda geração de
Sete, ao ouvir a história de que sua família surgiu após a morte do justo Abel,
eles passam a adotar a mesma fé e a invocar o nome do Senhor... (Gênesis 4).
Segue abaixo o quadro com essa genealogia:
Adam (0 – 930 d.A.)
|
Sete (130 – 1.042 d.A.)
|
Enos (235 – 1.140 d.A.)
|
Cainã (325 – 1.235 d.A.)
|
Maaleel (395 – 1.290 d.A.)
|
Yarede (460 – 1.422 d.A.)
|
Enoque (622 – 987 d.A.)
|
Matusalém (687 – 1.565 d.A.)
|
Lameque (874 – 1.651 d.A.)
|
Noé (1.056 – 2.006 d.A.)
|
“E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto
Deus para si o tomou.” Gênesis 5:24
É importante deixar claro que, como a “ordem de
Melquisedeque” não tem uma genealogia específica que passou de pai para filho,
da mesma forma, não podemos ser inocentes ao ponto de achar que toda a
descendência de Sete invocou a Deus. Quando se trata de fé, não necessariamente
“filho de peixe, peixinho é”. “Filho de crente não é crente.” O capítulo 05 de
Gênesis é claro ao dizer que Enoque andou com Deus. De alguma maneira, a
mensagem sobre o Criador passou de um para o outro, mas nem todos
necessariamente seguiram o mesmo caminho.
2. Noé, o herdeiro da
justiça
“Estas são as gerações de Noé: Noé era varão justo e reto em suas gerações: Noé andava com Deus.” Gênesis 6:9
“Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na
arca, porque te hei visto justo
diante de mim nesta geração.” Gênesis 7:1
“Ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé,
Daniel e Jó, eles pela sua justiça
livrariam apenas as suas almas, diz o Senhor DEUS.” Ezequiel 14:14
“Ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, vivo
eu, diz o Senhor DEUS, que nem um filho nem uma filha eles livrariam, mas
somente eles livrariam as suas próprias almas pela sua justiça.” Ezequiel 14:20
“Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não
se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual
condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça
que é segundo a fé.” Hebreus 11:7
“E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, a oitava
pessoa, o pregoeiro da justiça, ao
trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;” II Pedro 2:5
Como podemos ver nos seis versículos acima, Noé é citado
várias vezes como o justo, em textos diversos por todas as Escrituras. Mas, embora
ele buscasse ser agradável a Deus diante daquela sociedade corrupta, não era
perfeito. Teve seus erros. E a Bíblia não esconde suas falhas. Contudo, pela
fé, alcançou a justificação, e se tornou herdeiro e pregador dessa justiça, que
não vem do homem, mas é alcançada em Deus pela fé.
Identificamos Noé, assim como Abel, como sacerdote, por meio
do altar que ergueu após o dilúvio:
“E edificou Noé um altar
ao Senhor; e tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu
holocausto sobre o altar.” Gênesis 8:20
O conceito de animal limpo e imundo só nos é explicado bem
depois, nos dias de Moisés (Levítico 5:2; 7:21; 11; 20:25; 22:5; 27:11,27;
Números 18:15; Deuteronômio 14:3-21). Embora o foco nos dias de Moisés seja
falar sobre os animais que poderiam se comer e os que não poderiam se comer, a
base para isso era o sacrifício ao Senhor (Levítico 27:11), até porque os
sacrifícios eram comidos pelas pessoas após serem apresentados ao Senhor (Êxodo
29:32,33; Levítico 2:3,10; 6:16; 24:9; Deuteronômio 14:22-29; Ezequiel 44:29).
Esta separação entre os animais que poderiam ser
sacrificados e os animais que não poderiam ser sacrificados ao Senhor já havia
desde os dias de Noé. Sendo assim, embora não tenha uma genealogia ligada a
Abel, ele aparece como um sucessor dessa prática.
Vejamos agora a genealogia de Noé:
Noé (1.056 – 2.006 d.A.)
|
Sem (1.556 – 2.158 d.A.)
|
Arfaxade (1.658 – 2.096 d.A.)
|
Sala (1.693 – 2.126 d.A.)
|
Héber (1.723 – 2.187 d.A.)
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Pelegue (1.757 – 1.996 d.A.)
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Reú (1.787 – 2.026 d.A.)
|
Serugue (1.819 – 2.049 d.A.)
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Naor (1.849 – 1.997 d.A.)
|
Terá (1.878 – 2.083 d.A.)
|
Abraão (1.948 – 2.123 d.A.)
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“E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Sem; e seja-lhe
Canaã por servo.” Gênesis 9:26
Por que Deus não é Deus de Cão ou de Jafé? Por que apenas de
Sem? Porque, dentre os três, é Sem quem teme a Deus e recebe a bênção da
herança sacerdotal.
“Então Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de
Israel: Além do rio habitaram antigamente vossos pais, Terá, pai de Abraão e
pai de Naor; e serviram a outros deuses. Eu, porém, tomei a vosso pai
Abraão...” Josué 24:2,3
Da mesma forma que falamos sobre a genealogia de Sete até
Noé, entre Noé e Abraão se passaram vários personagens e eles não seguiram a fé
de Noé. Como podemos ver no versículo acima, a família de Abraão tinha se
afastado de Deus e caído em idolatria. Por isso Deus chama Abraão para viver
uma nova história na presença dele nas proximidades da terra onde morava
Melquisedeque... Será que Melquisedeque outrora viveu nas terras babilônicas
(terra separada para os semitas) e depois, saiu para Canaã, como Abraão?
3. Jó, o justo
sofredor
“Ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça livrariam apenas as suas almas, diz o Senhor DEUS.” Ezequiel 14:14
“Ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, vivo
eu, diz o Senhor DEUS, que nem um filho nem uma filha eles livrariam, mas
somente eles livrariam as suas próprias almas pela sua justiça.” Ezequiel 14:20
Jó é o próximo da lista citado como justo nas Escrituras.
Sabemos que ele viveu entre os dias de Sem e Abraão por três motivos:
1. Jó ele cita o dilúvio e a torra de Babel: “Multiplica
as nações e as faz perecer; dispersa as nações, e de novo as
reconduz.” Jó 12:23 Sendo assim, ele viveu no período após a torre de Babel.
2. Jó tinha idade dos homens anteriores a Abraão, próximos
da torre: “E depois disto viveu Jó 140 anos; e viu a seus filhos, e aos filhos
de seus filhos, até à quarta geração.” Jó 42:16 Se, além dos bens de Jó, sua
idade também foi dobrada (Jó 42:10), ele viveu no máximo uns 280 anos. Seria
uma idade aproximada aos seguintes personagens: Pelegue viveu 239 anos, Reú
viveu 239 anos, Serugue viveu 230 anos (Gênesis 11:18-25). “E a Éber nasceram
dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a
terra...” Gênesis 10:25
3. Sem, o filho de Noé, teve 05 filhos. “Os filhos de Sem
são: Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arã. E os filhos de Arã são: Uz, Hul,
Geter e Más.” Gênesis 10:22,23 Abraão é descende do filho de Sem chamado
Arfaxade, como vimos anteriormente. Porém o outro filho de Sem, Arã, gerou um
personagem chamado Uz. Jó vinha justamente do território desse homem, sendo
assim, possivelmente Jó era semita, como Abraão. “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era
este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.” Jó 1:1
Noé (1.056 – 2.006)
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Sem (1.556 – 2.158)
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Arfaxade (1.658 – 2.096)
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Arã
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Sala (1.693 – 2.126)
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Uz
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Héber (1.723 – 2.187)
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Jó
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Pelegue (1.757 – 1.996)
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Reú (1.787 – 2.026)
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Serugue (1.819 – 2.049)
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Naor (1.849 – 1.997)
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Terá (1.878 – 2.083)
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Abraão (1.948 – 2.123)
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Tendo em vista que Jó é anterior a Abraão, é ele que faz a
primeira citação de homens com o cargo de sacerdotes: “Aos sacerdotes leva
despojados, aos poderosos transtorna.” Jó 12:19 Isso comprova a ideia que Melquisedeque
não foi o primeiro sacerdote. Havia antes dos dias de Melquisedeque um
grupo sacerdotal, não necessariamente ligados a uma genealogia específica.
“Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus
banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia
holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura
pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó
continuamente.” Jó 1:5
“Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao
meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por
vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu não vos trate conforme a vossa
loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó.” Jó
42:8
Jó é o justo que, como um sacerdote, intercede a Deus por
sua família e por todos os que chegam a ele com ofertas de sacrifício. Em Abel
e Noé, só percebemos o ato de Deus aceitar o sacrifício. Mas em Jó entendemos a
lógica do sacrifício: a intercessão. O animal não era apenas uma oferta para
Deus, mas uma representação de quem se aproximava do sacerdote.
E, além de sacerdote, ele era o “maior” de todo o Oriente:
“E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de
bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de
maneira que este homem era maior do que todos os do oriente.” Jó 1:3
“E prosseguiu Jó no seu discurso, dizendo: Ah! quem me dera
ser como eu fui nos meses passados... quando o segredo de Deus estava sobre a
minha tenda;... Quando eu saía para a porta da cidade, e na rua fazia preparar
a minha cadeira, os moços me viam, e se escondiam, e até os idosos se
levantavam e se punham em pé; Os príncipes continham as suas palavras, e punham
a mão sobre a sua boca; A voz dos nobres se calava, e a sua língua apegava-se
ao seu paladar. Ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me
algum olho, dava testemunho de mim; Porque eu livrava o miserável, que clamava,
como também o órfão que não tinha quem o socorresse. A bênção do que ia
perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva.
Vestia-me da justiça, e ela me servia de vestimenta; como manto e diadema era a
minha justiça. Eu me fazia de olhos para o cego, e de pés para o coxo. Dos
necessitados era pai, e as causas de que eu não tinha conhecimento inquiria com
diligência. E quebrava os queixos do perverso, e dos seus dentes tirava a
presa.” Jó 29:1-17
Quão grande era a autoridade deste homem antes dos males que
lhe sobreveio...!!! Jó não era apenas um homem rico que sacrificava, mas uma
autoridade espiritual, um sacerdote real...
A vida de Jó nos impressiona tanto que, mesmo em seus dias, pelo menos dois mil anos antes de Jesus nascer, ele já clamava por sacerdote superior, que pudesse alcançar Deus e o homem. Alguém que fosse ao mesmo tempo Deus e homem. Para maiores informações sobre isso, leia a postagem Jó clamou por Jesus.
A vida de Jó nos impressiona tanto que, mesmo em seus dias, pelo menos dois mil anos antes de Jesus nascer, ele já clamava por sacerdote superior, que pudesse alcançar Deus e o homem. Alguém que fosse ao mesmo tempo Deus e homem. Para maiores informações sobre isso, leia a postagem Jó clamou por Jesus.
4. Melquisedeque, o
rei de justiça
“A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz;” Hebreus 7:2
“E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era
este sacerdote do Deus Altíssimo.”
Gênesis 14:18
Se Abraham o honra, ele o conhece, ou conhece sua fama, ou algo nesse sacerdote o identifica a uma ordem sacerdotal.
Melquisedeque, portanto, não traz pão e vinho por mera conscidência. É dessa maneira que o encontro dos dois é marcado. Havia um rito conhecido de Abraham ocorrendo ali...
Melquisedeque não trouxe pão e vinho simplesmente porque Abraham precisava se alimentar. Ou porque esses eram os únicos tipos de alimentos que havia ali em Salém. Ele trouxe para Abraham pão e vinho justamente porque era parte de um rito. As Escrituras dizem que Melquisedeque trouxe pão e vinho porque era sacerdote do Deus Altíssimo:
"Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo;" Gênesis 14:18
Este ritual é tão importante para o Senhor Jesus que Ele o institui como um memorial eterno:
"E, chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com ele os apóstolos. E disse-lhes: Tenho desejado ardentemente comer convosco esta páscoa, antes da minha paixão; pois vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus. Então havendo recebido um cálice, e tendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; porque vos digo que desde agora não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus. E tomando pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto em meu sangue, que é derramado por vós." Lucas 22:14-20
Para mais detalhes desse evento, leia a postagem O Segredo da Páscoa.
Não é apenas o momento da ceia que liga o episódio do encontro de Abraham e Melquisedeque com o episódio da ceia de Jesus e Seus discípulos.Vejamos as semelhanças:
- Era noite (Gênesis 14:15; Mateus 26:20,31);
- Noite anterior à aliança (Gênesis 15:18; Mateus 26:28);
- Ceia com pão e vinho (Gênesis 14:18; Mateus 26:26-29);
- Local da ceia: Jerusalém (Gênesis 14:18; Mateus 20:17);
- Passagem pelo vale/ribeiro de Cedrom (Gênesis 14:17; João 18:1);
- Morte à tarde (Gênesis 15:9-12; Mateus 27:45,46);
- Escuridão em pleno dia (Gênesis 15:12,17; Mateus 27:45,46);
- Encontro com um sacerdote (Gênesis 14:18; João 18:13-24);
- Encontro com o governador de Jerusalém (Gênesis 14:18; Lucas 23:1);
- Houve um confronto (Gênesis 14:1-16; João 18:10,11);
- Repetição do número três (Gênesis 15:9; Marcos 14:30,41,72; 15:25,33).
Sobre o dízimo, leia a postagem O Dízimo.
Se Abraham o honra, ele o conhece, ou conhece sua fama, ou algo nesse sacerdote o identifica a uma ordem sacerdotal.
Melquisedeque, portanto, não traz pão e vinho por mera conscidência. É dessa maneira que o encontro dos dois é marcado. Havia um rito conhecido de Abraham ocorrendo ali...
Melquisedeque não trouxe pão e vinho simplesmente porque Abraham precisava se alimentar. Ou porque esses eram os únicos tipos de alimentos que havia ali em Salém. Ele trouxe para Abraham pão e vinho justamente porque era parte de um rito. As Escrituras dizem que Melquisedeque trouxe pão e vinho porque era sacerdote do Deus Altíssimo:
"Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo;" Gênesis 14:18
Este ritual é tão importante para o Senhor Jesus que Ele o institui como um memorial eterno:
"E, chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com ele os apóstolos. E disse-lhes: Tenho desejado ardentemente comer convosco esta páscoa, antes da minha paixão; pois vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus. Então havendo recebido um cálice, e tendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; porque vos digo que desde agora não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus. E tomando pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto em meu sangue, que é derramado por vós." Lucas 22:14-20
Para mais detalhes desse evento, leia a postagem O Segredo da Páscoa.
Não é apenas o momento da ceia que liga o episódio do encontro de Abraham e Melquisedeque com o episódio da ceia de Jesus e Seus discípulos.Vejamos as semelhanças:
- Era noite (Gênesis 14:15; Mateus 26:20,31);
- Noite anterior à aliança (Gênesis 15:18; Mateus 26:28);
- Ceia com pão e vinho (Gênesis 14:18; Mateus 26:26-29);
- Local da ceia: Jerusalém (Gênesis 14:18; Mateus 20:17);
- Passagem pelo vale/ribeiro de Cedrom (Gênesis 14:17; João 18:1);
- Morte à tarde (Gênesis 15:9-12; Mateus 27:45,46);
- Escuridão em pleno dia (Gênesis 15:12,17; Mateus 27:45,46);
- Encontro com um sacerdote (Gênesis 14:18; João 18:13-24);
- Encontro com o governador de Jerusalém (Gênesis 14:18; Lucas 23:1);
- Houve um confronto (Gênesis 14:1-16; João 18:10,11);
- Repetição do número três (Gênesis 15:9; Marcos 14:30,41,72; 15:25,33).
Isso explica um pouco do interesse de Jesus em celebrar aquela ceia. Aquele momento foi profetizado 2 mil anos no episódio de Melquisedeque.
Interessante que não ficou só nisso. Mil anos antes também ocorreu outro episódio que profetizou esse momento de ceia entre Jesus e os doze:
- Davi foi traído (II Samuel 15:1-6; Mateus 26:14-16);
- Davi foi traído por alguém que amava, seu próprio filho (II Samuel 13:39; 18:33; Mateus 26:23-25,50);
- Davi foi traído com beijos (II Samuel 15:5,6; Mateus 26:48,49);
- Era noite (II Samuel 17:1,8,16; Mateus 26:20,31);
- Davi, rei de Jerusalém (II Samuel 15:14,15; Mateus 27:11,37);
- Davi passa pelo ribeiro/vale de Cedrom (II Samuel 15:23; João 18:1);
- Davi sobe o Monte das Oliveiras (II Samuel 15:30; Mateus 26:30);
- Davi adora (II Samuel 15:32; Mateus 26:30);
- Davi é perseguido por um exército (II Samuel 15:1; Mateus 26:47);
- Davi encontra-se com um sacerdote (II Samuel 15:24-29; João 18:13-15,19,24);
- Davi come pão e vinho, além de outros alimentos (II Samuel 16:1; Mateus 26:26-29);
- Um dos traidores se enforcou (II Samuel 17:23; Mateus 27:5);
- O traidor morre pendurado numa árvore (II Samuel 18:9-14; Mateus 27:5; Atos 1:16-19);
- Davi é zombado (II Samuel 16:7-13; Mateus 27:28-30,39-49);
- Davi repreende quem quer atacar seu inimigo (II Samuel 16:9,10; Mateus 26:50-53);
- Houve uma batalha (II Samuel 18:1-8; Mateus 26:50-53).
Sobre o dízimo, leia a postagem O Dízimo.
Já falamos um pouco sobre Melquisedeque no início do estudo e continuaremos
falando depois. Portanto, nesse momento, não vamos entrar em outros detalhes, senão
frisar que é ele o próximo da listagem dos justos que vai ‘passar a bola’ para
o Abraão.
5. Abraão,
justificado pela fé
“E creu ele no SENHOR, e foi-lhe imputado isto por justiça.” Gênesis 15:6
Abraão falhou muito em sua vida, mas foi justificado pela
fé, entrando na lista dos que exerceram o sacerdócio. Vejamos alguns momentos
em que ele atua sacrificando ao Senhor:
“E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua descendência
darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera.”
Gênesis 12:7
“E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel,
e armou a sua tenda... e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do
Senhor.” Gênesis 12:8
“Até ao lugar do altar que outrora ali tinha feito; e Abrão
invocou ali o nome do Senhor.” Gênesis 13:4
“E Abrão mudou as suas tendas, e foi, e habitou nos
carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao
Senhor.” Gênesis 13:18
“E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou Abraão
ali um altar e pôs em ordem a lenha... Então levantou Abraão os seus olhos e
olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e
foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu
filho.” Gênesis 22:9-13
Seu filho, Isaque, e seu neto, Jacó, seguiram o mesmo
caminho:
“Então edificou ali um altar, e invocou o nome do Senhor, e
armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço.” Gênesis
26:25
“E levantou ali um altar, e chamou-lhe: Deus, o Deus de
Israel.” Gênesis 33:20
“Depois disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e
habita ali; e faze ali um altar ao Deus que te apareceu... E edificou ali um
altar, e chamou aquele lugar El-Betel; porquanto Deus ali se lhe tinha
manifestado, quando fugia da face de seu irmão.” Gênesis 35:1-7
Interessante que, após Jacó e os 70 descendentes entrarem no
Egito, não se fala mais de sacrifícios, de altares ou qualquer outra atitude
que remeta a um sacerdócio ao Deus Criador. Mas Deus não fica sem um
intercessor/representante na terra. Nos arredores de Canaã surge mais um
personagem identificado como sacerdote, novamente com linhagem desconhecida:
“... Moisés fugiu de
diante da face de Faraó, e habitou na terra de Midiã, e assentou-se junto a um
poço. E o sacerdote de Midiã tinha sete filhas... E Moisés consentiu em morar
com aquele homem; e ele deu a Moisés sua filha Zípora...” Êxodo 2:15-22
“E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro,
sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de
Deus, a Horebe.” Êxodo 3:1
“Ora Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés... disse: Bendito
seja o Senhor, que vos livrou das mãos dos egípcios e da mão de Faraó; que
livrou a este povo de debaixo da mão dos egípcios. Agora sei que o Senhor é
maior que todos os deuses; porque na coisa em que se ensoberbeceram, os
sobrepujou. Então Jetro, o sogro de Moisés, tomou holocausto e sacrifícios para
Deus; e veio Arão, e todos os anciãos de Israel, para comerem pão com o sogro
de Moisés diante de deus.
E aconteceu que, no outro dia, Moisés assentou-se para
julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à
tarde. Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse:...
Não é bom o que fazes. Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que
está contigo... E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto
tinha dito; E escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por
cabeças sobre o povo; maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta e
maiorais de dez. E eles julgaram o povo em todo o tempo; o negócio árduo
trouxeram a Moisés, e todo o negócio pequeno julgaram eles. Então despediu
Moisés o seu sogro, o qual se foi à sua terra.” Êxodo 18:1-27
Há os que querem atribuir a Jetro, sogro de Moisés, um
sacerdócio aos deuses estranhos, um sacerdote idólatra qualquer. Porém não é
isso que a Bíblia afirma. Jetro foi o homem que acompanhou Moisés durante seus
40 anos como pastor de ovelhas na terra de Midiã. Ali, Moisés teve contato com
os sacrifícios ao Senhor, com os conselhos de seu sogro e foi ali que Deus o
chamou após o período de tratamento/treinamento.
Possivelmente é com Jetro que Moisés aprende a adorar a Deus
através dos sacrifícios. Justamente é o Moisés que vai passar o bastão do
sacerdócio para a tribo de Levi.
Outro ponto interessante é o fato de Midiã ser o território nas
proximidades onde Jó habitava. Uz era na terra de Edom (Jeremias 25:19;
Lamentações 4:12) e Midiã também (I Reis 11:14-18). Será que Jetro herdou o
sacerdócio de Jó? Será que Melquisedeque, rei de Jerusalém, teria alguma
ligação com esses personagens? Jerusalém é uma cidade dentro da antiga Canaã,
mas a localização de Jerusalém é muito próxima à antiga Edom...
O que une todos esses personagens, se nem estão
necessariamente na mesma linhagem genética? Se existe uma justiça como herança
concedida a Noé, ele herdou de alguém. Se existe uma ordem sacerdotal de
Melquisedeque, o rei da justiça, ele a recebeu e transmitiu para outro alguém.
Na lista acima destacamos os personagens que estejam ligados à palavra
“justiça”, seus herdeiros e os sacerdotes ligados a eles. Se colocássemos numa
ordem, ficaria mais ou menos assim:
Adam (0 – 930)
|
||||
Abel
|
Sete (130 – 1.042)
|
|||
Enos (235 – 1.140)
|
?
|
?
|
||
Cainã (325 – 1.235)
|
||||
Maaleel (395 – 1.290)
|
||||
Yarede (460 – 1.422)
|
||||
Enoque (622 – 987)
|
||||
Matusalém (687 – 1.565)
|
||||
Lameque (874 – 1.651)
|
||||
Noé (1.056 – 2.006)
|
||||
Sem (1.556 – 2.158)
|
||||
Arfaxade (1.658 – 2.096)
|
Arã
|
|||
Sala (1.693 – 2.126)
|
Uz
|
|||
Héber (1.723 – 2.187)
|
?
|
|||
Pelegue (1.757 – 1.996)
|
Jó
|
|||
Reú (1.787 – 2.026)
|
||||
Serugue (1.819 – 2.049)
|
||||
Naor (1.849 – 1.997)
|
Melquisedeque
|
|||
Terá (1.878 – 2.083)
|
||||
Abraão (1.948 – 2.123)
|
||||
Isaque (2.048 – 2.228)
|
||||
Jacó (2.108 – 2.255)
|
||||
Levi
|
||||
Coate
|
||||
Anrão
|
Jetro
|
|||
Arão
|
Só para esclarecer, Jó não viveu necessariamente nos dias de
Pelegue até Serugue. A imagem é só para dizer que ele viveu em algum período
relacionado a esses três personagens.
Para concluir essa segunda parte do estudo, voltamos para o
Salmo 110. Como David entendeu que o Messias seria sacerdote eternamente
segundo a ordem de Melquisedeque? Por que David reconhece a autoridade de
Melquisedeque?
Um dos seus primeiros esforços como rei de Israel é tomar
Jerusalém, a cidade de Melquisedeque, e instituir ali a capital do reino (II
Samuel 5:6); Não somente isso, mas, além disso, transfere a arca da aliança para
lá, instituindo Jerusalém também como o centro de culto de Israel (II Samuel
6:15). Foi ali que David ergueu uma tenda para a arca, o que também Deus promete
reerguer:
“David também fez casa para si na cidade de David; e
preparou um lugar para a arca de Deus, e armou-lhe uma tenda.” I Crônicas 15:1
“Porque o trono se firmará em benignidade, e sobre ele no
tabernáculo de David se assentará em verdade um que julgue, e busque o juízo, e
se apresse a fazer justiça.” Isaías 16:5
“Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo caído de David,
e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e o
edificarei como nos dias da antiguidade;” Amós 9:11 (Atos 15:16)
David demonstra desejar viver esse sacerdócio real (II
Samuel 6:14; I Crônicas 15:27), mas enquanto o sacerdócio de Levi estivesse
erguido, o sacerdócio da ordem de Melquisedeque não poderia retornar (Mateus
21:43-45).
Entendemos que um outro personagem influenciou muito a vida
de David. Este se chama Samuel. Samuel era da tribo de Levi (ok), da família de
Coate (ok), porém, não era descendente de Arão (sujou!). Sendo assim, jamais
Samuel poderia exercer o sacerdócio. Mas, o que aconteceu? 454
Samuel era da família de Corá: I Crônicas 6:33-38. Os filhos
de Corá são justamente o grupo que não foi condenado durante a rebelião contra
o sacerdócio de Arão (Números 16:1-50; 26:9-11). Corá queria o sacerdócio
levítico, mas os filhos de Corá desejaram outro tipo de sacerdócio. Eles
entraram no ‘Santo dos Santos’, não através das cortinas do tabernáculo de
Moisés com sacrifícios de animais, mas através da adoração com cânticos ao
Senhor. São dos filhos de Corá pelo menos doze salmos: 42 - 49; 84 - 85; 87 -
88.
Nos dias de Samuel, enquanto o sacerdócio levítico estava
corrompido, Samuel é chamado pelo Senhor para representá-lo na terra (I Samuel 2:11-36;
3:1-21). Embora Samuel não fosse da linhagem de Arão, ele foi profeta,
‘sacerdote’ (I Samuel 9:12-14; 13:8-12) e ainda foi ‘rei’ (na verdade, juiz: I
Samuel 7:15-17). É Samuel quem vai dizer:
“Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que
o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura
de carneiros.” I Samuel 15:22
O que o rei David vai repetir em outras palavras depois:
“Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus
ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado não requeres.” Salmo 40:6
“Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos
daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o
espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó
Deus.” Salmo 51:16,17
Samuel compreendeu que o sacerdócio levítico de sua época
estava falido, e que havia um sacerdócio mais excelente... David entendeu que
haveria um Sacerdote mais excelente... não segundo uma ordem genética, mas uma
ordem que segue um certo padrão de comportamento...
“Moisés e Arão entre os seus sacerdotes, e Samuel entre os
que invocavam o seu nome, clamavam ao Senhor, e Ele os ouvia.” Salmos 99:6
III. O SACERDÓCIO DE
JESUS REVELADO EM HEBREUS
O ideal divino era que Adam fosse o rei (“... enchei a
terra, e sujeitai-a; e dominai...” Gênesis 1:28) e sacerdote (“...o pôs no
jardim do Éden para trabalhar e o guardar...” Gênesis 2:15) de toda a terra.
Mas a vida de Adam é reprovada. Deus coloca em seu lugar querubins (“E havendo
lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden...” Gênesis
3:24), até que surja o último Adam, o sumo sacerdote, que reinará sobre a terra
(I Coríntios 15:45).
Melquisedeque, na verdade, apareceu como uma parábola, um
sinal, uma profecia sobre quem será o último Adam. O sacerdote perfeito que
reinará a partir de Jerusalém todo o planeta.
Jesus, sacerdote?
Em toda a carta aos Hebreus, Jesus é mencionado como o nosso
sumo sacerdote (Hebreus 2:14-18; 3:1; 4:14,15; 5:1-10; 6:19,20; 7:1-28; 8:1-6;
9:6-25; 10:11; 13:11). Parte da carta é para provar/explicar a superioridade do
sacerdócio de Jesus com relação ao sacerdócio levítico. Parte da carta é para
reforçar o direito de Jesus ao sacerdócio, utilizando-se da profecia do Salmo
110 e da história de Gênesis 14.
Vejamos as comparações que o escritor ao Hebreus faz entre
Jesus e Melquisedeque:
“aonde Jesus, como precursor, entrou por nós, feito
sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” Hebreus 6:20
Jesus foi reconhecido como sacerdote após Sua morte e
ressurreição, quando ascendeu aos céus, diante da presença do Pai.
“Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote
do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da
matança dos reis, e o abençoou; a quem também Abraão deu o dízimo de tudo,”
Hebreus 7:1,2a
Abraão estava em pecado ao encontrar-se com Melquisedeque,
porém logo em seguida é justificado pela graça de Deus, por meio da fé (Gênesis
15:6). Jesus é o sacerdote que nos torna justo, não por nossos méritos, mas
pelo Seu próprio sangue derramado na cruz somos limpos.
“e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e
depois também rei de Salém, que é rei de paz;” Hebreus 7:2b
Jesus é quem nos torna justos. Jesus é quem nos dá a paz!
“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e
moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor
fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” Isaías 53:5,6
“Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de
dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece
sacerdote para sempre.” Hebreus 7:3 Melquisedeque, logicamente, teve um pai e
uma mãe, porém não citados. Sendo assim, Melquisedeque é sacerdote, não por
causa de uma herança genética, como os levitas, mas por conta de uma forma de
viver.
“Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o
patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. E os que dentre os filhos de Levi
recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto
é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. Mas aquele,
cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o
que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo
maior. E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de
quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi,
que recebe dízimos, pagou dízimos. Porque ainda ele estava nos lombos de seu
pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro.” Hebreus 7:4-10
O escritor aos hebreus prova a superioridade da ordem
sacerdotal de Melquisedeque sobre o da tribo de Levi, mostrando que o pai dos
levitas, Abraão, se submeteu à Melquisedeque, recebendo a bênção e
entregando-lhe o dízimo. Se a família de Levi recebeu o sacerdócio, poderia
entregar um dia para outro...
“De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico
(porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro
sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado
segundo a ordem de Arão? Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se
faz também mudança da lei.”
“Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a
outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar, visto ser manifesto que nosso
Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio.”
Hebreus 7:14
Jesus não nasceu sacerdote. Ele era da tribo de Judá. Mas o
Seu estilo de vida o faria um sacerdote da ordem de Melquisedeque.
“E fala-lhe, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis
aqui o homem cujo nome é RENOVO; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo
do SENHOR. Ele mesmo edificará o templo do Senhor, e ele levará a glória;
assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono, e
conselho de paz haverá entre ambos os ofícios.” Zacarias 6:12,13
Um dia o povo de Israel quis um rei. Separou o sacerdócio do
governo. Mas um dia Jesus trará a união do sacerdócio real novamente...
Maranatha!
“E muito mais
manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro
sacerdote, que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas
segundo a virtude da vida incorruptível.” Hebreus 7:15,16
O que faz alguém ser sacerdote semelhante à Melquisedeque,
ou, segundo a ordem de Melquisedeque? O sacerdócio levítico dependia, segundo o
mandamento (Torah), ser de uma determinada genealogia, da tribo de Levi,
família de Coate, descendente de Arão...
Esse texto nos dá base para entender e provar que, por
exemplo, houve homens que herdaram o sacerdócio, não porque eram filhos do
sacerdote anterior, mas sim, porque tiveram o mesmo entendimento, a mesma fé, o
mesmo comportamento e o rei David entendeu isso. Como já falamos antes, Abel
não deixou descendentes que o seguissem, mas na linhagem de Sete vão surgir
homens com a mesma fé...
Esse texto bíblico acima mostra que o que habilitou Jesus
para ser da ordem de Melquisedeque não foi grau de parentesco. Não foi
necessariamente uma determinada genealogia. Mas sim, um modo de vida,
comportamentos de sacerdotes como Melquisedeque...
“E visto como não é sem prestar juramento (porque certamente
aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes, mas este com juramento por
aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote
eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque, de tanto melhor aliança Jesus
foi feito fiador.” Hebreus 7:20-22
Vemos muitas vezes nas Escrituras Deus jurando por Ele mesmo
que a descendência de Abraão, Isaque e Jacó herdariam a terra de Canaã (Gênesis
22:16; 24:7; 26:3; 50:24; Êxodo 13:5; 13:11; 32:13; 33:1; Levítico 5:22;
Números 11:12; 14:16,23; 32:11; Deuteronômio 1:8,35; 2:14; 4:31; 6:10,18; ). E
ainda que muitas adversidades tenham ocorrido desde os dias de Josué, nunca os
inimigos de Israel conseguiram eliminar totalmente os israelitas de suas
terras. Mesmo nas guerras nos dias dos juízes, nos dias dos reis, no período de
cativeiro babilônico, nos dias do império persa, grego, nos dias em que Roma
expulsou os judeus, nas perseguições católicas, nas guerras árabes etc. Sempre
Deus preservou um grupo, uma resistência, um remanescente naquele território.
Mas não encontramos na Bíblia Deus jurando que o sacerdócio
levítico seria perpétuo. Somente o sacerdócio do Messias no Salmos 110.
“E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande
número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, mas este, porque
permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.” Hebreus 7:23,24
Deus não jurou que o sacerdócio de Arão seria eterno (Êxodo
28:1-3), nem de seu filho Eleazar (Números 20:22-29). Mas Deus prometera ao neto
de Arão, filho de Eleazar, Fineias, que seus descendentes seriam sacerdotes
para sempre (Números 25:7-13).
Arão tinha dois filhos: Eleazar e Itamar eram filhos de Arão
(Êxodo 6:23). E, embora houvesse a promessa sobre o sacerdócio de Fineias,
houve um tempo em que os descendentes de seu tio Itamar que ministrava o
sacerdócio: Pelo menos da época de Eli até os dias de David e Salomão. Os
sacerdotes da linhagem de Itamar (I Crônicas 24:3,6) eram: Abiatar, filho de
Aimeleque (I Samuel 23:6), filho de Aitube (I Samuel 22:11), filho de Finéias,
filho de Eli (I Samuel 14:3). É importante reforçar que este Fineias não é o
filho de Eleazar, mas um descendente de Itamar.
O rei David trouxe novamente à evidência o sacerdócio dos
filhos de Eleazar, mas é Salomão que reconhece finalmente de volta a
descendência de Eleazar (I Samuel 2:30-36; I Reis 2:27).
Esse parêntese aberto do sacerdócio eterno dos descendentes
de Fineias (note, não é que Fineias seria sacerdote eterno, mas sim, sua
descendência teria um sacerdócio eterno, o que ainda é possível) indica que a
promessa era condicional. Se os descendentes de Fineias agissem como seu pai,
servindo ao Senhor, herdariam o seu sacerdócio. Mas isso não é o que ocorreu...
“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele
se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha
tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito
mais sublime do que os céus; Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de
oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e
depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Porque
a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento,
que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.” Hebreus
7:25-28
O sacerdócio de Arão, Eleazar, Fineias era constituído de
homens falhos, que precisavam oferecer sacrifícios por seus próprios pecados,
antes de interceder pelo povo (Levítico 4:3). Mas Jesus nunca falhou. Ele
venceu o pecado, a morte e hoje intercede por nós como um eterno sacerdote!
Mas quem e quando passou o sacerdócio da ordem de Levi para
Jesus?
Assim como o sacerdote Melquisedeque ungiu Abraão, o que foi
confirmado depois com o sacerdote Jetro sobre Moisés, e este ungiu a Arão e
seus descendentes, assim também, da mesma maneira, um levita teria que ungir
Jesus como sacerdote. Isso ocorreu?
“E no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio
Pilatos presidente da Judéia, e Herodes tetrarca da Galiléia, e seu irmão
Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca de
Abilene, sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a
palavra de Deus a João, filho de Zacarias.” Lucas 3:1,2
João Batista era da linhagem sacerdotal (Lucas 1:5-13). É
ele quem reconhece a autoridade de Jesus. Jesus não seria apenas um sacerdote
que levaria o sangue de um animal, mas Ele mesmo seria o cordeiro que tiraria o
pecado do mundo:
“João testificou dele, e clamou, dizendo: Este era aquele de
quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do que
eu.” João 1:15
“João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água; mas no
meio de vós está um a quem vós não conheceis. Este é aquele que vem após mim, que
é antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca.” João
1:26,27
“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e
disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este é aquele do
qual eu disse: Após mim vem um homem que é antes de mim, porque foi primeiro do
que eu. E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim
eu, por isso, batizando com água. E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito
descer do céu como pomba, e repousar sobre ele. E eu não o conhecia, mas o que
me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o
Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo. E eu
vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus. No dia seguinte João estava
outra vez ali, e dois dos seus discípulos; E, vendo passar a Jesus, disse: Eis
aqui o Cordeiro de Deus. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram
a Jesus.” João 1:29-37
Que características podemos identificar o sacerdócio de
Jesus durante Sua primeira vinda?
A Idade do Sacerdócio
Um sacerdote começava seu ministério aos 30 anos (Números
4:3,23,30,35,39,43,47), assim como Jesus (Lucas 3:23).
A Roupa do Sacerdócio
A orla do sacerdote era especial (Salmos 133:2), assim como
a de Jesus (Mateus 9:20,21; 14:36; Marcos 5:28; 6:56; Lucas 8:44).
“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor
assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o
templo.” Isaías 6:1
Interessante que no ano em que o rei Uzias morreu,
justamente o rei judeu que foi condenado com a lepra por tentar exercer a
função sacerdotal (II Crônicas 26:16-21), o profeta Isaías tem uma visão em que
ele estava dentro do templo, no Santo dos Santos verdadeiro, diante dos
serafins, e o Rei (o futuro Messias, da tribo de Judá) estava naquele lugar e a
orla de suas vestes enchia o santuário! Essa visão marcou todo o ministério de
Isaías... O futuro Rei realmente será um eterno sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque, como cantou David...
A túnica utilizada pelo sacerdote era toda bordada, ou seja,
não tinha costura (Êxodo 28:4), assim como a túnica de Jesus (Mateus 27:35;
João 19:23)
Declaração de cura
“E este o examinará... então o sacerdote declarará limpo o
que tem a praga; limpo está.” Levítico 13:17
Era apenas o sacerdote que poderia avaliar o leproso e o
declarar limpo (Levítico 13 – 14).
“E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se
quiseres, podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo:
Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.” Mateus 8:2,3
Jesus não apenas declarava o leproso limpo após a sua cura,
mas Ele mesmo é quem declarava a cura. E não somente de lepra, mas de todo o
tipo de enfermidade (Mateus 4:24; Lucas 4:40; 6:19).
Messias
“Depois derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão,
e ungiu-o, para santificá-lo.” Levítico 8:12”
Muitos pensam que para ser Messias tem que ser rei. Na
verdade, muito antes dos reis serem ungidos (Messias significa ungido em
hebraico e Cristo em grego), os sacerdotes eram os únicos a serem ungidos
(Êxodo 29:7; Levítico 4:3). Sendo assim, para ser Messias, antes de ser rei, é
necessário que seja sacerdote. E isso que Jesus fez. Assumiu o sacerdócio para,
no futuro ainda ser rei das nações, no trono em Israel...
Local de atuação
Local de atuação
"E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro." Apocalipse 1:12,13
João vê Jesus vestido como um sacerdote no Lugar Santo do santuário celeste. Sabemos que é este lugar devido os castiçais de ouro. Mas o que Jesus faz lá? Eis aí a resposta:
"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo." I João 2:1,2
Que maravilha! Temos um sumo sacerdote que levou Seu próprio sangue e intercede por nós!
"Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós." Romanos 8:34
João vê Jesus vestido como um sacerdote no Lugar Santo do santuário celeste. Sabemos que é este lugar devido os castiçais de ouro. Mas o que Jesus faz lá? Eis aí a resposta:
"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo." I João 2:1,2
Que maravilha! Temos um sumo sacerdote que levou Seu próprio sangue e intercede por nós!
"Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós." Romanos 8:34
O sacerdócio da
Igreja
“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Pedro 2:5
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação
santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz;” I Pedro 2:9
“E para o nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes; e
reinaremos sobre a terra.” Apocalipse 5:10
“E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele
glória e poder para todo o sempre. Amém.” Apocalipse 1:6
Jesus, sendo nosso sumo sacerdote, tem levantado/ungido
pessoas aqui na terra como parte de Seu sacerdócio. Todos os que amarem a Deus,
como Abel, Noé, Jó, Melquisedeque, Abraão etc. estão sendo convocados para
interceder por este mundo que está cada vez mais longe do Criador... E você? Já
orou pelas nações hoje?
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