I. O que o Jardim no Éden não é?
“E
plantou o Senhor Deus um jardim no Éden...” Gênesis 2:8
Muita
gente pensa que Adam morava dentro do Jardim no Éden. Mas ele foi criado no
campo e, só depois, Deus o levou ao Jardim:
"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado." Gênesis 2:7,8
Inclusive, como é possível perceber no texto abaixo, Adam voltava para o campo. Até porque, imagina animais de porte gigante, tais como o elefante, rinoceronte, búfalo, hipopótamo etc. dentro de um jardim. Não iria sobrar nada. no jardim.. rs
"Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea." Gênesis 2:19,20
A prova final de que o Jardim não era o local de habitação é o versículo a seguir, que comprova o fato de Adam ter sido criado fora do jardim e que ele deveria trabalhar fora dele também, no campo:
"O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado." Gênesis 3:22
II. O que é o Jardim no Éden?
A palavra traduzida como “jardim”, na língua em que o Gênesis foi escrito, ou seja, o hebraico, é “gan” [גן]. Segundo a Concordância de James Strong, gan significa "jardim, área cercada, jardim cercado, jardim (de plantas)" e vem do termo ganan [גנן], que significa "defender, cobrir, cercar."
Das 37 vezes que aparece o termo gan no chamado Antigo Testamento, 20 vezes o termo é diretamente ligado ao Jardim no Éden.
Porém, na época de Jesus, as pessoas tinham acesso à
tradução em grego do chamado Antigo Testamento chamada de Septuaginta (a
Versão dos Setenta). Na Septuaginta, “gan” foi traduzido por “paradaison” [παράδεισον], ou,
aportuguesando, Paraíso.
Mas, que lugar
é esse?
Três
pessoas citam o Jardim (Paraíso) no chamado Novo Testamento e, pelas
comparações, vamos compreender o que é esse lugar para eles:
·
REINO =
PARAÍSO:
“E disse
a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo hoje estarás comigo no
Paraíso.” Lucas 23:42,43
O ladrão queria
o Reino. Jesus lhe promete o Paraíso. O ladrão não poderia perguntar uma coisa
e Jesus responder outra sem nenhum sentido. É claro que os dois falaram sobre o
mesmo local. O Reino é o mesmo que o Jardim.
“E vós me
sereis um reino sacerdotal e o povo
santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.” Êxodo 19:6
O desejo
de Deus sempre foi um "rei sacerdote" que tivesse comunhão com Ele no
santuário e saísse para compartilhar com a humanidade a Sua vontade. Por isso, entendemos que o Jardim seria esse santuário onde Deus se manifestaria através de seu rei-sacerdote Adam.
Como um bom sacerdote, ele encheria a terra de filhos de Deus (frutificai, multiplicai, enchei a terra). Como um bom rei (sujeitai e dominai), Adam deveria administrar bem a criação (água, ar, vegetação, minerais etc.).
"E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra." Gênesis 1:26-28
“Porque
um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus
ombros... Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de
Davi e no seu reino...” Isaías 9:6,7
Jesus é quem
trará o “Reino dos céus” (essa expressão aparece cerca de 31 vezes em Mateus)
ou o “Reino de Deus” ( essa expressão aparece cerca de 70 vezes no Novo
Testamento). Ele é o sumo sacerdote que reinará sobre a terra (“... temos um
grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus...” Hebreus
4:14). O fato do principado estar sobre os seus ombros, confirma que Jesus teria também o ofício de sumo-sacerdote, pois os que tinham este ministério eram os quem carregavam em seus ombros pedras especiais:
"E porás as duas pedras nas ombreiras do éfode, por pedras de memória para os filhos de Israel; e Arão levará os seus nomes sobre ambos os seus ombros, para memória diante do Senhor." Êxodo 28:12
Concluindo essa parte, entendemos que Jesus, quando estabelecer o Seu Reio, manifestará o Paraíso, ou seja, o Jardim.
·
3º CÉU =
PARAÍSO:
“...passarei
às visões e revelações do Senhor: Conheço um homem em Cristo que há 14 anos (se
no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro Céu. E sei que o tal homem (se no
corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao Paraíso...” II Coríntios 12:1-4
O
apóstolo Paulo associa o Jardim ao terceiro céu.
O céu
teria, então, três “divisões”, como o próprio santuário levantado por Moisés: Átrio, Lugar Santo e Santo dos
Santos.
Mais uma
associação do Jardim como um lugar especial, um lugar de adoração e comunhão
com Deus!
·
PARAÍSO =
SANTA CIDADE, A NOVA JERUSALÉM = TABERNÁCULO DE DEUS:
“... Ao
que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore
da vida, que está no meio do paraíso de Deus.” Apocalipse 2:7
“... E
eu, João, vi a santa cidade, a nova
Jerusalém, que de Deus descia do céu... Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens... No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore
da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas
da árvore são para a saúde das nações.” Apocalipse 21:1-3; 22:1,2
O apóstolo João confirma as duas interpretações
anteriores, pois ele associa o “tabernáculo de Deus” com o Jardim. Já não há
mais dúvidas. Adam não acessava apenas um lugar comum. Ele tinha acesso ao
santuário celeste!
"Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem." Hebreus 8:2
"Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;" Hebreus 9:24
III. Mas, será que os homes do chamado Antigo Testamento tinham essa ideia do Jardim?
"Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados." Ezequiel 28:13
"Os cedros no jardim de Deus não lhe eram rivais; os ciprestes não igualavam os seus ramos, e os plátanos não tinham renovos como os seus; nenhuma árvore no jardim de Deus se assemelhava a ele na sua formosura. Formoso o fiz com a multidão dos seus ramos; todas as árvores do Éden, que estavam no jardim de Deus, tiveram inveja dele." Ezequiel 31:8,9
O profeta Ezequiel, desde o início do seu rolo, tem os olhos abertos para contemplar o mundo espiritual. Ele começa contemplando os quatro seres viventes (querubins), mas nessas passagens acima ele se refere a um ser perfeito, que outrora acessava o Jardim, mas que foi corrompido e foi expulso de lá. no caso, Satan.
IV. Ações (Verbos) do Santuário no Jardim:
O Jardim
que Deus plantou não era um local comum. A função de Adam ali não era um
simples cuidador de plantas. Vejamos o significado dos verbos relacionados a
ele em Gênesis 02:
Gênesis 2:8 – Plantou: No hebraico, a palavra traduzida
por “plantou” em Gênesis 2:8 é YTA [יטע]. Moisés
repete esta palavra ao informar-nos que Deus plantaria um templo em Jerusalém
(Êxodo 15:17). Este termo se repete outras vezes na Bíblia, sempre se referindo ao
santuário: Deuteronômio 16:21; II Samuel 7:10; Salmos 44:1-2; 80:8; Isaías 51:16
(Deus plantou os céus!); Jeremias 2:21; 24:6; 42:10.
Após Adam nascer, Deus “plantou” o jardim
no Éden, ou seja, não o fez pronto. Demorou a crescer e levaria tempo até Adam desfrutar dele completamente.
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Gênesis 2:8 – Pôs: A raiz da palavra hebraica sûwm [שׂוּם] tem o
sentido de “pôr, colocar, estabelecer", mas também “nomear,
designar, direcionar para, ordenar, constituir”. Ao ser colocado no Jardim, Adam estava sendo “nomeado, consagrado”
em uma nova função. Um novo “cargo”. Assim como
o sumo sacerdote era o único a entrar no Santo dos Santos do tabernáculo (Êxodo 30:10),
assim também Adam era o único que foi levado ao Jardim pelo Senhor. Ele seria
o representante de toda a humanidade.
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Gênesis 2:15 – Tomou: No hebraico, essa palavra é lâqach [לקח], termo ligado ao ato do noivo
“tomar” uma donzela como esposa (Gênesis 24:4,67), e também ao ato de Deus
“arrebatar” Enoque e Elias (Gênesis 5:24; II Reis 2:3,5,9,10). Embora o hebraico use a mesma palavra em Gênesis 2:15 e Gênesis 5:24, na Septuaginta a palavra grega para “tomar” em Gênesis 2:8 é etheto [ἔθετο] e em Gênesis 5:24 é metéthiken [μετέθηκεν]. Esta última se liga a palavra grega “trasladar” (μετετεθη) de Hebreus 11:5. Deus se
aliançou com Adam ao “arrebatá-lo” no Jardim (se no corpo ou fora do corpo,
não sei). Prova disso é que, quando ele se rebela, a aliança é quebrada: "Mas eles transgrediram a aliança, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim." Oséias 6:7
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Gênesis 2:15 - Pôs: O termo hebraico YNuaRHW [ינחהו] encontrado aqui tem a mesma raiz do
nome Noé (NuaR [חנ]), que
nos dá a ideia de “sossegar, aliviar, descansar, consolar” como explicado em
Gênesis 5:29. Uma possível tradução seria: “E arrebatou o Senhor Deus Adam, e
o repousou no Jardim do Éden...” Sendo assim, o Jardim é o Descanso que Deus
preparou no dia sétimo!
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Gênesis 2:15 – Trabalhar: Diferente de lavrar, como está em traduzido na maioria das versões, o vocábulo hebraico AVDH [עבדה] significa “trabalhar, servir, labutar". Quem traduziu por “lavrar”,
entendeu o Jardim do Éden apenas como um local físico. Contudo, a ideia aqui é mostrar que ele é muito mais do que uma simples plantação. Esse termo aparece 263 vezes no chamado Antigo Testamento. na maioria das vezes se referindo ao ato de servir/trabalhar, de uma forma geral, não necessariamente atuando no campo. Mas também foi traduzido como "prestação de culto" nesses textos: "Não adorarás os seus deuses, nem lhes darás culto, nem farás conforme as suas obras..." Êxodo 23:24 A mesma palavra foi traduzida como "ministrar" esses versículos: "e cumpram seus deveres para com ele e para com todo o povo, diante da tenda da congregação, para ministrarem no tabernáculo. Terão cuidado de todos os utensílios da tenda da congregação e cumprirão o seu dever para com os filhos de Israel, no ministrar no tabernáculo." Números 3:7,8 Aparece também como: "... dês culto..." Deuteronômio 4:19; "... nem lhes darás culto..." Deuteronômio 5:9; "... rendiam culto... renderam culto..." Juízes 3:6,7; "... prestarei culto..." II Samuel 15:8; "... todos os adoradores... todos os adoradores... aos adoradores... os adoradores..." II Reis 10 :21,22,23; " deram culto..." Salmos 106 :36; "... sim, eles o adorarão... adorarão..." Isaías 19:21,23. Associando ainda este ao verbo seguinte fará muita diferença:
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Gênesis 2:15 – Guardar: O verbo hebraico XaMaR [שמר] foi traduzida como: “observarás”
esse rito, “guardareis” este culto, “celebrem” essa cerimônia (Êxodo 12:25),
“guardai” as ordenanças (Levítico 8:35), se “dediquem” (Números 3:10), tendo
o cuidado da “guarda” do santuário (Números 3:38), “tereis cuidado” (Números
28:2), deixaram de “adorar”, “olhar”, “atentar” (Oséias 4:10). Guardar,
portanto, seria exercer o ministério com diligência.
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Gênesis 3:22 – Lançou: O termo hebraico YeXaLeReHW [ישלחהו] é repudiar,
depor, expulsar, ou seja, o mesmo termo para se divorciar de uma mulher na
Bíblia (Deuteronômio 24:1). Adam foi considerado incapaz de exercer o ministério,
pois ele quebrou a aliança. “Mas eles transgrediram a aliança, como Adam...” Oséias
6:7
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Gênesis 3:24 – Pôs: O fato de querubins substituir Adam reforça o
pensamento de que ele não era um simples jardineiro. Além disso, o ato de
colocar os querubins ali é XaRRaN [שכן] e pode ser traduzido como "instalar, habitar, residir, morar em tenda". A raiz
desta palavra está ligada ao termo “tabernáculo” (MXRRAN [משכן]), ou
seja, uma tenda provisória, não uma casa fixa. Os querubins estavam ali, portanto, apenas por um tempo. Sua estadia ali era provisória,
até que surgisse um novo sumo sacerdote...
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Anteriormente foi apresentado que a palavra Jardim se remete a um santuário espiritual, ao estudarmos o termo Paraíso no chamado Antigo Testamento. Agora, foi avaliado como as ações (os verbos) executadas por Deus e por Adam com relação ao Jardim provam que ele poderia ser bem mais do que um simples jardim, mas um local de culto. no próximo tópico serão comparadas outras semelhanças entre o Jardim e o Tabernáculo (revelado a
Moisés) e o Templo (construído por Salomão):
V. Outras Semelhanças entre o Jardim e o Santuário:
"Demoliu com violência o seu tabernáculo, como se fosse uma horta; destruiu o lugar da sua congregação; o SENHOR, em Sião, pôs em esquecimento as festas e o sábado e, na indignação da sua ira rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote." Lamentações de Jeremias 2:6
O texto acima compara o santuário a um gan (Jardim).
Vejamos
outras comparações que podemos ver no Jardim e no Santuário:
Posição da porta de entrada: “E plantou o Senhor Deus um jardim no
Éden, do lado oriental...” Gênesis 2:8 (Gênesis 3:24; 4:16)
A entrada
do Jardim no Éden ficava ao oriente (ao leste), assim como o tabernáculo
(Números 3:38) e o templo (Ezequiel 43:1; 44:1; 47:1).
Árvores em volta: “E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a
árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do
jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” Gênesis 2:9
O
tabernáculo era quase todo de madeira (Êxodo 35:7,24,33; 36:20-34,36), bem como
o revestimento das paredes interiores do templo (I Reis 5:6,8,10,18;
6:10,15,16,33,34) talhadas em forma de plantas (I Reis 6:18,29,32,35). Quem
entrava, via um monte de plantas representadas. Era como se estivesse entrando
em um “Jardim de ouro”.
Além
disso, o próprio castiçal (ou menorah, ou candelabro) era em formato de uma
árvore frutífera (Êxodo 37:17-22).
"Fez também o candelabro de ouro puro; de obra batida fez este candelabro; o seu pedestal, e as suas hastes, os seus copos, as suas maçãs, e as suas flores, formavam com ele uma só peça. Seis hastes saíam dos seus lados; três hastes do candelabro, de um lado dele, e três do outro lado. Numa haste estavam três copos do feitio de amêndoas, um botão e uma flor; e na outra haste três copos do feitio de amêndoas, um botão e uma flor; assim eram as seis hastes que saíam do candelabro. Mas no mesmo candelabro havia quatro copos do feitio de amêndoas com os seus botões e com as suas flores. Êxodo 37:17-20
Alimento: “E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a
árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do
jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” Gênesis 2:9
No
castiçal havia o formato de frutas (Êxodo 37:17-22) e, ao lado, havia a mesa
com os pães para os sacerdotes comerem enquanto se aproximavam de Deus (Êxodo
35:13). A ideia de usar a comida (o banquete) nos encontros de amigos surgiu do
próprio Criador...
Querubins em volta: “... pôs querubins...” Gênesis 3:24
No
tabernáculo e no templo havia muitos querubins desenhados, bordados ou
esculpidos (Êxodo 25:18,19; 25:20; I Reis 6:23-35; 8:6,7; I Crônicas 28:18;
3:7,14; II Crônicas 3:10-14; 5:7,8; Ezequiel 41:18-25) como representação do verdadeiro
santuário espiritual.
Água no caminho: “... Saía um rio do Éden para regar o jardim...”
Gênesis 2:10
O rio liga-se
à pia do tabernáculo (Êxodo 38:8) e ao mar de cobre do templo (I Reis 7:23; I
Crônicas 18:8).
O rio que
corre do trono de Deus atravessa o santuário celeste (Salmos 46:4; Ezequiel
47:1; Apocalipse 22:1).
Ouro e pedras especiais: “... onde há ouro. E o ouro dessa
terra é bom; ali há o bdélio, e a pedra sardônica.” Gênesis 2:11,12
No
tabernáculo e no templo havia os metais como ouro e outros (Êxodo 25:3) e na
roupa do sumo sacerdote havia as pedras especiais (Êxodo 25:7).
Fogo: “...ao oriente do jardim do Éden, uma espada inflamada que
andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.” Gênesis 3:24
No
tabernáculo e no templo havia o altar de bronze, onde eram queimados os
sacrifícios (Êxodo 38:4).
Ao
concluir essas comparações, espera-se que tenha ficado claro que o Jardim (ou
Paraíso), não era um simples lugar para passear com um coelho ou admirar uma
borboleta. Adam estava em território santo! E Jesus um dia nos levará de volta
para lá. Não para apenas um tabernáculo perecível, ou um templo que pode ser
destruído, mas um santuário eterno, onde anjos e homens estarão para sempre com
o Senhor! Maranata!
Moisés relatou que o tabernáculo era apenas uma cópia
física do santuário que foi mostrado a ele no monte (Êxodo 25:40; 26:30; 27:8;
Números 8:4; Hebreus 8:5).
Zacarias, ao se encontrar com o anjo Gabriel, o encontrou
no altar de perfumes (Lucas 1:11) e é neste móvel que o apóstolo João os
encontra várias vezes no santuário celeste (Apocalipse 5:8; 8:3,5; 9:13; 11:1;
14:18) pelo seguinte motivo: Ali é o local onde se oferecem as orações e
adoração ao Senhor (Salmos 141:2; Apocalipse 5:8; 8:3,4) e o que os anjos
fazem, senão orar (Zacarias 1:12) e ministrar adoração (Apocalipse 4:8)?
Abrão
é convidado por Deus para sair da antiga localidade de Babilônia, e seguir até
Canaã, e, mais precisamente, duas vezes é chamado para ir à cidade de
Jerusalém, ora chamada de Salém (Gênesis 14:18; Salmos 76:2), ora chamada de
Moriá (Gênesis 22:2; II Crônicas 3:1), onde, mais a frente, foi o local onde
Deus ordenou a construção do templo que Salomão construiu.
Jerusalém,
o centro do planeta (Ezequiel 5:5), é onde Deus afirma que um dia se tornará como
o Jardim do Éden (Isaías 51:3; Ezequiel 36:35). Cremos que isso ocorrerá quando
o santuário celeste, que é chamado “Nova Jerusalém” for unido a terra
(Apocalipse 3:12; 21:2).
De
alguma forma o Inimigo entendeu isso e, desde os tempos de Abraão, até os dias
de hoje, há um combate físico e espiritual entre a Babilônia e Jerusalém.
Afinal,
então o Jardim era físico ou espiritual?

Essa
seria uma forma poética de explicar a união dos céus com a terra (Apocalipse
3:12; 21:2,10), do espiritual com o terreno (I Coríntios 15:49).
Quando o físico se funde com o espiritual, anjo come
(Gênesis 18:1-8), Jacó misturou céus e terra (Gênesis 28:12,16,17), Jesus
atravessa parede (João 20:19,26), come (Lucas 24:43), tocam na ferida dele
(João 20:27), some, aparece (Lucas 24:31) etc., Filipe é levado de um lugar a
outro como um teletransporte (Atos 8:39,40), Pedro quer fazer três tendas ao
ver Jesus glorificado (Lucas 9:29-33), Paulo, ao ir para o terceiro céu, não
sabe se foi no corpo ou fora do corpo (II Coríntios 12:2,3).
Um dia
saberemos!
3 comentários:
Olá!
Só uma dúvida, porque o nome Adam e não Adão?
Obrigado!
Silas F Silva
Benção de Deus...muito bom o estudo♥
Mr Bissula
Adam vem do hebraico. Adam quer dizer “homem”, e tem ligação com a palavra "adama", que significa “terra”, sendo traduzido por “homem criado à partir da terra”.
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