“Porventura, o homem será de algum proveito a Deus? Antes, a si mesmo o
prudente será proveitoso. Ou tem o Todo Poderoso prazer em que tu sejas justo,
ou lucro algum em que tu faças perfeitos os teus caminhos?” Jó 22:2,3
“Atenta para os céus e vê; e contempla as mais altas nuvens, que estão
mais altas do que tu. Se pecares, que efetuarás contra ele? Se as tuas
transgressões se multiplicarem, que lhe farás? Se fores justo, que lhe darás,
ou que receberá da tua mão? A tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e a
tua justiça aproveitaria a um filho do homem.” Jó 35:5-8
Deus deixa de ser Deus, ou torna-se
menos Deus por causa do pecado humano?
Se toda a humanidade resolvesse
desacreditar de Deus, desprezá-lo ou tentar contra Ele, Ele deixaria de ser o
Todo Poderoso por causa disso?
Deus é prejudicado quando ocorre
algum escândalo na mídia com algum líder evangélico?
“Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai
das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” Tiago 1:17
“Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em
teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.
Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte
virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para
tal tempo como este chegaste a este reino?” Ester 4:13,14
Mardoqueu entendeu que sua
sobrinha Ester nasceu justamente para aquele momento, para salvar o seu povo
judeu das mãos do mau Hamã, mas deixou claro que, se ela rejeitasse fazer a
vontade de Deus, Ele não ficaria preso a ela, mas salvaria o Seu povo de outra
forma.
Sendo
assim, entendemos que Deus não está limitado a vontade humana. Pelo contrário,
se o homem fizer a Sua vontade, será feliz e isso trará também aos outros
alegria. Por isso, os dois maiores conselhos divinos são: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande
mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Mateus 22:37-40 e
o apóstolo Paulo ainda resume tudo em um só conselho dizendo: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o
amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a
lei.” Romanos 13:8
Tudo que fazemos tem reflexo em nós mesmos ou no nosso próximo
Na primeira passagem acima,
Elifaz mostra que quem é justo, o é para seu próprio benefício. Eliú
complementa Elifaz, informando que nossas atitudes podem afetar nosso próximo
também. Ou seja, se plantamos o bem, colheremos o bem. E não apenas nós, mas
também as pessoas que estão a nossa volta.
Por exemplo: Quando um jovem
resolve estudar, se aplicar para que tenha um bom futuro profissional, ele e
toda a sua família poderá gozar de bênçãos materiais quando este estiver
ganhando um bom salário.
Um exemplo da parte ruim seria:
Quando um jovem resolve se envolver com más companhias, entra para a vida do
tráfico, das drogas ou de algum crime específico, além de poder morrer, ser
preso ou viver como fugitivo da polícia, toda sua família tende a sofrer por
causa disso. Outro exemplo como este é o caso do adultério que faz um marido
contrair o vírus do HIV, ou outra doença sexualmente contagiosa, e ainda leva a
doença para sua esposa que nada tem ligação com seu pecado...
Façamos o bem, portanto, por Amor
Enfim, quando fazemos a obra de
Deus, seja evangelizando, intercedendo, contribuindo financeiramente para
sustento de um missionário, doando seu tempo e bens aos necessitados, tais como
moradores de rua, visitando crianças em orfanatos, idosos em asilos, doentes
nos hospitais, presidiários, ou mesmo pregando a Palavra, ministrando louvor
etc. tudo isso fazemos, não porque Deus precisa de nós, mas porque nosso
próximo precisa de nós.
O erro está quando contribuímos
porque achamos que somos necessários para Deus, ou mesmo quando deixamos de
colaborar porque estamos presos ao nosso egoísmo e, já que Deus não precisa de
nós, Ele mesmo pode dar um jeito de levantar outro ou mesmo fazer sozinho o que
está pendente. Quem pensa em uma dessas duas maneiras está completamente
equivocado e não entendeu ainda o Evangelho.
Quando fazemos o bem, fazemos não
porque temos a obrigação de fazer, ou porque necessariamente Deus nos escolheu
desde o ventre para fazermos aquilo e, se não fizermos, ficará pendente. Essa
passagem é muito forte:
Juntando o que os dois amigos de
Jó disseram, temos:
“... a si mesmo o prudente será
proveitoso... A tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e a tua justiça
aproveitaria a um filho do homem.“
Nisso se resume a vida humana:
fazer tudo por amor, mas não simplesmente amor a si próprio, mas algo que
favoreça o conjunto, a sociedade. Seria o que tanto os filósofos gregos, tais
como Sócrates e Platão pregaram em seus ensinos. Até por isso, muitos pensam
que Jesus, o apóstolo Paulo ou os líderes da Igreja foram influenciados por
esses filósofos em seus ensinos à Noiva de Cristo, mas, na verdade, esse foi o
tema de todas as Escrituras, muito antes da inauguração da Igreja nos tempos do
Império Romano. Desde Moisés, já havia a pregação do amor ao próximo.
Enfim, tudo que fizermos, façamos
não porque Deus precisa de nós, mas porque amamos ao Senhor e, por isso, temos
prazer em agradá-lo. Ainda que Ele não precise de nós, dedicamos nossa vida
como presente para Ele. Ainda que Ele não precise de ajuda, dedicamos nossa
vida para ajudar as outras criaturas que, como nós, Ele criou com todo amor.
Resumindo:
1- Deus
não precisa de nós e não se beneficia ou se prejudica com nossas atitudes;
2- Quando
fazemos o mal, prejudicamos a nós mesmo e aos que estão a nossa volta;
3- Quando
fizermos algo bom, façamos, não por obrigação, mas por amor.
2 comentários:
Maravilhoso texto.
Maravilhoso texto.
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