06 setembro 2011

O Espírito Santo



            O Espírito Santo nas Escrituras é representado por vários símbolos, chegando até a ser considerado por sectários como apenas uma força divinal, e não um ser pessoal. Mas Ele é uma pessoa que tem conhecimento (I Coríntios 2:10,11), fala (Hebreus 3:7), ouve (João 16:13), orienta (Romanos 7:14), convence (João 16:8), intercede pelos santos (Romanos 8:27), testemunha de Jesus (João 15:26), foi provocado (Atos 5:9), pode ser entristecido (Efésios 4:30), sofre conosco (Romanos 8:26), consola (João 14:16; 15:26; 16:7) etc.
            O Espírito Santo é citado como uma das três pessoas de Deus nas seguintes passagens: na promessa que o Pai enviaria Jesus e Ele (Isaías 42:1; 48:16; 61:1), no batismo de Jesus, onde Ele aparece em forma de pomba e o Pai fala (Mateus 3:16,17), no pedido de Jesus para que o Pai o envie (João 14:16), no batismo dos novos crentes (Mateus 28:19), nas saudações dos apóstolos (II Coríntios 13:13; I Pedro 1:2), nas distribuições dos dons à Igreja (I Coríntios 12:4-6) etc. O Espírito Santo é Deus (Atos 5:3,4)!
            Ao contrário do que muitos pensam, o Espírito Santo sempre agiu, e não apenas na era da Igreja. Quando o Pai paralisou a criação do planeta Terra devido o que ocorria entre os seres celestes, Ele foi encaminhado para pairar sobre a Terra, guardando-a (Gênesis 1:1,2) e renovando-a (Salmo 104:30). Na história da humanidade, várias vezes Ele vinha: para capacitar Bezalel a construir o tabernáculo (Êxodo 31:1-3), para inspirar os profetas a falarem (Números 11:24-26; II Reis 1:21; Provérbios 1:23; Ezequiel 11:5; Zacarias 7:12), para capacitar Josué (Números 27:18), Gideão (Juízes 6:34), Jefté (Juízes 11:29), Sansão (Juízes 14:6), Saul (I Samuel 11:6), Davi (I Samuel 16:13), foi prometido à Jesus (Isaías 11:2; 42:1; 61:1; Lucas 4:16-21) e à toda a humanidade  durante o milênio (Joel 2:28), começando pela Igreja durante esta dispensação (Atos 2:4,16-18), arrebatava Ezequiel (Ezequiel 11:1,24), conduziu Simeão à Jesus (Lucas 2:25-27), Jesus à tentação (Mateus 4:1; Marcos 1:12; Lucas 4:1) e à Galiléia (Lucas 4:14) etc.
            Vamos, então, a partir de agora, meditar sobre as figuras (parábolas) que são usadas nas Escrituras para o Espírito Santo, para conhecê-lo melhor:

Espírito Santo, cuidado divino

A primeira referência nas Escrituras onde cita o Espírito Santo é Gênesis 1:2, onde diz que Ele “pairava sobre a face das águas...” Esse ato nos faz lembrar uma ave que voa sobre o seu ninho protegendo seus filhotes (Jó 39:26-29). Isso nos remete ao Salmo 91:4, que diz: “Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro;...” e nos remete à forma corpórea de uma pomba que o próprio Espírito Santo apareceu no batismo de Jesus (Mateus 3:16; Marcos 1:10; Lucas 3:22; João 1:32).
Mas não são estas as únicas vezes que Deus se identifica com uma ave. Deus se compara à águia ao informar que guiou o povo de Israel do Egito à Canaã (Êxodo 19:4; Deuteronômio 32:11,12), o próprio Jesus se compara a uma galinha (Mateus 23:37; Lucas 13:34), os querubins, que refletem a glória de Deus, tem um dos rosto como de águia (Ezequiel 1:10; Apocalipse 4:7; 8:13) e a agilidade de Saul, que teve o Espírito Santo sobre si (I Samuel 10:10) e de Jônatas, seu filho, é comparada à da águia (II Samuel 1:23; Jó 9:26).
O ato do Espírito Santo revestir alguém é como de uma ave que repousa sobre algo: Números 11:26; II Reis 2:15; Isaías 11:2; 42:1; 61:1; Mateus 12:18; Lucas 4:18.
            A partir da águia ou de qualquer outra ave, poderíamos tirar várias lições que estão escritas em todas as Escrituras, mas fiquemos com algumas. Quem tem o Espírito Santo:
- Está protegido (Salmo 17:8; 36:7; 57:1);
- Vive nas alturas espirituais (Habacuque 3:19);
- Tem uma visão diferenciada (I Coríntios 2:9-16);
- Tem sempre o renovo divino sobre si (Salmos 103:5; Isaías 40:31).

            Ter discernimento espiritual não é para qualquer um. Quando recebemos uma revelação, visão ou profecia da parte de Deus é sempre algo que aos nossos olhos seria impossível acontecer. Mas não podemos temer, pois quando revelamos o que Deus nos mostrou pelo Seu Espírito, as vidas que ouvem são edificadas. Lembro-me de dois fatos incríveis que ocorreram comigo em relação à isso. Uma vez, orando por um rapaz que iria operar um tumor na cabeça, via todo o câncer sendo retirado. A questão é que os médicos falaram que isso não poderia ocorrer. O tumor estava tão alojado na cabeça dele e entranhado às partes da cabeça que, no máximo, eles só poderiam arrancar dali 20% no máximo, mesmo assim com riscos. Ao invés de compartilhar o que vi, guardei para mim e, mesmo o nome do Senhor sendo glorificado, quando os médicos retiraram aquele caroço por completo, o nome do Senhor poderia ser muito mais exaltado ali naquela família. Outra vez foi quando eu e os jovens da congregação que fazia parte estávamos ensaiando para um congresso e resolvi contar para eles o que Deus havia me falado: que Ele iria nos usar para libertar vidas naquele congresso. Alguns minutos depois que contei a revelação, uma senhora entrou na sala que estávamos pedindo oração e os demônios se manifestaram nela. Expulsamos em nome de Jesus e muito tempo depois ela entrou ali para dizer que havia sido liberta dos demônios que a atormentavam e os jovens viram a confirmação da palavra e do poder de Deus.

Espírito Santo, fonte divina

            Em Gênesis 2:8-17 consta que Deus plantou um jardim virado para o Oriente no Éden para Adam cultivar e guardar. Do Éden (que pode significar “prazer”, “delícia”, “descanso”, “Paraíso”) saía um rio e ali havia, além de todas as árvores, a árvore da vida. O tabernáculo e o templo também ficavam virados para o Oriente. Em Ezequiel 47:1-12 fala sobre um rio que sai do futuro templo para o Oriente, que vai ficando cada vez mais profundo e, por onde passa, cura e dá vida, seja vegetação, animais etc. A folha da árvore que nasce na beira desse rio serve de remédio. Em Apocalipse 21:9 – 22:1,2, ao falar sobre a cidade celestial, ali, como no Paraíso de Gênesis, há pedras preciosas, a árvore da vida cujas folhas são remédios como em Ezequiel e o rio de água da vida, que sai do trono de Deus. Completando, Salmos 46:4 diz: “Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.” Tudo se encaixa! Tanto Moisés, Ezequiel, João e os salmistas filhos de Core falam do mesmo assunto: o trono, o rio e a árvore da vida.
            Não vamos aprofundar cada questão aqui, senão em uma: o que ou quem é esse rio divino? Isaías 55:1,10 diz: “Ah! Todos vós, os que tendes sedem vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” Jesus também diz: “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.” João 4:14 “...quem crê em mim jamais terá sede.” João 6:35 “...Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto Ele dizia do Espírito que haviam de receber os que nEle cressem...” João 7:37b-39a “...nunca mais terão sede... pois o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida.” Apocalipse 7:16b,17
            Jesus não diz que Ele é a água, mas sim, a Rocha de onde sai a água. A água, portanto, é o Espírito Santo. Se a rocha não fosse ferida por Moisés no deserto em Êxodo 17:3-6, a água não jorraria da rocha (ou seja, se Jesus não morresse o Espírito Santo não seria enviado à Igreja). A Igreja é a fonte das águas (Cantares 4:12,15).
            Desde o Princípio, em Gênesis 1:2, o Espírito Santo se identifica com a água. Em Ezequiel 36:26,27 o Espírito Santo é o que amolece o coração humano.
            É o Espírito Santo que brota arrependimento no pecador e produz nova vida, assim como, quando a água toca a semente, essa dá origem à uma nova planta. Se a semente não ficar úmida, mesmo que esteja em boa terra, com bons adubos etc. nunca gerará uma planta. Assim como a boa árvore do Salmo 1 cresce, por estar junto aos ribeiros de águas: é o Espírito Santo que interpreta a Palavra, os sais minerais da terra.
            Enfim, o Espírito Santo como o rio de Deus traz a nós:
- Alegria (Salmo 46:4);
- Motivação de vida (Ezequiel 47:9);
- Cura para os traumas do passado e frustrações, consolo (Ez 47:8,9,12; Ap 22:1,2);
- Alimento espiritual pelas Escrituras (Salmo 1; Isaías 55:1; I Pedro 2:2);
- Tornamo-nos também pedras que saem água (I Pedro 2:4,5).
           
            Posso testemunhar que ter o Espírito Santo habitando em mim é o que de melhor posso ter nesta terra. Ainda bem que Ele para todo o sempre estará conosco (João 14:16). Já passei por muitas situações difíceis, mas Suas águas tranqüilas me trazem refrigério (Salmo 23:). Em meio às lutas, tenho paz. Em meio ao desemprego, tenho segurança. Mesmo quando tenho motivos para ficar triste, Ele me traz alegria. Lembro-me certa vez que fui internado no Hospital JUARI. Ali, houve um dia que estava só e, de repente, a presença de Deus encheu aquele lugar e fui preenchido com seu gozo.
            Obrigado Espírito Santo, por me permitir mergulhar nas Tuas águas! Dá-me sempre de beber dos Teus rios. Tu és minha fonte, Senhor!

            “... a inclinação do Espírito é vida e paz.” Romanos 8:6b

Espírito Santo, fôlego divino

O próprio nome Espírito no hebraico é ruach (רוח) e em grego é pneuma (πνευμα) que significa “sopro, respiração”. Portanto, foi Ele quem foi soprado em Adam para que este tivesse vida (Gênesis 2:7; Jó 32:8; 33:4; Ezequiel 37:5,9,10,14) e é Ele quem continua revestindo aqueles que são de Deus para realizarem a Sua obra (Êxodo 31:1-3; Números 11:24-26; 27:18; Juízes 6:34; 11:29; 14:6; I Samuel 11:6; 16:13; II Reis 1:21; Provérbios 1:23; Isaías 11:2; 42:1; 61:1; Ezequiel 11:1,5,24; Joel 2:28; Zacarias 7:12; Lucas 2:25-27; 4:16-21; Atos 2:4,16-18).
Quando uma pessoa não consegue respirar, para não morrer precisa de ar. Há o método antigo, por exemplo, de respiração boca a boca para fazer novamente o oxigênio circular pelo corpo. É como uma ressurreição! Romanos 8:11
Podemos também representar o Espírito Santo como aquela coluna de nuvem que estava sobre o povo de Israel (Êxodo 13:21,22), que nos remete à Deus como águia sobrevoando sobre os israelitas para os proteger, e à água da vida, pois a nuvem também é água em estado gasoso.
O vento, que é o ar em movimento, também é símbolo do Espírito Santo. Jesus afirmou que os guiados pelo Espírito Santo são como o vento (João 3:5-8), pois vive em novidade de vida. Aqueles, portanto, que estão cheios do fôlego divino:
- Recebeu uma nova vida em Deus (Efésios 4:23,24);
- Não vivem nas práticas carnais pecaminosas (Romanos 8:4-16; Gálatas 5:16-25; 6:8);
- Têm fôlego para “falar” a Palavra de Deus (I Coríntios 12:1-11; Efésios 5:18,19);
- Não estamos presos à religiosidade e costumes humanos impostos (II Coríntios 3:17).

            Falar sobre essa figura do Espírito Santo me faz lembrar o dia em que fui revestido de poder. Sempre desejei o batismo com o Espírito Santo, mas num dia que não esperei, numa vigília de um retiro espiritual, enquanto estava ajoelhado, o pastor Ailton Siqueira declarou que o Espírito Santo estava fluindo naquele lugar e, de repente, ouvi Deus me chamando de filho e algo enchendo o meu interior de uma forma majestosa. A única forma de tentar explicar o que ocorreu ali é como se eu tivesse uma bola de gás, de festas, estivesse dentro do meu corpo vazia e de repente alguém soprasse muito forte e enchesse aquela bola de gás. Foi isso que eu senti. Sensação incomparável. Nenhum prazer terreno se compara à sensação da presença majestosa do Senhor!

Espírito Santo, calor divino

Outra figura do Espírito Santo nas Escrituras é o fogo. Atos 2:1-4 diz: “Cumprindo-se o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E viram línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. Todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
            Por diversas vezes na Palavra a manifestação da presença de Deus é acompanhada com a visão de fogo (Gênesis 15:17; Êxodo 3:2; Deuteronômio 5:22-26; 33:2; I Reis 18:24,38,39; Salmos 97:1-3; Zacarias 2:5; Malaquias 3:2). Até por isso há os que se denominam hoje como “pentecostais”, ou “irmãos de fogo”, ou “fogo puro”, por acharem que sentem com maior frequência a glória de Deus.
            João, o Batista, quando fala sobre o revestimento de poder que a Igreja receberia, diz: “eu vos batizo com água, para arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu,... Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” (Mateus 3:11; Lucas 3:16) Isso nos remete também à coluna de fogo e nuvem que estava sobre os israelitas durante os 40 anos de deserto, ao lermos I Coríntios 10:1,2 que diz: “... nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido batizados, assim na nuvem como no mar,...” Ou seja, a travessia do Mar Vermelho representa o batismo nas águas e a proteção da coluna de nuvem e de fogo representa o batismo com o Espírito Santo e com fogo.
            Assim como na parábola do vento, a parábola da coluna de nuvem e fogo nos remete ao fato que o Espírito Santo nos guia (Salmo 143:10). Assim como Ezequiel era conduzido de um local para o outro pelo Espírito (Ezequiel 2:2; 3:12,14,24; 8:3; 11:1,24), Jesus também foi orientado por Ele (Marcos 1:12; Lucas 4:1,14).
            É importante frisar aqui que esse símbolo do Espírito mostra também uma parte que não é agradável de ouvir. A ira de Deus é representada também pelo fogo, que consome e destrói. Deuteronômio 4:24 diz: “Porque o Senhor, teu Deus, é fogo que consome, é Deus zeloso.” A coluna de fogo não apenas os protegia, mas “consumia” os rebeldes (Êxodo 33:3,5). A morte do ímpio é comparada àquilo que é “consumido” (Levíticos 26:39; Isaías 5:24; Lamentações 3:22). Podemos citar dois exemplos: Nadabe e Abiu, filhos de Arão, que ao tentar oferecer fogo estranho, são consumidos pela ira do Senhor (Levítico 10:1,2) e Ananias e Safira, que ao tentar mentir para o Espírito Santo também são fulminados (Atos 5:1-10).
            Estar revestido do Espírito Santo, além de tudo que já falamos é também:
- Sentir o Seu calor, o carinho dos Seus braços (Deuteronômio 33:27);
- Ter autoridade sobre os espíritos malignos (Mateus 10:1,8);
- Operar maravilhas (João 14:12).

            Minha mão queimou quando fui batizado com o Espírito Santo. Até este momento, nunca entendi perfeitamente o que isso significava. Unção para tocar um instrumento? Para cantar com o microfone na mão? Para escrever? Para curar os enfermos e expulsar os demônios? Ainda não compreendi perfeitamente. Pode ser um desses, ou todos eles, não sei... Embora muitos não saibam, estudei por um tempo teclado. Só toquei “oficialmente” diante dos irmãos num congresso por três dias, porém de vez em quando toco e sei que só Deus, meus visinhos e familiares estão me ouvindo... Um dia, estava no quarto dos meus pais tocando teclado e cantando e senti a unção de Deus fluir daquele lugar até a casa dos meus visinhos. Creio que algo especial ocorreu naquele dia... Mas enfim, este só é um exemplo... tudo isso é obra de Deus que é feito através das minhas mãos, porém pela unção do Espírito Santo.

Espírito Santo, presente divino

Ao mesmo tempo em que temos estudado as parábolas sobre o Espírito Santo separadamente, acabamos percebendo que todas estão interligadas, até porque estamos tratando da mesma pessoa. Porém, essa última figura que gostaria de destacar é a que talvez mais me constrange, pois é a que mais me valoriza como parte da Igreja de Jesus.
O Espírito Santo é a pessoa da divindade que escolheu morar nos seres humanos para sempre. Dentro dessa figura existem várias outras, pois o Espírito Santo é comparado ao: Selo, Penhor, Tesouro em vaso de barro e Morador do templo que é o nosso corpo.
            Como selo, Ele é a garantia de que temos a entrada garantida no Reino dos céus, na glória, Nova Jerusalém, Novos céus, Paraíso, ou qualquer outro nome que a Palavra dá para a nossa futura morada (II Coríntios 5:5; II Timóteo 2:19). O selo era a marca que o rei, com seu anel, declarara seu decreto irrevogável ou informava que algo era dele e que ninguém poderia tocar sem sua permissão (Gênesis 41:42; Ester 3:10,12; 8:8; Jeremias 22:24; Daniel 6:17; Mateus 27:66; João 6:27; Romanos 4:11; Apocalipse 5:1). Assim como a circuncisão era a marca visível de quem pertencia ao povo de Israel (Gênesis 17:9-14,23-27; 34:14-17; Josué 5:2-8; João 7:22), Jesus circuncidou o nosso coração, ou seja, fez uma marca em nosso interior, mostrando que somos dEle (Deuteronômio 30:6; Romanos 2:28,29; 3:1,30; 4:6-12; I Coríntios 7:19; Gálatas 5:6; 6:15; Filipenses 3:2,3; Colossenses 2:11).
            Como penhor, Ele é a garantia de que, ao chegarmos no Paraíso, muito mais do que temos provado hoje receberemos (II Coríntios 1:22; 5:5; Efésios 1:13,14). O penhor é um objeto de valor que uma pessoa deixa no banco para garantir que pagará o valor total que pegou emprestado, ou seja, é uma transação não concluída (Gênesis 38:17,18; Êxodo 22:26; Deuteronômio 24:6,10-13; Provérbios 20:16; 27:13; Ezequiel 33:15).
Quando Abraão manda seu servo para buscar uma noiva para seu filho Isaque (Gênesis 24), representa o Pai enviando o Espírito Santo (João 14:17; 15:26; 16:13) para buscar a Igreja, a noiva de Jesus. O servo se chama Eliezer (Gênesis 15:2;24:2) e, como símbolo do Espírito Santo, seu nome significa “Meu Deus ajuda”, aparece junto aos poços de águas, tanto no encontro com Rebeca quanto no encontro com Isaque, entrega a ela o penhor, ou seja, parte das riquezas de seu futuro esposo e a conduz montada num camelo, que é famoso por conseguir depositar água como nenhum outro animal. Rebeca representa a Igreja que deixa ser conduzida pelo Espírito para o encontro com o Noivo que nunca viu, porém já tem provado um pouco de sua riqueza e muito mais lhe aguarda.
Por falar em riquezas, II Coríntios 4:7 nos afirma: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” Somos vasos de barro nas mãos do oleiro que é o Pai (II Timóteo 2:20), assim como Israel foi também considerado como vaso de barro (Jeremias 18:1-6; Oséias 8:8), Davi (Salmo 31:12), Jeconias (Jeremias 22:28), Paulo (Atos 9:15) e as nações ímpias (Salmo 2:9; Apocalipse 2:27),porém o Espírito Santo é o tesouro que foi guardado dentro deste vaso frágil que somos nós (Romanos 9:21-23).
            Como morador do nosso corpo (Romanos 8:9; I Coríntios 3:16), o Espírito Santo é aquele que faz a “faxina” na casa e restaura a nossa construção caída (Romanos 8:27). A Igreja também é comparada a um edifício (I Coríntios 3:9-14; II Coríntios 5:1; Efésios 2:20-22) que está sendo construído (Mateus 16:18; Atos 20:32; Romanos 14:19; 15:2,20; I Coríntios 10:23; 14:3,4,26; II Coríntios 10:8; 13:10; Gálatas 2:18; Efésios 4:12,16,29; Colossenses 2:7; I Pedro 2:5; Judas 20). Assim como a futura esposa de Adam foi construída a partir da ferida em seu lado (Gênesis 2:21,23), assim o Espírito Santo está edificando a noiva de Jesus para estar pronta a viver eternamente com Ele!
            Que amor é esse? Muitos aceitaram ao Senhor Jesus como seu único e suficiente salvador, porém não têm idéia do tão grandioso poder e valor habita nele!!

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