06 dezembro 2010

Mocidade Força Viva - O Início da História


Sempre fui muito tímido, recatado, introvertido, entretanto, desde a minha adolescência na Igreja Batista Nova Filadélfia em Vila Kennedy, onde congreguei por 17 anos, fui estimulado, acredito que pelo próprio Deus, a vencer isso por causa da necessidade do Reino.
Em 1996, quando estava muito inteirado com os trabalhos dos adolescentes e da congregação, me senti impulsionado a ajudar meus líderes, incentivando os rapazes adolescentes a participarem das nossas reuniões. Lembro-me até hoje que eu insistia com os rapazes a apoiarem nossos líderes. E dava certo. Não fiquei eu como o único homem do grupo de adolescentes. Ah! Lembrei! Algo que me forçou a isso foi ouvir do Wagner Anselmo que eu seria como ele, o único adolescente homem a participar. Mas graças a Deus consegui tirar da cabeça dos garotos a única coisa que eles pensavam na época: vídeo-game e fliperama! Alguém se lembra o que é Fliperama?? Huahuahua
Bom, foi assim que alcancei meu primeiro amigo ali. Além dos trabalhos dos adolescentes que aconteciam dois dias na semana, íamos, só os meninos, todas às quartas-feiras buscar o poder de Deus nos cultos no Teatro “Faria Lima” cujo nome hoje é “Mario Lago”, com a direção da Angélica, da Igreja Assembléia de Deus Central de Vila Kennedy (conhecida como a igreja da vacaria, por causa de sua localização). Enfim, eram muito bom os cultos lá! Sempre tive uma forte queda pela “Bléia”, sendo que nunca fui membro de uma.
Passou-se o tempo... Em 1998, recebi uma profecia no culto no lar da Maria Helena através do Anderson, esposo da Roberta, de que Deus tinha algo através de mim para “aquelas vidas”. Foi mais ou menos assim. Na hora eu entendi que eu e os adolescentes iríamos montar um grupo musical, mas não foi nada disso! Rsrs Deus já estava me preparando para liderar aquelas pessoas que, na verdade, eu já estava liderando muito antes de ter o cargo...
Nessa época, o Márcio, amigo meu de infância, e sua namora, Ingridy Araújo, aceitaram a Jesus e eu passei a sustentá-los em oração, aconselhamento e preparo espiritual e ministerial. Vi os dois crescerem e os tratei como se fossem meus próprios filhos na fé. E de fato foram. Os primeiros. Mas essa também é uma longa história para ser contada... Mas não fui “pastor” só deles dois, mas também da Renata Querzé, minha grande amiga que sinto muita falta, pois nos deixou por circunstâncias alheias a sua vontade e reside distante agora...
Em 1999 recebi o convite e aceitei para ajudar o trabalho da Mocidade de culto nos lares, onde me uni mais ainda aos jovens e demais irmãos da igreja e tive que jogar de vez a minha timidez fora para fazer a obra de Deus. Agradeço, por isso, ao casal Paulo Muniz e Vera que me indicaram e ao Ari Luiz, que na época concordou, me chamou e eu, depois de algum tempo, aceitei... Foi uma época ótima. Minha primeira pregação (acho que nem 05 minutos durou! Kkk), aprendi a dirigir, a pedir, a ensinar...
Foi em 1999 que as visões e revelações de Deus explodiram em relação à minha pessoa. Em primeiro lugar, foi a da diaconisa Vilma, que Deus falava que iria levantar os pequeninos, e nós dois estávamos inclusos nisso. Outra visão foi da Ilda, vizinha da Vilma que num culto me viu com um cajado na mão. Em terceiro lugar, no monte, o irmão José Ricardo me viu no púlpito recebendo uma liderança. Bom, é fato que as três pessoas têm relação uma com as outras, mas não tinha como ser combinação. Foi revelação mesmo! No final deste ano ocorreu uma eleição na mocidade após o culto no lar do Fábio e, quando fiquei sabendo que meu nome tinha sido muito indicado para ser um dos novos líderes da Mocidade (nesta hora eu estava junto com a Paula Batista conversando na rua), eu fui para casa desesperado, pedindo a Deus direção sobre o que fazer. Entrei no banheiro, meu Santo dos Santos da época, e orei muito ao Pai. Foi quando eu lembrei sobre a forma que Deus confirmou o ministério do pastor Sodré e pedi a Deus que Ele me confirmasse assim também ou através de um sonho. Eu não estava satisfeito com as visões e revelações recebidas anteriormente. Queria mais! E Deus me respondeu! Assim como o pastor Sodré, por mais que o meu ex-líder não gostasse, fechei os olhos, abri a Bíblia, apontei o dedo e li:
“Assim diz o Senhor meu Deus: Apascenta as minhas ovelhas...” Zacarias 11:4
Agora não era mais apenas incentivar meus colegas adolescentes, nem mais cuidar dos meus três amigos, mas sim, cuidar de dezenas de pessoas, a maioria mais velha que eu, alguns com filhos, com mais experiências ministeriais etc. Não foi mole!
No dia da eleição, por ouvir o louco conselho de algumas jovens, acabei entristecendo o rapaz que foi eleito comigo como meu segundo líder. Mas me reconciliei com o mesmo depois, graças a Deus (essa é outra longa história...). No outro dia foi a confraternização de encerramento dos cultos nos lares na casa da Paula Batista. Foi uma noite linda! Especial! Lembro do bolo em forma de Bíblia da Aline (a intenção não era fazer um bolo em forma de Bíblia, mas por problemas técnicos do forno, acabou saindo assim, glórias a Deus!), da competição entre homens e mulheres que preparei, lembro da gente passando o dia todo pegando as cadeiras verdes (pesadíssimas, por sinal) da Casa de Oração para subir os três andares da Paula onde foi o evento e depois levar tudo de volta, do Ari Luiz cedendo a vaga dele para a Maria Helena etc.
Ah! Foi na noite após o dia da eleição que a Maria Helena teve um sonho que me marcou até hoje. Eu, ela e o Alessandro entrávamos num local como um centro de macumba e alguém nos oferecia algo para comer. No sonho, a Helena orava repreendendo e aparecia algo vindo do alto como um óleo que lavávamos as mãos ali e comíamos o alimento oferecido. Após isso, o Alessandro ia embora e nós dois ficávamos arrumando o local que estava muito bagunçado, com muitos papéis revirados. No sonho, enquanto eu e a Helena estávamos catando esses papéis no lugar que parecia ter acontecido um vendaval muito forte que espalhou tudo, ela percebia em cima de nós estava uma proteção, uma cobertura, porque a chuva caía e não nos atingia. Esse sonho foi realmente uma revelação! O Alessandro deixou a liderança, por culpa da minha atitude no dia da eleição, que gerou outros desconfortos e nós dois passamos uma luta muito grande em nossa liderança, “arrumando a casa”.
A primeira reunião entre nós três foi tranquila, embora depois eu entendi que um dos vice líderes não havia gostado das minhas propostas para eles dois. A primeira reunião com a liderança da igreja, então, foi vergonhosa demais para mim, pois fui acusado de coisas incabíveis e, por fim, a primeira reunião com a Mocidade foi numerosa e apresentamos todas as propostas! E, glórias a Deus, quase tudo que apresentamos saiu do papel! Só não saiu o que o pastor não deixou!
A partir daí foram 07 anos de muita guerra espiritual, intercessão, amor, suor, dedicação, aprendizado, falhas, erros, infantilidades minhas e de meus liderados, crescimento espiritual meu e de meus “filhos”! Mas essa história eu conto depois...

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