09 março 2014

AS CINZAS DO CARNAVAL


Festas Pagãs

Desde que o homem foi expulso do Jardim do Éden e surgiu a primeira sociedade organizada a partir da descendência de Caim, há aproximadamente 6.000 anos atrás, há uma menção de celebrações com música sem a presença de Deus:
... Jubal, que foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta.” Gênesis 4:21

A arqueologia comprova isso ao descobrir que havia festas em todas as civilizações antigas, como Babilônia (Iraque), Pérsia (Irã) e Egito em homenagem aos deuses, onde as pessoas pintavam os rostos, dançavam, bebiam e praticavam orgia, que mais tarde foram chamadas de bacanais pelos romanos.
Os bacanais eram festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne. As sacerdotisas que celebravam os mistérios do culto a Baco, ao invadirem as ruas de Roma, dançando, soltando gritos estridentes e atraindo adeptos em número crescente, causaram tais desordens e escândalos que o Senado Romano proibiu as bacanais em 186 a.C.

Observe: Não estou aqui dizendo que música e celebrações de alegrias são coisas ruins. Os anjos fazem isso muito antes do planeta ser preparado para o ser humano (Jó 38:4,7). O problema é o que ocorre nessas festas. Há 3500 anos atrás, quando Israel saiu do Egito, enquanto Moisés se ausentou por 40 dias, eles aproveitaram para esculpir a imagem de um bezerro de ouro e praticaram esse tipo de festa, entristecendo grandemente o coração do Senhor Deus (Êxodo 32:6).

O Criador nunca viu com bons olhos as práticas realizadas nesses eventos:
Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” Romanos 1:24-27


O Catolicismo e o Carnaval

Quando o “cristianismo” se tornou a religião oficial do império romano, por causa da ordem de Constantino, as pessoas foram obrigadas a se tornarem “cristãs”. E, já que os novos membros da Igreja não tiveram um sincero encontro com Cristo, os corrompidos líderes eclesiásticos bolaram uma forma destes continuarem com suas práticas que ofendem a Deus, mas “ao mesmo tempo”, permanecerem na “religião”. Daí surgiu a quarta-feira de cinzas e a quaresma.

A quaresma são dias de penitência, onde as pessoas devem se dedicar à oração, exercitar obras de piedade e de caridade, se abnegar e, sobretudo, observar o jejum e a abstinência. Se “não dava” para deixar as orgias e demais prazeres da carne, então, pelo menos, o povo deveria, depois das festas, separar esse período de aproximadamente 40 dias antes da Páscoa para “alcançarem perdão de Deus”.
Bom, se eu sei que ficarei 40 dias sem comer carne, por não temer a Deus, o que faria? Nos dias anteriores aumentaria a quantidade de consumo de carne. Foi exatamente isso que ocorreu. Por saber que “não poderiam pecar por 40 dias”, a partir do século VIII, despertou-se todo o tipo de prazer desenfreado durante o período anterior que foi denominado carnaval (palavra originária do latim, carnis levale, cujo significado afirma-se que é “retirar a carne”).
Primeiramente, se uma pessoa peca já com a intensão de fazer algo para tapear Deus depois, é inútil, pois nenhum jejum paga pecados. Em segundo lugar, o período de abstinência não é uma forma de arrependimento, mas apenas uma forma de tapar os olhos de Deus por tudo que foi feito e, com certeza, será feito novamente no próximo ano ou quando houver oportunidade. Ou seja, ao invés de inibir o pecado, a Igreja acabou contribuindo para que se oficializasse essa festa mundial.

Afirma-se inclusive, que o Papa Paulo II (1461 - 1471), por considerar a Vila Lacta deserta e silenciosa o ano inteiro, resolveu organizar as festas do Carnaval, com a promoção de corridas de cavalos, anões e corcundas, lançamento de ovos etc. Considerou-se pecado apenas os bailes de máscaras que se transformavam em bacanais, exatamente como na antiga Roma decadente. Em 1545, depois do concílio de Trento, mudou-se o calendário de Juliano para Gregoriano e o Carnaval inseriu-se como data oficial para os “cristãos”. A celebração tinha como objetivo principal extravasar e fazer tudo que durante a quaresma era proibido. Tinha um significado ligado à liberdade, para compensar o jejum.

Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo. Em Portugal a brincadeira do entrudo, típica da região de Açores e Cabo Verde, que consistia em um jogo em que as pessoas sujavam umas às outras. Atingiu o máximo de violência e falta de respeito, sobretudo durante os reinados de Afonso VI (1656-1667) e João V (1706-1750). De nada adiantavam as reações contrárias da Igreja criando o “Jubileu das 40 horas ”ou os editais de proibições de 1817 ou até o terremoto que quase destruiu toda Lisboa, em 1755. O entrudo não diminuía. Somente ao final do século XIX houve uma reação mais efetiva com a criação de outras formas de brincar o Carnaval, apenas com máscaras, danças de ruas, imitações, as batalhas de flores e passeatas de carros alegóricos.
Numa comemoração chamada de Festa dos Bobos, cléricos usavam máscaras e roupas de mulheres, ou vestiam os hábitos de trás para frente, cantavam cânticos imorais e xingavam a congregação.
Um inglês escreveu o seguinte sobre o carnaval de Paris, em 1786: “Papas, Cardeais, Monges, diabos, cortesões, arlequins, magistrados, todos se misturavam numa mesma multidão promíscua. Bobos e selvagens corriam rua a fora batendo nos circunstantes com bexiga de porco, e até com varas. As pessoas atiravam farinhas umas nas outras, ou mesmo confeitos com forma de maçãs, laranjas, pedras ou ovos, que podiam estar cheias de águas de rosas”.


O Carnaval no Brasil

O carnaval no Brasil teve a influência dos bailes de máscaras europeus, da cultura africana, das procissões católicas e do folclore indígena. Aos poucos, a festa foi tomando se modificando, projetando o Brasil no Guinness Book como o local onde ocorre o maior carnaval do planeta, com um número estimado de 2 milhões de pessoas, por dia, nos blocos de rua da cidade.
Mas não é tudo tão belo assim...

Após insistentes intervenções e advertências da Igreja Católica, os banhos de água suja do entrudo foram sendo substituídos por limões de cheiro, esferas de cera com água perfumada ou água de rosas e bisnagas cheias de vinho, vinagre ou groselha. Esses frascos deram origem ao lança-perfume, bisnaga ou vidro de éter perfumado de origem francesa. Nos anos 20, o lança-perfume era legalizado e os foliões costumam espirrá-lo uns nos outros. Ao entrar em contato com a pele, a mistura evaporava e deixava uma sensação de frescor (“um geladinho”). Com o tempo, esse uso inocente foi dando lugar à sua utilização como droga inalante. Como toda droga, o lança-perfume exerce vários efeitos maléficos no organismo e, após ter sido relacionado a muitas mortes por parada cardíaca, sua fabricação e venda foram proibidas, no Brasil, em 1961, por recomendação do jornalista Flávio Cavalcanti, seguida de um decreto do então Presidente Jânio Quadros.

“Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte.” Provérbios 14:12

Em 1928 surgiu a primeira escola de samba. A primeira competição entre as escolas ocorreu em 1932, na Praça Onze, promovida pelo jornal Mundo Sportivo. Devido à grande repercussão, o Jornal O Globo assumiu o concurso no ano seguinte. Em 1935 a Prefeitura do Rio tomou frente na organização do evento. Mais tarde, até o próprio presidente da República, então Getúlio Vargas, gastou dinheiro público para estruturar melhor o evento que, através de seus samba enredos, invocam todo o tipo de demônios chamando-os pelo nome, sejam deuses gregos, espíritas ou católicos, como foi o enredo do Acadêmicos do Salgueiro este ano de 2014: “a divina criação mistérios da imensidão, Gaia… terra viva… a riqueza gira o mundo, meu cenário, relicário de beleza, templo sagrado de Olorum, salve a grandeza de Oxalá, guardiões da natureza, é a magia dos orixás, Oxum Iemanjá Iansã Oxóssi caçador, Ossanha Ogum caô meu pai Xangô
É triste saber que pessoas ainda se inclinam a tais entidades. Se todos sabem que há um só Deus, porque ainda se prostram a seres que são inferiores ao Criador? Se há alguém digno de adoração, ou alguém tão poderoso para solucionar todos os problemas e trazer todas as respostas que o homem precisa, não há necessidade de recorrer a outros...

“Pois todos os deuses das nações não passam de ídolos, mas o Senhor fez os céus.” I Crônicas 16:26

Mas não é só no Rio de Janeiro que os demônios são cultuados. No Nordeste do Brasil, a forma de celebrar é diferente. Chama-se carnaval de rua, desde o frevo e maracatu de Recife e Olinda, até os trios elétricos e blocos de rua, na Bahia. Em 1995, o Guinness Book declarou o Galo da Madrugada, da cidade do Recife, como o maior bloco de carnaval do mundo.
Os grupos de afoxé têm origem na época da escravidão, quando os negros se reuniam vestindo trajes de príncipes cantando em nagô, um idioma africano. Além dos afoxés, ou ranchos negros (como o Filhos de Gandhi e o Badauê), o Carnaval baiano conta com os blocos afro (Olodum, Ileaiê, Malê de Balê, Olorum Babami) e os que se fantasiam de índios como os Apaches do Tororó. Para termos uma ideia do tipo de cultura que é ensinada, o Femadum 2014, Festival de Música e Artes do Olodum, patrocinado pela Caixa Econômica Federal, Brahma e Petrobras (mais dinheiro público...) elegeu a seguinte música: “... Carnaval todo mundo a cantar pra saudar nossa rainha mãe yaa asantewaa... Nyame, divino supremo deus maior no seu olhar tem a luz, da lua e do sol... Osei tutu... iluminado...

Como Deus se sente ante tudo isso?
“Os filhos ajuntam a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa e fazem bolos para a Rainha dos Céus. Além disso, derramam ofertas a outros deuses para provocarem a minha ira.” Jeremias 7:18

O rei Momo, adaptado no começo da década de 1930 para as festas carnavalescas, tornando-se um dos principais símbolos do carnaval no Brasil, é inspirado na mitologia grega.
Momo é o filho do sono e da noite; o deus da zombaria, do sarcasmo e da ironia, conhecido como o protetor daqueles que se entregavam a loucura, ao escândalo, aos vícios e aos excessos. Era representado como um bufão (bobo, palhaço, atores portugueses que costumavam representar comédias teatrais para divertir os nobres), que usava um gorro com guizos, um cetro e uma máscara. Já ouviu o termo “na mão do palhaço” para os que não conseguem se equilibrar em pé por estarem extremamente bêbados?

Em algumas cidades como, por exemplo, o Rio de Janeiro existe uma tradição em que o prefeito entrega a chave da cidade para o rei Momo. Desta forma, simbolicamente, o rei Momo governa a cidade nos quatro dias de folia.
Seria esse ato do prefeito uma atitude inocente, apenas teatral ou isso traz alguma influência para a cidade?
O principal aspecto em comum do carnaval moderno e do antigo são os excessos e a permissividade. Hoje, como antes, o carnaval é considerado como um tempo em que tudo é permitido. Nesta época as pessoas têm a sensação de possuir a “liberdade” em fazer tudo o que lhe agrada. Apesar de tentarem mostrar o carnaval sendo uma festa cultural ou como uma ocasião para divertir-se, não podemos negar o fato de que,  assim como antigamente, o carnaval segue sendo uma festa onde reina o caos e se cometem inúmeros atos que atentam contra a dignidade do ser humano.


As Consequências do Carnaval

1. Alto consumo de Drogas
Entre as grandes patrocinadoras da festa no Brasil estão as cervejarias. E, além do álcool, cresce nessa época também o consumo de todo tipo de drogas, em especial os inalantes, como o famoso lança-perfume.
Para dar-nos conta disto, basta olhar como ficam as ruas de uma cidade na manhã seguinte depois um dia de carnaval: homens e mulheres jogados nas sarjetas, tão embriagados que não recordam nem seus próprios nomes, garrafas de bebidas alcoólicas por todas as partes e um infinito de outros desperdícios que fazem com que as ruas pareçam literalmente como lixeiras.

“Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” I Coríntios 6:10
“Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.” Gálatas 5:21
“E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.” Lucas 21:34

A marchinha “vou beber até cair” era apenas uma confirmação do que realmente acontecia e um incentivo para que isso se tornasse cada vez pior...

Por causa disso, a polícia militar do Estado de São Paulo proíbe que qualquer policial tire férias, ou licença prêmio, durante o carnaval para tentar conter a fúria de um povo ensandecido, encharcado de álcool e drogas, que toma conta das ruas.

“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;” Efésios 5:18
“Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da violência.” Provérbios 4:17


2. Violência
Qual a consequência de toda essa bebedice? Os serviços de pronto-socorro ficam abarrotados de pessoas com intoxicações, com vários tipos de lesões, desde pequenos cortes acidentais até aquelas que resultam de brigas entre foliões ou mesmo devido violência nos lares. Frequentemente, encontramos como denominador comum nesses casos o abuso do álcool.

Outro aspecto em comum que poderíamos mencionar é o uso de máscaras e disfarces, que já eram usados nas celebrações dos ídolos pagãos na Grécia antiga e Roma, e que tanto como antigamente quanto hoje, servem como uma armadura encorajadora para aqueles que querem cometer seus crimes sem ser reconhecido ou saciar seus mais baixos desejos e paixões.

Com relação à violência, destaca-se os bate bolas (também conhecido como Clóvis), que assustam de crianças a, hoje em dia, adultos. A bexiga, que também já foi descrita por alguns pesquisadores como elemento obrigatório na fantasia tradicional dos bate bolas, atualmente pode ser compreendida como um sinalizador de agressividade; o seu uso costuma ser, portanto, associado à violência no carnaval de rua.
Para exemplificar, por volta das 21h de segunda-feira (3), uma briga entre grupos de bate-bolas deixou um morto e três pessoas feridas, na Praça Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Gabriel Ferreira dos Santos, de 17 anos, foi atingido por um tiro no peito e morreu no local. Outras três pessoas ficaram feridas na confusão. Segundo testemunhas, um grupo pulava carnaval no local e a briga começou com a chegada de um grupo rival.

Em Alagoas, de acordo com o gerente geral do Hospital Geral do Estado, os principais acidentes que acontecem nessa época são atropelamentos, colisões, agressões por armas de fogo e branca. ”As causas são, principalmente, a ingestão demasiada de álcool, uso de drogas e entorpecentes, nos quais alteram o comportamento humano, causando problemas no relacionamento interpessoal e podendo gerar crimes”. As ocorrências de acidentes, tentativas de suicídio e crimes com usos de arma de fogo são maiores nessa época em relação aos outros meses do ano.
O Coordenador de Internação do HGE, Marcos Seabra, afirmou também que o número de casos de doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, tem um aumento considerável no período carnavalesco, além da gravidez indesejada, principalmente entre adolescentes.


3. Acidentes de Trânsito
O número de acidentes de trânsito aumenta em todo o Brasil a cada ano. Vamos aos números:

Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Trânsito, o número de acidentes de trânsito cresce em torno de 20%, durante o carnaval.

A Polícia Rodoviária Federal no estado de Sergipe registrou, entre os dias 28 de fevereiro e 05 de março de 2014, 28 acidentes, com 25 feridos e 02 mortes. Apesar de todos os esforços, o número de feridos aumentou (130,62%).

Os números oficiais sobre acidentes de trânsito e os casos de violência, revelados pela Polícia e pelo Instituto Dr. José Frota, mostram a negligência e o descaso com a própria vida: 77 pessoas foram assassinadas, entre a noite da última sexta-feira (28/02) e a noite dessa terça-feira (05). Foi o carnaval mais violento dos últimos 10 anos no Ceará. Os dados apontam que a unidade em Fortaleza, recebeu 312 vítimas de acidentes com motos. Os motivos para essas acidentes são conhecidos de todos: excesso de velocidade, ingestão de bebida alcoólica e negligência.

As estradas paulistas tiveram o carnaval mais violento dos últimos quatro anos, com 37 mortes entre sexta-feira e quarta-feira, 5. O aumento foi de 37% em relação ao ano passado.
Também cresceu o total de acidentes para 965 (mais 11,7%) e, consequentemente, o número de pessoas feridas por causas das colisões, quedas e atropelamentos, que somaram 550 vítimas neste carnaval.

Os números referentes à violência no trânsito durante esse período já são superiores aos divulgados no ano passado. Segundo o assessor de comunicação da PRF-GO, inspetor Newton Morais, “Ainda observamos muita imprudência, ultrapassagens proibidas, inabilitação, condutor alcoolizado e falta de experiência em dirigir nas rodovias”.

PR: mortes dobram em estradas no Carnaval

Seis pessoas morreram nas rodovias federais que cortam o Espírito Santo durante o feriado de Carnaval, uma a mais que no mesmo período de 2013.

O número de atendimentos a acidentados por motos aumentou 175% entre 2003 e 2013, no principal hospital de emergência da Grande Fortaleza, Instituto Doutor José Frota (IJF), Centro de Fortaleza. Ainda segundo dados do IJF, em 2013, os acidentes de moto foram 2º lugar no ranking de atendimentos na unidade hospitalar.
Pacientes feridos em acidentes com motocicletas lideraram o atendimento na emergência do IJF também durante o Carnaval de 2014. Segundo o chefe da equipe de cirurgia do IJF, o médico José Soares, o número é superior em relação a igual período do ano passado.
"Infelizmente das 1.245 ocorrências realizadas neste Carnaval, 312 foram relacionadas a motos. É um número bastante expressivo e preocupante. Com certeza esse número é maior do que o ano passado", afirma.

Após todos esses exemplos reais, precisamos falar mais alguma coisa? Infelizmente, as tristes consequências do carnaval não param por aí...


4. Doenças Sexualmente Transmissíveis
Na época que antecede o carnaval, enquanto foliões estão em contagem regressiva para “caírem na gandaia”, autoridades trabalham para minimizar as consequências negativas da festa, com ações para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e gravidez indesejada, distribuindo camisinhas, material educativo e campanhas veiculadas nos meios de comunicação que acabam incentivando a libertinagem. Aparentemente tudo isso tem uma finalidade nobre: o de evitar doenças venéreas; mas na realidade o que ocorre é que, se haviam pessoas que por temor das doenças venéreas e falta de dinheiro para comprar um preservativo tinham a intenção de absterem-se de cometer fornicação ou adultério, já não terá mais o porquê de faze-lo, pois agora têm um preservativo totalmente grátis. Sendo assim por que abster-se? Desta maneira, os valores e a moral na sociedade se veem seriamente deteriorados.
O sexo nos seres humanos tem de ser uma expressão de amor. Quando é separado da afetividade, causará problemas físicos, mentais e emocionais naquele que está manipulando ou fazendo sexo sem amor.

"Não erreis, de Deus não se zomba; porque tudo o que o homem semear, isso também colherá. O que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna" (Gl 6,8).

Entre as DSTs mais comuns, estão o HPV, clamídia, gonorreia, sífilis, cancro mole, herpes e a aids. Quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves.
De acordo com o ginecologista Nelson Uchimura, as doenças bacterianas podem ser curadas,  "mas aquelas virais, como o HPV, herpes e aids, só podem ser controladas."

Em Maringá, no período pós-carnaval é observado aumento de até 20% na procura por testes de DST no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), da Policlínica Zona Sul. "O normal é atendermos até 350 pessoas por mês. E pode chegar a 420 no mês seguinte à festa", afirma a coordenadora do serviço de DST/Aids, Eliane Biazon.

Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo mostra que a procura por informações sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) e locais que fazem testes de HIV chega a crescer 60% no período de Carnaval.
Em janeiro de 2010, foram registrados 405 atendimentos pelo Disk DST/Aids. No período de um mês após o Carnaval, o número de atendimentos subiu para 659. No Centro de Referência em DST/Aids, unidade estadual na zona sul da capital, também foi registrado, no ano passado, aumento de 39% no número de pessoas que fizeram o teste de HIV após o carnaval: de 336 em janeiro para 467 em março.

Após as folia geral, Sorocaba registra aumento de 20 a 30% na procura pelos testes de Aids. No ano passado foram 15.881 análises de sangue. Para a coordenadora do Programa DST/Aids Sorocaba, Tereza Dib, isso demonstra que as pessoas não estão ignorantes quanto à questão da contaminação, mas deixam para se preocupar somente depois.

Os profissionais de Odontologia devem ficar atentos para o aumento dos casos de doenças e infecções da cavidade bucal depois do Carnaval. A mononucleose infecciosa, causada pelo vírus Epstein-Barr, é uma das mais comuns, porque basta o contato direto da mucosa com a saliva contaminada para ocorrer a transmissão. " Não é a toa que a mononucleose infecciosa é conhecida como a doença do beijo" , lembra a estomatologista e consultora da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Maria Carméli Sampaio. Outro problema frequente após o Carnaval são as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) na cavidade bucal. Uma das DSTs de maior incidência após o Carnaval é o condiloma acuminado , conhecido como crista de galo, lesão na esfera genital causada pelo Papilomavirus Humano (HPV).

No verão da Bahia e, especialmente, no Carnaval, o estímulo à sensualidade provocada pela música, a temperatura elevada e os efeitos do consumo excessivo de álcool favorecem o sexo casual, alerta o uro-andrologista diretor da Clínica do Homem, Francisco Costa Neto.

O governo faz questão de incentivar muita festa e busca por prazer sensual. E os mesmos sabem que as DSTs não podem ser evitadas 100% com o uso do preservativo. Enquanto isso, só em 2011, o número de óbitos de pessoas aidéticas foi de 1,7 milhões de pessoas. Sabemos que não é apenas o carnaval o culpado disso, porém esta triste realidade é muito incentivada por esta festa...
A mídia diz: "Faça sexo com quem você quiser, mas faça sexo seguro!", mas a Palavra mostra qual o tipo de sexo seguro:

"Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará." Hebreus 13:4


5. Gravidez Indesejada
Esta festa é a mais explorada pela indústria pornográfica, que aproveita para exportar a imagem do brasileiro para o exterior, como sendo um povo promíscuo e da mulher brasileira como vadia e vulgar. Nessa época, devido todo o tipo de apelo que existe, aumenta também o índice de estupros (no último carnaval, quase que a filha de minha prima foi estuprada, tanto que, até o momento, ela não tem coragem mais de sair de casa).
Enquanto isso, outro risco surge devido o sexo sem proteção: a gravidez indesejada. Por não ser programada, os índices de abortos naturais e provocados são maiores, o que coloca em risco a saúde da gestante. "Se a mulher tem uma DST, ela ainda pode ser transmitida à criança durante a gestação, no parto ou, no caso da aids, até mesmo na amamentação."
Diversos estudos realizados em países que celebram o carnaval demonstram que nove meses depois desta celebração, aumenta consideravelmente o número de nascimentos. Isto desencadeia problemas muito sérios para a sociedade: as crianças de rua, por exemplo.

O uso da ‘pílula do dia seguinte’ é comum durante os dias de Carnaval, segundo a farmacêutica Simone Chagas de Barros e o resultado é um aumento expressivo da procura do remédio nas farmácias.

Fernanda Lima Deporte, Assistente Social e Coordenadora do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), em Campos Novos, alerta: “O número de meninas grávidas aumenta consideravelmente depois do carnaval, ainda mais entre as adolescentes”.

Como uma menina que mal tem o Ensino Fundamental poderá sustentar uma criança? Quem é o pai? O pai trabalha? Onde vão morar? Qual o tipo de educação que essa criança receberá numa família desestruturada e despreparada? Se essa gravidez for fruto de um adultério, como ficará o casamento que foi abalado?
São perguntas que sabemos a resposta e, infelizmente, não são nada positivas...

“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação;” I Tessalonicenses 4:3
“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia,... os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.” Gálatas 5:19-21


6. Sujeira
A sujeira que o Carnaval deixa nas cidades é um dos maiores problemas do pós-feriado: latas de alumínio, garrafas de vidro, copos plásticos e panfletos de divulgação são facilmente encontrados nas ruas, entupindo bueiros e aumentando o risco de enchentes. Até mesmo os mares são feitos de lixeira pelos foliões, o que polui a água e prejudica a biodiversidade marinha. Além disso, por onde vão passando os blocos, fica um rastro de urina pelos muros, que irritam grandemente os moradores.


7. Gastos públicos
O governo gasta dinheiro público incentivando a festa, gasta dinheiro público pedindo para as pessoas se controlarem (em vão) e, depois, gasta dinheiro público com os trágicos resultados.

A festa de Carnaval de 2013 custa R$ 172,3 milhões aos cofres públicos das 26 capitais e do governo do Distrito Federal, segundo levantamento feito pelo UOL. O valor inclui os gastos com infraestrutura, cachês de artistas, festas, publicidade, pagamentos extras a servidores e transferências a agremiações e blocos. O dinheiro investido equivale, por exemplo, a um conjunto habitacional do "Minha Casa, Minha Vida 2" com 3.122 casas (cada unidade tem valor definido pelo governo federal de R$ 55.188).

Com orçamento de R$ 35 milhões para 2013, o Rio de Janeiro é a capital que mais gasta com as festividades do Carnaval, segundo levantamento feito pelo UOL a partir de dados divulgados pelas secretarias de turismo. A cidade de São Paulo, com R$ 33 milhões, está em segundo lugar no ranking, seguida por Salvador, cujo investimento é de R$ 30 milhões.

Por exemplo, 68 mil reais foi gasto em Rondônia num carnaval.

Todos esses valores não contam com os gastos pós carnaval, como atendimento médico, tratamento de DST e vítimas de acidentes de trânsito etc. Tanto dinheiro que poderia ser utilizado em benefício da própria população...

“Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.” Isaías 1:17


As Cinzas do Carnaval

Funciona mais ou menos assim: após os dias chamados “gordos”, em especial a terça-feira Gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras, quando o indivíduo pratica toda a sorte de estupidez no carnaval, depois entra em estado de contrição a fim de preparar seu espírito para a Páscoa, através do tempo de penitência e privação da Quaresma. Mas, será que isso limpa o pecado? O que sobra na Quarta-feira de cinzas?

Para os campeões das escolas de sambas, artistas contratados e empresários que investem no turismo, muito dinheiro. Porém, para a população em si, há muito choro devido a perdas de parentes por acidentes de trânsito, doenças, abortos mal sucedidos, brigas etc. Divórcio, gravidez indesejada, opressão demoníaca devido a invocação de orixás, esfriamento espiritual daqueles que um dia estiveram na presença de Deus e se afastaram “um pouquinho” para “conhecerem o mundo”, ressaca, dívidas, culpa etc.

A essência do carnaval não é a verdadeira alegria. O carnaval é uma festa pagã prejudicial à sociedade sendo um atentado direto contra a moralidade, a dignidade e aos bons costumes.
Por exemplo, as igrejas são multadas se violarem a lei do silêncio, porém os bailes funks e o carnaval não respeita nenhuma lei. O barulho e a bagunça rolam noite a dentro.

O que a Bíblia fala sobre os homens vestidos de mulher? “Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao Senhor teu Deus.” Deuteronômio 22:5


A alegria faz parte do fruto do Espírito Santo:
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” Gálatas 5:22,23

As pessoas confundem alegria com prazer. Prazer é a satisfação do corpo; alegria é a satisfação da alma. Há prazeres justos e até necessários, como o sabor que Deus colocou nos alimentos, o prazer do ato sexual do casal unido pelo matrimônio... Mas há também prazeres injustos, por isso, pecaminosos, quando se busca a satisfação do corpo apenas como um fim: a bebida, o sexo fora ou antes do casamento, as drogas, as aventuras que põem a vida em risco etc.
O prazer ilícito, quando passa, deixa gosto de morte. A distorção da alegria nessa festa pode se transformar em sofrimento para a própria pessoa e para os outros, porque sabemos que “o salário do pecado é a morte” Romanos 6:23. Não pense que você pode ser feliz no pecado. Isso é uma ilusão!

Se você caiu no carnaval e as cinzas da quarta-feira permanecem sobre você, se humilhe perante a presença do Senhor, não para alcançar o perdão e ano que vem fazer tudo novamente, mas para que o Espírito Santo te trate, conserte, transforme e nunca mais você esteja preso ao pecado que esta festa oferece.

"Digo-lhes que certamente vocês chorarão e se lamentarão, mas o mundo se alegrará. Vocês se entristecerão, mas a tristeza de vocês se transformará em alegria." João 16:20

Um comentário:

Unknown disse...

amei o blog me ajudou muito nas minhas pesquisas