14 julho 2013

JÁ ESTÁS REDIMIDO POR CRISTO, OU SERÁS CONDENADO POR ELE?


Estamos vivendo um momento de tensões no Brasil. Milhares de pessoas, em centenas de cidades de nosso país saíram às ruas para protestar contra a corrupção, contra os gastos exuberantes devido os jogos mundiais, contra a falta de atenção dos políticos com relação à saúde e educação, e vários outros motivos. Mas tenho a consciência de que a solução para nossa nação não está nas mãos de presidentes, deputados, senadores, vereadores, ministros, governados, prefeitos, secretários e qualquer outro que esteja no poder ou possa assumir, a não ser um:

Reinará um rei com justiça, e dominarão os príncipes segundo o juízo.
E será aquele varão como um esconderijo contra o vento, e como um refúgio contra a tempestade, e como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta.
Isaías 32:1,2

Este texto me chamou atenção nesses dias e gostaria de expor aqui algumas ideias que surgiram a partir dele:
Em primeiro lugar, fala sobre o reinado justo de Jesus, que trás tudo que o mundo precisa. A partir do momento em que Jesus reina, há segurança, refrigério, conforto, alegria ... Quando Ele for o centro do planeta, os seus príncipes, ou seja, os seus representantes em todo o mundo terão que também ser justos e estender o reino do Senhor onde estiverem.

Sabemos que nem todos querem que Jesus reine sobre sua vida. Isso é fato. Há sempre aqueles que, com coração duro, fechado, maligno, se rebelarão contra este reino, e o Mestre terá que usar Sua vara de ferro (Salmos 2:6-12; Apocalipse 2:26-29; 12:5; 19:15), ou seja, Sua rigidez, para que o pecado não cresça novamente.
Alguns podem perguntar: Mas, mesmo quando Jesus reinar, haverá pessoas insatisfeitas com o Seu reino? Haverá alguém capaz de rejeitar tamanha paz, segurança e alegria? A resposta é sim, pois sempre houve e ainda haverá aqueles que não desejam se submeter a Deus. Aqueles que desejarão fazer a sua própria vontade e se unirão ao Inimigo, após os mil anos de reinado do Rei dos reis, e pelejarão, em vão, contra Ele (Apocalipse 20:7-9).
Isso porque muitos consideram o julgo de Jesus como um peso incapaz de ser levado. Não querem perdoar a quem lhes fez o mal, não querem ser dependentes de Deus doando tudo que tem aos mais necessitados, querem ser reconhecidos sempre e crescer mais que outros, não aceitam ser corrigidos e reconhecer que estão errados etc. Para estes, o reino de Jesus não é bem vindo. Para estes, é melhor seguir ao Maligno, que lhes iludem com suas falsas promessas de poder, vingança, esperteza etc.

Mas, há os que aceitam e gozam do reino do Senhor. Estes terão o privilégio, não por merecimento próprio, mas por graça divina, de desfrutar de tudo que há de maravilhoso na vontade e domínio do Messias. Falemos dessas maravilhas, de acordo com o texto descrito acima:

Como um esconderijo contra o vento
A primeira promessa neste texto de Isaías é que Jesus será como um esconderijo contra o vento. O vento traz frio, provoca destruição, arranca árvores e desmorona edificações. Foi assim que aconteceu com os filhos de Jó:
... estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram;...” Jó 1:18b,19a
Os filhos de Jó não temiam ao Senhor. Embora Jó temesse a Deus e intercedesse por seus filhos, eles só queriam saber de festas, farra e vinho. O Inimigo até tentou destruir Jó, mas não conseguiu nele tocar. Só conseguiu matar seus descendentes porque eles não estavam sobre o esconderijo do Senhor, como seu pai.

Como um refúgio contra a tempestade
A segunda promessa me faz lembrar o dilúvio, que nada mais é do que uma tempestade muitas vezes elevada:
No ano 600 da vida de Noé, no mês 2º, aos 17 dias do mês, naquele mesmo dia, se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a terra 40 dias e 40 noites... E esteve o dilúvio 40 dias sobre a terra; e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra. E prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas... Assim, foi desfeita toda substância que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca.” Gênesis 7:11,12,17,23
O nível de corrupção e violência nos dias de Noé tinha chegado ao extremo, à plenitude (Gênesis 6:5,11). Noé pregou por mais de um século (Gênesis 6:3; II Pedro 2:5), mas houve rejeição de sua pregação. Provavelmente a humanidade só buscou a arca, quando já não havia mais oportunidade, pois há um momento em que Deus fecha a porta da arca e não há mais chance de perdão.
Enquanto isso, Noé, que achou graça aos olhos do Senhor, ou seja, encontrou o perdão de Deus, foi salvo, juntamente com sua família, na arca, que nos representa hoje a salvação em Cristo. E assim como a arca “andava sobre as águas”, como lemos acima, Jesus é aquele que anda sobre as águas, e nos faz também andar sobre as águas, por Ele (Mateus 14:24-32). Ele nos livra das tempestades, dilúvio, ou seja qual for o nome que damos aos problemas que tentam nos roubar a paz e alegria. Ele é nosso refúgio! Ele acalma a tempestade! Mateus 8:23-27

Como ribeiros de águas em lugares secos
Por diversas vezes, Deus providenciou a água em meio aos desertos:
- À Agar, quando seu filho Ismael estava morrendo de sede (Gênesis 21:14-19);
- A Israel, quando as águas amargas se transformaram em doces (Êxodo 15:23-27);
- Novamente a Israel, fazendo água jorrar da rocha (Êxodo 17:1-6);
- Mais uma vez a Israel, quando de novo a água jorrou da rocha (Números 20:7-11);
- A Elias, pelo ribeiro, quando este profetizou falta de chuva (I Reis 17:3,4);
- Novamente a Elias, pela viúva de Sarepta (I Reis 17:8-10) etc.
Quem vive numa cidade grande, não tem ideia do que é a seca, e quanto vale para as pessoas que moram no sertão, a água. Temos apenas uma pequena ideia quando, no verão, conseguimos chegar em casa após enfrentar o calor do sol, e nos refrescar no chuveiro, ou com a água gelada, mas para quem não tem água encanada, e os rios onde tomam banho, bebem e se refrescam estão secos, é uma grande tortura.
Quando essas pessoas, prestes a padecer, são favorecidas por Deus pela água, recebem refrigério, alívio, alegria incomparável, grande satisfação. Por isso, a Bíblia é repleta de alegorias, comparando o favor do Senhor como águas em meio ao deserto:
O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma...” Salmo 23:1-3a
O termo “águas tranquilas”, na verdade, significa “águas de descanso”. Descanso é a palavra que Deus usa para o sétimo dia (Gênesis 2:2,3) e para o destino daqueles que o servem (Hebreus 4:1,3-5,9-11).
Quando Jesus estabelecer o Seu reino no planeta, o mundo conhecerá este repouso. Nós, finalmente, poderemos ser refrigerados como aqueles que, por tanto tempo, provaram da seca do deserto.

Como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta
Por último, a profecia de Isaías mostra o futuro Rei como uma rocha que produz para nós sombra em uma terra sedenta.
Jesus é a nossa Rocha, sobre quem fomos edificados e estamos firmes e seguros (I Samuel 2:2; Mateus 7:24-27; 16:18; I Coríntios 3:10-12), mas, quanto à sombra, mais uma vez nos lembramos de Israel que, por 40 anos de deserto, foi protegido pela sombra do Espírito de Deus, ou seja, a coluna de nuvem que os guiava e os protegia do sol escaldante do deserto (Êxodo 13:21; Números 9:15-23).
A nuvem era, além do alívio, como os ribeiros de águas que falamos acima, também como a proteção, como o esconderijo sobre o vento e o refúgio contra as tempestades, também citados acima.
Ele é a Rocha do sonho de Nabucodonosor, cuja vinda destruirá os reinos do mundo e estabelecerá o Seu governo de justiça (Daniel 2:34,35,44,45). Ele é o desejado de todas as nações! Deixe, portanto, a partir de hoje, Ele ser o teu Rei, e te ensinar como viver neste mundo!

Porém, saibam de algumas coisas importantes:
Jesus é o esconderijo, refúgio, ribeiros de águas e rocha que produz grande sombra, para aqueles que nEle confiam. Mas Jesus também é o vento, tempestade, sequidão e sede para aqueles que o rejeita. Essa é uma dura verdade para quem não aceita Seu reino.

Outro detalhe:
Muitos deixam para buscar Deus apenas quando já tentaram de tudo e não há mais esperança. Quantos bateram na porta da arca tentando se livrar do dilúvio? Quantos não clamarão a Deus quando não houver mais oportunidade de perdão?
Não deixe para buscar ao Senhor quando a tempestade vier. Clame a Ele hoje. Saia de Sodoma antes dela ser destruída, como Ló, pois depois será tarde demais.
Busque o refrigério, alívio, paz, segurança e amor do Senhor, enquanto tens saúde, e pode viver para Ele. Não espere o dia de amanhã, pois não sabemos se ele chegará para nós...

Buscai ao Senhor enquanto se pode achar. Invocai-o enquanto está perto!” Isaías 55:6


Palavra ministrada no Culto de Oração e Libertação da Igreja Batista Nova Filadélfia em Vila Metral, dia 17 de julho de 2013.

Obs.: O título desta postagem e a imagem inicial foi inspirada no tema de um congresso de Mocidade da Igreja Batista Nova Filadélfia em Vila Kennedy, no ano de 2005. Quem sabe, no futuro, poderemos falar um pouco mais sobre isso...

Um comentário:

Anônimo disse...

Pôxa, rapaz, vim te agradecer pelo teu post. É escrito com muita nitidez, muita clareza, e muita Inspiração. O texto todo promove uma sensação de alívio, é reconfortante.

Só uma coisa que reparei, se você me permite comentar: o título.

O título, se você permite uma humilde opinião, achei um pouco agressivo. Hostil, sabe? E fui procurar o trecho: (Salmos 34:22) "O Senhor redime a vida dos seus servos; ninguém que nele se refugia será condenado."

Repare como esse Salmo é revigorante, gera esperança, é como uma Promessa. Agora olhe o título, como soa uma pergunta agressiva e ameaçadora: "Já estás redimido por Cristo, ou serás condenado por ele?"

A Frase do Salmo é suave, é um acalento pra alma sofrida. Já o título, uma pergunta como uma ameaça. Desconfortável, constrange, afasta.
E o teu texto todo aproxima!

Irmão, essa forma de ver o Salmo pode mudar? O Salmo original em questão é tão mais amigável, tão mais atraente!

Irmão, fica na Graça de Deus!