O PRIMEIRO PECADO
"... foi a tarde e a manhã, o dia primeiro." Gênesis 1:5
"... foi a tarde e a manhã, o dia segundo." Gênesis 1:8
"E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro." Gênesis 1:13
Para a nossa cultura, o dia começa à meia-noite ou pela manhã. Porém, para as Escrituras, o dia começa quando ao entardecer, quando anoitece, o que chamamos de pôr do sol, cerca de 18h. Por isso, para o judeu, o dia começa às 18h.
"E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim." Gênesis 3:8
O termo "viração do dia", portanto, seria perto das 18h. Sendo assim, foi à tarde que o pecado de Adam ocorreu. Foi à tarde que o primeiro casal transgrediu a orientação e perceberam que estavam nus. Foi à tarde que eles depenaram a figueira para costurarem uma roupa para se cobrirem e se esconderam de Deus. Foi à tarde que animais inocentes morreram para vestir o casal.
"O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras. E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde." Êxodo 12:5,6
É justamente no período da tarde que o cordeiro de Páscoa deveria morrer. O cordeiro pascoal morreria a tarde no lugar do primogênito de cada família, assim como os primeiros inocentes morreram no Jardim do Éden, para cobrir o primogênito Adam...
"E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona. E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz... e Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito." Mateus 27:45-50
A "hora sexta" equivale para nós ao meio dia e a "hora nona" seria três horas da tarde. Depois disso, Jesus morreu. Ou seja, temos a revelação do horário que Jesus morreria desde o início...
Jesus morreu à tarde, antes da viração do dia, como o Cordeiro Pascoal, sofrendo sobre Si as consequências do pecado da humanidade...
A PROFECIA A ABRÃAO
Há aproximadamente 4.000 anos, aconteceu uma sequência de
fatos que passam por despercebido para muitos leitores das Escrituras Sagradas.
A aliança de Deus com Abrão e os detalhes que estão envolta dela apontam para a
festa da Páscoa, que é o nosso assunto neste estudo. Portanto, a partir daqui
começa nossa busca por maiores informações sobre esta festa bíblica tão
importante...
Após vir de uma vitória sobre os
reinos da Babilônia (Sinear), Elasar, Elão e Goim, cujo objetivo era resgatar
seu sobrinho Ló e sua família, mas que acabou abençoando os povos cananeus
(Gênesis 14:1-16), Abrão se encontra com um misterioso personagem chamado
Melquisedeque. Este era rei e sacerdote, celebrou com Abrão o pão e vinho e o abençoou (Gênesis
14:18-20). Você já leu esta passagem? Quem era Melquisedeque? Já se questionou
por que pão e vinho foram mencionados aqui?
“Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus
Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança
dos reis, e o abençoou... Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o
patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos... Ora, sem contradição alguma, o
menor é abençoado pelo maior.” Hebreus 7:1-7
Tornaremos a falar sobre os
elementos da refeição entre Abrão e Melquisedeque, mas, por enquanto, vamos
analisar o que aconteceu naquela noite, após este encontro especial. Sabemos
que era noite porque Deus disse para Abrão: “Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E
disse-lhe: Assim será a tua descendência.” Gênesis 15:5
Naquela noite Abrão foi justificado
pela fé (Gênesis 15:6). Ao amanhecer, Abrão foi em busca dos animais que
durante a tarde permaneceram partidos ao meio. Em plena luz do dia houve uma
escuridão (Gênesis 15:9-17) e, ao findar o dia, Deus estabeleceu uma aliança fazendo
as promessas a seguir:
“Então disse a Abrão:
Sabes, de certo, que peregrina
será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será
afligida por quatrocentos anos, mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem
de servir, e depois sairá com grande riqueza.
E tu irás a teus pais
em paz; em boa velhice serás sepultado.
E a quarta geração
tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda
cheia.” Gênesis
15:13-16
“Naquele mesmo dia fez o SENHOR
uma aliança com Abrão, dizendo:
À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao
grande rio Eufrates; E o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu, e o heteu, e o perizeu, e os refains, e o amorreu, e o
cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu.” Gênesis 15:18-21
Nestas profecias estão inseridas
muitas informações:
1º - A descendência de Abraão
seria peregrina em terra alheia, escravizada
e aflita por 400 anos;
2º - O povo que escravizasse os
descendentes de Abraão sofreria juízo
por isso;
3º - Quando a descendência de
Abraão fosse livre, sairia com muitas
riquezas;
4º - Abraão morreria antes do cumprimento dessas profecias;
5º - A descendência de Abraão, na quarta geração, voltaria a Canaã;
6º - Ainda não era o momento, mas
chegaria o tempo em que os cananeus seriam
expulsos, como consequência de terem ser tornado plenamente corruptos;
7° - Israel herdaria toda a terra de Canaã, desde o ribeiro do Egito até a
Síria.
Mas qual a ligação de tudo isso
com a Páscoa?
Os cinco primeiros passos estão
totalmente ligados a esta festa, celebrada por Moisés, 400 anos depois. A
Páscoa é o ponto central da maioria dessas revelações e revela pelo menos dois
atributos divinos: a justiça e a bondade de Deus. A justiça de Deus manifestou-se
na Páscoa pela punição do Egito, por ter escravizado Israel (segundo passo) e a
bondade de Deus pela libertação de Israel (terceiro passo).
No sexto e no sétimo passo percebemos
novamente esses dois atributos mencionados acima: Deus demonstra Seu amor ao
dar tempo dos cananeus se arrependerem, mesmo sabendo que isso não aconteceria
(sexto passo) e demonstra Sua justiça ao expulsá-los, quando chegassem à
plenitude do pecado (sétimo passo).
Com relação ao sétimo passo, o
território prometido à descendência de Abraão até hoje não foi alcançado
totalmente. Josué introduziu Israel em Canaã, mas morreu sem vê-la totalmente
conquistada (Josué
13:1; Juízes 3:1-3). Davi e Salomão foram os que mais se aproximaram da
promessa, pois chegaram a dominar este território (II Samuel 8:3,9,13; II
Crônicas 8:3,4), contudo o povo de Israel não
ocupou uma parte dela. Por exemplo, Davi não expulsou os sírios, mas apenas os tornou
escravos (I Crônicas 18:6).
Sendo assim, a parte final da
profecia a Abraão foi parcialmente concluída, até porque, depois, o rei da
Babilônia tomou todo esse território prometido a Israel:
“... o rei de babilônia tomou tudo quanto era do rei do Egito, desde o
rio do Egito até ao rio Eufrates.” II Reis 24:7
Entendemos que isso faz parte do
propósito do Senhor. O Deus que cumpriu as seis primeiras profecias, cumprirá
também a última. Mas, para isso aconteça, teremos que estudar outro evento
profético que chegaremos a abordar aqui, porém não nos aprofundaremos.
O importante é que embora Israel
não tenha conseguido tomar de volta a terra que receberam por herança do Senhor
até hoje, um dia eles a conquistarão completamente. É só uma questão de tempo.
Resumindo, numa noite, Abrão ceou
pão e vinho com o rei e sacerdote, creu, recebeu a ordem de buscar alguns
animais, na parte da tarde, quando estes estavam mortos, houve uma grande
escuridão e ali sua aliança com Deus foi estabelecida. Detalhe: Tudo isso
aconteceu nas proximidades de Jerusalém (Salém – Gênesis 14:17,18).
AS PROFECIAS COMEÇAM A SE CUMPRIR
Abraão viveu como um peregrino
nas terras de Canaã. Não somente ele, mas seu filho Isaque, seu neto Jacó e
seus doze bisnetos, os pais das doze tribos de Israel.
“Pela fé Abraão, sendo chamado,
obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem
saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia,
morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque
esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.” Hebreus 11:8-10
Dentre eles, o que parece ter
sofrido mais devido essas peregrinações foi Isaque, pois quando este cavava um
poço, os cananeus vinham e roubavam ou desfaziam o que ele tinha feito (Gênesis
26:12-33).
Mais tarde, para que se cumprisse
a profecia, um dos bisnetos de Abraão, José, após ter sido vendido como escravo
egípcio, e de escravo ter se tornado governador do Egito, levou toda sua
família para lá viverem. Se eles não fossem para lá, morreriam de fome em
Canaã, pois uma fome de 07 anos assolou o mundo. A intenção de José era salvar
sua família, mas a intenção de Deus era que eles ali se tornassem a NAÇÃO de
Israel...
·
Por que
eles precisavam estar no Egito?
Comumente ouvimos falar que Deus
levou Israel ao Egito, na terra de Gósen, porque os egípcios abominavam os
pastores de ovelhas (Gênesis 43:32; 46:31-34) e, portanto, os israelitas ficariam
separados, pois eram considerados como “imundos”.
Como podemos perceber depois, é
claro que eles tiveram contato com a cultura de seus hospedeiros (Levítico
18:3), tanto que, na primeira oportunidade, levantaram uma imagem do boi
adorado no território que eles moraram (Gênesis 47:6): o famoso bezerro de ouro
que ofendeu grandemente ao Senhor (Êxodo 32:1-8). Pode ser que ali eles seriam
menos contaminados que em Canaã, mas a contaminação aconteceu.
Mas Deus tinha um plano maior: exaltar
o Egito como uma potência mundial para, depois, engrandecer o Seu nome por todo
o planeta. Para isso, primeiramente Deus preparou toda uma estratégia, tornando
o justo José como o braço direito de Faraó e o advertindo sobre uma grave fome
que atingiria o mundo, fazendo com que só o Egito tivesse provisão suficiente
para suportar sete anos de grande necessidade. Por causa disso, pessoas de
diversas nações iam até lá comprar com José comida suficiente para sobreviverem
(Gênesis 41:54-57; 47:13-16).
José se tornou um pregador da
verdade, em meio a toda feitiçaria egípcia e, além disso, um espelho para todas
as nações, até porque todos queriam saber como ele teve conhecimento de que a
fome viria e se preparou por anos. É claro que José não se esquivou de falar
como tudo aconteceu, engrandecendo o nome do Senhor...
“Chamou a fome sobre a terra, quebrantou todo o sustento do pão. Mandou
perante eles um homem, José, que foi vendido por escravo;... Fê-lo senhor da
sua casa, e governador de toda a sua fazenda; Para sujeitar os seus príncipes a
seu gosto, e instruir os seus anciãos.”
Salmos 105:16-22
Além disso, anos depois, quando,
através de Moisés, Deus demonstrou Seus sinais, enviando dez pragas sobre o
Egito, abrindo o Mar Vermelho e afogando Faraó e seu exército, bem como
manifestando Sua glória através da nuvem durante o dia e coluna de fogo durante
a noite, mandando o maná todo dia e derrotando todos os povos que tentavam
impedir a peregrinação até Canaã, entre os povos em redor se divulgavam mais
uma vez o nome do Senhor.
“E disse aos homens: Bem sei que o Senhor vos deu esta terra e que o
pavor de vós caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão
desfalecidos diante de vós. Porque temos
ouvido que o Senhor secou as águas do Mar Vermelho diante de vós, quando
saíeis do Egito, e o que fizestes aos dois reis dos amorreus, a Siom e a Ogue,
que estavam além do Jordão, os quais destruístes. O que ouvindo, desfaleceu o
nosso coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença;
porque o Senhor vosso Deus é Deus em
cima nos céus e em baixo na terra.” Josué 2:9-11
Sendo assim, as cinco primeiras
profecias ditas pelo Senhor a Abrão, tinham o objetivo de glorificar Seu nome
e, mais uma vez, no futuro, quando as duas últimas profecias se cumprirem, mais
uma vez o nome do Senhor será glorificado entre as nações...
·
Quanto
tempo estiveram no Egito, exatamente?
“O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. E aconteceu
que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os
exércitos do Senhor saíram da terra do Egito.” Êxodo 12: 40,41
Os 430 anos não são contados a
partir do momento que os descendentes de Jacó (Levi> Coate> Anrão>
Moisés) começaram a ser escravizados, mas a partir do momento em que Deus fez a profecia a
Abrão.
Vamos fazer algumas
considerações:
- Quando José, o governador do
Egito, trouxe sua família hebreia, seu irmão Levi já tinha filhos, sendo Coate
um deles (Gênesis 46:6-11);
- Levi morreu com 137 anos, seu
filho Coate com 133, seu neto Anrão com 137 (Êxodo 6:16-20) e seu bisneto
Moisés libertou Israel quando tinha 80 anos (Êxodo 7:7). Se considerarmos o
fato bem improvável de que Coate tinha acabado de nascer quando entrou no
Egito, e este gerou seu filho Anrão no último ano de sua vida, bem como se
Anrão gerou Moisés também no último ano de sua vida, teríamos o seguinte
cálculo: 133 + 137 + 80 = 350. Ou
seja, no máximo, absurdamente, eles teriam vivido 350 anos no Egito.
- Como a escravidão só começou
depois que José e toda a geração que entrou no Egito morreram, Levi e Coate não
viveram durante o período de servidão (Êxodo 1:1-22). Se usarmos como exemplo a
consideração acima, de que Anrão teve Moisés no “último ano de sua vida”,
teríamos o seguinte cálculo: 137 (idade de Anrão) + 80 (idade de Moisés quando
Israel foi liberto) = 217. Ou seja,
o tempo de opressão sobre os israelitas foi bem menor do que imaginamos...
Os cálculos acima não refletem a
realidade. Apenas usamos isso para provar que o tempo de Israel no Egito é bem
menor do que os 430 anos. 217 é um número exagerado. Não reflete a realidade
porque é obvio que eles não tinham filhos apenas no ano da morte.
Como é confirmado em Gálatas
3:17, desde Abrão até a Moisés, os israelitas sofreram de alguma forma a
perseguição do Egito. A contagem dos anos seria aproximadamente assim:
Fato
|
Ano
(depois da Adam)
|
Abrão sai de Ur dos Caldeus com seu pai
Terá e seu sobrinho Ló
|
2.063 d.A.
|
Abrão chega a Canaã
|
2.083 d.A.
|
Deus falou para Abrão que teriam
descendentes numerosos, estariam no Exílio por 400 anos e lhes daria a Terra
de Israel por herança.
|
2.093 d.A.
|
José
foi vendido como escravo e levado para o Egito
|
2.276 d.A.
|
Jacó,
com toda sua família, composta por 70 almas, se estabelecem na Terra de
Gósen, Egito.
|
2.298 d.A.
|
Início
da escravidão dos judeus no Egito
|
aproximadamente
2.387 d.A.
|
O
povo judeu saiu do Egito dia 15 de Nissan, ao alvorecer, 430 anos após Abrão
ser chamado por Deus e 400 anos após Abrão fazer uma aliança com Ele.
|
2.493 d.A.
|
Sendo assim, fazendo os cálculos
exatos revelados pela Bíblia, a escravidão durou apenas 106 anos.
- Mas porque seriam contados os 430 anos
a partir de Abrão, e não a partir de Levi, que foi quem provou do
cativeiro?
Os três patriarcas, Abraão,
Isaque e Jacó, embora não tenham sofrido a escravidão do Egito, sofreram algum
tipo de angústia pelos egípcios:
Abrão foi até a terra do Egito
quando Canaã passou por uma fome (Gênesis 12:10-20). Ali, por causa de seu medo
e sua omissão, sua esposa Sara foi tomada por mulher de Faraó e quase foi
abusada. Deus não permitiu que o pior acontecesse, mas, em meio a esta
confusão, Abrão saiu do Egito cheio de riquezas e escravos de lá.
“E viram-na os príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a
mulher tomada para a casa de Faraó. E fez bem a Abrão por amor dela; e ele teve
ovelhas, vacas, jumentos, servos e servas, jumentas e camelos.” Gênesis
12:15-16
Provavelmente Agar, a concubina
egípcia que deu a luz Ismael, foi uma herança da estadia de Abrão no Egito
(Gênesis 16:1,3; 21:9; 25:1). Sara, a esposa de Abrão, sugeriu que este se deitasse
com a escrava, mas depois foi zombada por Agar, por ser estéril. Mais uma vez a
esposa de Abrão sofre nas mãos de egípcios por causa de um erro dele...
Durante outra fome em Canaã, anos
depois, Isaque também planejou ir ao Egito, mas Deus não o permitiu (Gênesis
26:2). Mas isso não garantiu a ele algum tipo de perseguição egípcia, pois desde
sua infância era atormentado por Ismael, o filho da egípcia Agar, seu irmão por
parte de pai (Gênesis 21:8,9).
Já no tempo de Jacó, não houve
como impedir. Era chegada a hora dos descendentes de Abraão descerem ao Egito e
habitarem ali... Jacó não chegou a provar da escravidão, mas sofreu amargamente
pela perda de seu filho José, achando que ele estava morto, sem saber que
estava no Egito e acabou passando seus últimos anos lá também, para se livrar
da grande fome que estava sobre o mundo (Gênesis 37-50).
No começo tudo eram flores. Tudo
perfeito. Os bisnetos de Abraão, cada um com sua família, num total de 70
pessoas, viviam bem no Egito. Conseguiram se livrar de uma grande fome e podiam
viver em paz, sem os ataques dos povos cananeus. O Faraó era com José e este
providenciava tudo o que eles precisavam (Gênesis 47:6,11,27), porém, um dia
morreu José, o Faraó e o elo entre os egípcios e israelitas foi cortado. Surge
então um período triste para a descendência de Abraão: a escravidão (Êxodo 1).
·
Como era
a escravidão do Egito?
“E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas
cargas. Porque edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés. Mas
quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam, e tanto mais cresciam; de
maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel. E os egípcios faziam servir
os filhos de Israel com dureza; Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura
servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu
serviço, em que os obrigavam com dureza.” Êxodo 1:11-13
Assim como aconteceu com Hitler e
outros ditadores da história, a presença dos descendentes de Abraão irritaram
grandemente os líderes do Egito e começaram a persegui-los. Primeiro,
escravizando-os, depois, assassinando-os.
Não sei se você sabe, mas a
Bíblia não diz que os israelitas ajudaram na construção das pirâmides, como
alguns ainda podem pensar, mas sim, eles trabalharam na construção de cidades
egípcias.
Além de todo o sofrimento com o
trabalho escravo, o Faraó ordenou que as parteiras matassem todo o macho que
nascesse. Como elas não obedeceram, ele decretou uma ordem para que o povo o
fizesse (Êxodo 1:15-22).
Mas o que leva um líder político
a tal atitude?
Para exemplificar, vamos voltar a
um passado mais recente: Ao longo de toda a Idade Média, o ódio aos judeus foi
desenvolvido e materializado pela Igreja católica. Por exemplo, o Concílio de
Latrão (1215) condenava os judeus à servidão perpétua, proibia sua integração
na sociedade para impedir a contaminação dos cristãos, obrigava o uso de signos
de diferenciação nas vestes, impedia o acesso dos judeus aos cargos
administrativos e os excluíam da agricultura e das corporações. Essas medidas
enraizaram na população um ódio baseado na ideia demonizadora que culpou os
judeus pela morte de Cristo. Durante os séculos que se passaram, milhões de
judeus foram mortos...
Muito tempo depois, o reflexo
dessas perseguições continuaram aparecendo. Após a Primeira Guerra Mundial, os
alemães estavam pobres, morrendo de fome e doenças, e as pessoas se sentiram
derrotadas diante do mundo. Os judeus foram escolhidos para serem culpados pela
derrota, pois controlavam as finanças, sendo donos de bancos e grandes
empresas. Para Hitler isso era uma ameaça.
Em 1925 Hitler lança Mein Kampf
(Minha Luta), um livro repleto de ódio aos judeus. Ele os culpou de todo o
sofrimento alemão e declarou todo o povo judeu como inimigo natural da raça
ariana. Para Hitler, os judeus tinham sangue ruim, baseado em pressupostos
biológicos das teorias ligadas ao darwinismo social e iriam tentar misturar seu
sangue inferior com arianos ao se casar, transformando seus filhos em judeus e
isso levaria à aquisição da Alemanha por eles. Obcecado com o ideal de pureza
racial, Hitler assumiu a luta em que a “raça superior” devia utilizar todos os
meios necessários para manter sua pureza. A partir daí, poloneses, ucranianos e
lituanos, antissemitas de longa data, colaboraram ativamente com o ideal
nazista de aniquilação total dos judeus.
Você sabe o que está por detrás
de toda esta perseguição aos judeus?
A perseguição que Israel sofre
desde Isaque até os nossos dias não é apenas uma questão territorial, política,
religiosa ou cultural. Há um ser que está por detrás disso:
“Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e
tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo. E, quando o dragão viu que fora
lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem.”
Apocalipse 12:12-13
Quem é o dragão? O Inimigo:
“... o grande dragão, a antiga serpente,
chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo...” Apocalipse 12:9
Quem é o Filho? Jesus Messias:
“... um filho homem que há de reger todas
as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o
seu trono.” Apocalipse 12:5
Quem é a Mulher? Israel:
“... uma mulher vestida do sol, tendo a
lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça... a
mulher que dera à luz o filho homem... E o dragão irou-se contra a mulher, e
foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos
de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” Apocalipse 12:1,13,17
(compare com Gênesis 3:15; 37:9-11)
A perseguição a Israel não é uma
novidade. O Inimigo está por detrás dela e, até o final dos tempos, tentará
destruir este povo escolhido por Deus. Por isso os egípcios mandaram matar os
meninos israelitas, os escravizaram e não queriam deixa-los sair.
COMEÇA O JUÍZO SOBRE O EGITO
Quando estava se completando o
tempo para que os descendentes de Abraão fossem livres da escravidão, Deus
levanta Moisés e Arão para salvarem o povo das garras do Faraó. A questão é que
os egípcios não temiam a Deus, pelo contrário, eram idólatras e não ouviram de
primeira a ordem de Deus para libertar o povo hebreu. Por causa disso, Deus pressionou
Faraó com dois sinais e dez pragas.
Primeiramente ocorreu a praga
das águas tornadas em sangue,
matando os peixes do rio e trazendo fedor. Em segundo lugar ocorreu a praga das
rãs. A terceira foi a dos piolhos.
Se os magos fossem tão poderosos
como Deus, teriam revertido, e não duplicado, as pragas. Ironicamente, eles
pioravam a situação, fazendo os mesmos milagres que Moisés e Arão pelo poder de
Satanás, representado na serpente da mitra na cabeça de Faraó. Este se atentou
para os milagres e não para o que o Deus dos milagres estava falando a ele.
Enquanto os egípcios duplicavam
as pragas, Deus era o único que podia curar...
A partir da quarta praga, a das moscas, Deus só permite os problemas
sobre os egípcios, livrando os israelitas do sofrimento. As últimas sete pragas
só recaíram sobre os opressores! Deus mostra claramente que as pragas não são
um acidente natural, poupando Seu povo dos últimos sete castigos mandados
contra o Egito. A praga quinta, a da doença
fatal nos animais. A sexta, a das úlceras
nos homens. A sétima, a da chuva de
pedras e fogo, que feriu homens, animais e a plantação que não estavam
protegidos. Deus antes havia alertado até mesmo os egípcios que se protegessem
da chuva de pedra e fogo, pois percebia que nem todos os egípcios deveriam
sofrer aquele juízo. Provavelmente alguns egípcios já estavam se convertendo ao
Senhor... Assim, não foi feito mais apenas distinção entre os hebreus e
gentios, mas quem obedecia a Deus e quem não obedecia. Na oitava, a do vento
que trouxe os gafanhotos para
destruir o que tinha sobrado da vegetação, os próprios servos de Faraó suplicam
que esse deixasse o povo de Israel ir. A nona praga trouxe trevas sobre a terra do Egito (Êxodo 7:8 até 10:29). Mesmo com toda
esta situação, o Faraó relutou em deixá-los porque os hebreus eram a mão de
obra gratuita do Egito e não poderia perdê-los, além do que, não poderia dar o
braço a torcer. O orgulho falou mais alto.
Todos esses sinais não eram
simplesmente uma demonstração de poder, ou castigo sobre os egípcios. Em cada
operação de maravilha, Deus derrotou um demônio egípcio:
“E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o
primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos.
Eu sou o Senhor.” Êxodo 12:12
Ápis, o deus do rio Nilo, não conseguiu
impedir que as águas se tornassem sangue. Hátor, a deusa vaca, de nada serviu
quando o gado egípcio morreu. Amon Ré, o deus sol e chefe dos deuses egípcios,
não pode impedir que a escuridão os cobrisse por três dias. E os deuses das
plantações que não impediram a destruição pelos gafanhotos e pela chuva de
saraiva? E o Faraó, o próprio deus, que nada pode fazer diante de tudo isso?
“Ó Senhor, quem é como Tu entre os deuses? Quem é como Tu glorificado em
santidade, admirável em louvores, realizando maravilhas?” Êxodo 15:11
“E Jetro disse: Bendito seja o Senhor, que vos livrou das mãos dos
egípcios e da mão de Faraó; que livrou a este povo de debaixo da mão dos
egípcios. Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses; porque na coisa
em que se ensoberbeceram, os sobrepujou.” Êxodo 18:10,11
Nos dias de José, o Deus de
Israel preservou o Egito da fome, e o exaltou sobre os povos. Agora era o
momento de Deus cobrar tudo que Ele fez pelos egípcios, que não o glorificaram
como Deus, pelo contrário, continuaram em sua idolatria e feitiçaria. Todo o
favor que Deus concedeu anteriormente e não foi reconhecido, agora se tornou em
maldição. Se nos tempos de José, o Egito tinha alimento de sobra, aqui eles
estavam despojados.
Após a nona praga, ou seja, antes
de ocorrer a décima e última, há uma pausa. Antes de deixar que o povo saísse,
Deus precisa cumprir mais uma das profecias: a que os hebreus sairiam dali
cheio de riquezas. Para isso, Deus mandou que os israelitas pedissem aos seus
visinhos egípcios ouro e prata (Êxodo 11:2).
Esses bens foram utilizados
futuramente para que os israelitas construíssem o tabernáculo, o local onde
Deus manteria comunhão com o Seu povo (Êxodo 25:1-8).
Um advogado egípcio anunciou em
setembro de 2003 que pretendia processar os judeus do mundo inteiro pelo
suposto saque deste episódio. Nabil Hilmi, reitor da Faculdade de Direito da
Universidade Al Zaqasiq, no Egito, disse que a base legal do processo estava
sendo estudada por um grupo de advogados no Egito e na Europa. A primeira
questão é que os hebreus não saquearam o Egito. Eles pediram! Além disso, eles foram
duramente escravizados pelos egípcios e, portanto, tinham o direito de obter
alguma compensação pelos salários que não receberam...
A partir daí Deus prepara os
Israelitas para a décima praga, aquela que representa o ato da Páscoa: a morte dos primogênitos. Dessa praga
Deus não livraria nem os israelitas, a não ser que eles cumprissem todas as
instruções divinas...
A PRIMEIRA PÁSCOA
Começando uma nova história, e inaugurando
o calendário judaico, Deus instituiu que aquele seria o primeiro mês do
primeiro ano para Israel.
Os hebreus, no dia 10
daquele mês, teriam que colocar dentro de casa um cordeiro e comê-lo no dia 14 junto
com pães sem fermento e uma salada de ervas amargas. O texto de Êxodo 12:2-11
fecha todas as orientações sobre essa refeição dizendo: “... esta é a Páscoa do Senhor.”
Pães, carne e salada... estamos
falando do primeiro sanduíche da humanidade? Será? Seja lá se for ou não, esses
três elementos também representam a superioridade do Senhor, pois, enquanto no
Egito o gado e a vegetação estavam todos devastados, em Gósen, no território
onde Israel estava localizado, havia abundância de alimento. Deus apenas cobrou
o que era dEle. O que Ele tinha dado anos atrás, na época de governo de José,
filho de Jacó.
·
Ervas
Amargas
Enquanto no
restante do Egito a vegetação havia sido devastada alguns dias antes (Êxodo
9:22-26; 10:12-15), os israelitas tinham ervas para comer.
O ato de comer
uma salada de ervas amargas provavelmente foi uma forma didática de Deus
ensinar às gerações futuras o quanto os hebreus sofreram amarguras no Egito. A
Bíblia não ensina que tipos de ervas necessariamente deveriam ser, ou seja,
independente da classificação da verdura, é necessário que a mesma amargue.
·
Cordeiro
Cordeiro é o
filhote da ovelha com o carneiro. É um animal valioso porque é quase que
completamente aproveitado, fornecendo leite, lã, couro e carne.
E na Bíblia ele também
tem um valor especial. Para termos noção, a palavra “cordeiro” aparece nas
Sagradas Escrituras aproximadamente 140 vezes, fora as vezes que é especificado
por outros termos. Ele está presente em momentos muito importantes da Bíblia.
Veja alguns exemplos:
* O justo Abel
ofereceu dos primogênitos de suas ovelhas, ou seja, cordeiros, e Deus se
agradou dele e de seu sacrifício, pois Abel estava apontando para a verdadeira
Páscoa (Gênesis 4:4);
* Quando Deus
faz um pacto com Abrão, fazendo as profecias que mencionamos no início deste
estudo, dentre outros animais, o cordeiro (ou carneiro) foi partido no meio e o
próprio Deus passou entre as metades se comprometendo a ser partido, apontando
para a verdadeira Páscoa (Gênesis 15:9-17);
* Quando Deus
pede a Abraão seu próprio filho em holocausto, como substituto de Isaque
aparece um cordeiro (ou carneiro) no local que daria para ver o ato da
verdadeira Páscoa (Gênesis 22:13).
Já na ocasião da
Páscoa, Deus enfatiza muitos detalhes sobre o cordeiro, pois o seu sangue
aspergido nas portas se constituía na peça principal para que os israelitas não
sofrerem o juízo do anjo destruidor e, após isso, fossem libertos do Egito. Vejamos
as particularidades do cordeiro:
- Deveria entrar na casa quatro
dias antes, ou seja, no dia 10 (Êxodo 12:2,3);
- Deveria ser macho
(Êxodo 12:5);
- Deveria ser sem manchas (Êxodo
12:5);
- Deveria ser de um ano (Êxodo
12:5);
- Cada casa deveria ter o seu
cordeiro (Êxodo 12:3);
- Se a família fosse pequena,
deveria juntar-se a outra, para nada
sobrar (Êxodo 12:4);
- Deveria ser sacrificado no dia
14 à tarde (Êxodo 12:6);
- Seu sangue deveria ser passado
com hissopo nas beiradas das portas onde estavam as famílias (Êxodo 12:7);
- Na noite daquele dia a carne
deveria ser assada no fogo (Êxodo 12:8,9);
- As famílias deveriam comer com pressa e prontas
para viajar (Êxodo 12:11);
- Toda a carne deveria ser
comida. Caso não aguentassem comer tudo e sobrasse, o restante deveria ser
queimado (Êxodo 12:10);
- Os ossos do cordeiro não poderiam
ser quebrados (Êxodo 12:46).
O fato de ser um cordeiro, ou
seja, um filhote, de 01 ano de idade, sem mancha simbolizava a inocência, a
pureza. Isso porque os primogênitos dos israelitas também deveriam ser mortos
pelo anjo destruidor, mas Deus substituiu os filhos pecadores dos hebreus pelo
cordeiro inocente. A morte do animal pagou o preço! E não bastaria ser um
animal puro. Os israelitas precisavam ficar quatro dias morando com ele, se
adaptando a ele, se apegando ao praticamente “novo membro da família”. Sua
morte tinha que causar algum tipo de dor para trazer a culpa e representar a
morte do filho mais velho.
Contudo, tanto os
cordeiros de Abel, Abraão e Moisés, todos apontavam para um sacrifício bem
maior que ocorreria num futuro bem distante desses três homens...
·
Umbrais
das Portas
Umbrais ou Ombreiras, lembra a palavra “ombro” e são peças
verticais do lado das portas e janelas que sustentam a parte superior dos
marcos. Mezuzá (מזוזה) é "umbral" em hebraico.
“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu
coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e
andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal
na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos
umbrais de tua casa, e nas tuas portas." Deuteronômio 6:1-9
Por que nos umbrais? Umbrais
lembram sustento, destaque, referencial da casa,.. é a entrada da casa... O
ser celeste enviado para matar os primogênitos passava e olhava para a porta da
casa e dizia: “Nesta casa já houve morte! Posso pular esta casa!” A
manifestação da salvação por causa da morte de um inocente é manifestada aqui.
A graça alcançou os israelitas pela morte do cordeiro... Isso te lembra alguma
coisa?
Um fato interessante é o
movimento que o pai de família deveria fazer ao passar com hissopo o sangue do
cordeiro nos umbrais da porta. Eram movimentos verticais e horizontais. O que
te lembra um movimento horizontal e outro vertical? Isso te remete à cruz? Sim?
Pois é. Foi no madeiro que, um dia, o verdadeiro Cordeiro que tira o pecado do
mundo derramaria o Seu sangue...
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Hissopo
Embora não
saibamos quais as ervas amargas, uma outra planta é citada em Êxodo 12: o
hissopo. Este não fazia parte da alimentação, mas servia para passar o sangue
do cordeiro nas portas dos israelitas. Era usado como uma espécie de pincel ou
borrifador.
Hissopo vem do hebraico ezob (בזא),
e é o nome de um gênero de plantas da família das Lamináceas, que tem muitas
espécies. São nativas da região mediterrânea, Oriente Médio e região do mar
Cáspio.
O hissopo cresce nos muros (I Reis 4:33) e muitas vezes,
é mencionado na Bíblia como símbolo de perdão e pureza, pois era utilizado no
ritual da purificação do leproso (Levíticos 14:4-52), do sacerdote (Números
19:6), do que tocou em morto (Número 19:18) e na consagração das coisas santas
(Hebreus 9:19). O salmista declara em sua canção de quebrantamento e pedido de
perdão a Deus:
“Purifica-me com
hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.”
Salmos 51:7
Em João 19:28-30 relata que, para se cumprir a profecia
de Salmos 69:21, Jesus disse que tinha sede e os soldados romanos encheram uma
esponja de vinagre, penduraram num hissopo e deram para Jesus beber. Ali, o hissopo
mais uma vez foi misturado ao sangue do Cordeiro, porque somente através dEle é
que o homem pode ser verdadeiramente limpo, perdoado e salvo da ira divina!
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Pão Asmo
Durante a Páscoa, no dia 14 do
primeiro mês, os israelitas deveriam comer, além das outras refeições (carne de
cordeiro assada e salada de ervas amargas), pães sem fermento e, a partir do
dia 15 do primeiro mês, ou seja, um dia depois da Páscoa, iniciava-se outra
festa: a Festa dos Pães Asmos, ou pães sem levedura, ou pães sem fermento (Êxodo 12:14-20; Levíticos 23:6-8; Lucas
22:1; Atos 12:3; 20:6-11). Sendo assim, eles deveriam ficar, após a Páscoa, por
mais sete dias comendo esse tipo de pão.
A pressa com que os israelitas sairam do
Egito, não dando tempo para que o pão fosse fermentado e a massa crescesse (Êxodo
12:39) pode representar a urgência de atendermos o chamado do Senhor e cumprir
Sua vontade. Se eles não aproveitassem aquele momento, Faraó iria mais uma vez
voltar atrás com sua palavra e a situação iria piorar.
Além disso, a ação do povo retirar o fermento de suas casas representaria a
separação da contaminação dos maus hábitos egípcios (Êxodo 23:15; 34:18). Assim
como Deus separou as últimas sete pragas dos hebreus, a partir de agora eles
deveriam deixar para trás toda cultura do engano.
Quem, durante a Páscoa, ou durante a Festa dos Pães Asmos, fosse pego
comendo pão com fermento, deveria ser expulso dentre os filhos de Israel, não
podendo mais ser considerado povo de Deus (Êxodo 12:15,19; Números 9:13).
Os israelitas saíram do Egito com as amassadeiras nos ombros (Êxodo 12:34).
Aquele seria o seu alimento pelos próximos sete dias, na Festa dos Pães Asmos. Amassadeira
era o recipiente usado para misturar e amassar a massa para preparar o pão
(Êxodo 8:3)..
·
Circuncisão
Só os circuncidados podem celebrar a Páscoa (Êxodo 12:48,49).
Circuncidar-se é uma operação cirúrgica que consiste na remoção do
prepúcio, ou seja, a pele que envolve o orgão reprodutor masculino. O termo
circuncisão deriva da junção de duas palavras latinas, circum e cisióne, e
significa literalmente “cortar ao redor”.
A instrução divina dada primeiramente a Abraão era
que a circuncisão deveria ser feita no 8º dia do nascimento como sinal da
aliança (Gênesis 17:9-14) e, com base na consideração das determinações de
vitamina K e de protrombina, este é o dia perfeito para se realizar uma
circuncisão (Nenhuma Dessas Doenças, Dr. S. I. McMillen, 1986, pág. 21, em
inglês). Caso a cirurgia fosse em outro dia, havia o perigo de uma grande
hemorragia e morte do recém nascido.
Os médicos especialistas recomendam a circuncisão
de adultos quando estes sofrem de fimose e o Programa de Combate a AIDS da
Organização das Nações Unidas (ONU) defende que a circuncisão reduz o risco de
contágio do HIV.
No período de preparação para a Páscoa, do dia 10
ao dia 14, talvez fosse um período para que os não circuncidados tivessem tempo
de serem operados e se recuperarem da cirurgia. No caso da vingança de Levi
e Simeão, o terceiro dia após a circuncisão foi uma noite de muita dor: “E aconteceu que, ao terceiro dia, quando
estavam com a mais violenta dor...” (Gênesis 34:25). Talvez, devido as
ereções noturnas, haja grande dor, mas, a partir do quarto dia, o povo
estivesse melhor recuperado para começar a longa caminhada pelo deserto.
Parece que a
obrigação da circuncisão era apenas para a Páscoa, mas não para a Festa dos
Pães Asmos (Êxodo 12:19).
No episódio de Josué, por exemplo, quando chegaram
a Canaã, antes de Israel celebrar a Páscoa, todos os nascidos no deserto
tiveram que se circuncidar (Josué 5:3-10).
Mas o que
representava a circuncisão para eles?
Hoje, o sinal de
uma pessoa casada é a aliança no dedo. Para Israel, o sinal de sua aliança com
Deus é o corte em círculo. Porém, embora o sangue humano tivesse que ser
derramado antes da Páscoa, se o sangue do inocente (do cordeiro) não fosse, a
circuncisão não valeria. Os dois sangues derramados apontavam também para o
futuro. Não era o mérito que os libertaria, mas a graça de Deus...
Mais tarde, um
sangue de um humano inocente seria derramado...
·
Roupas
Os israelitas
precisavam estar vestidos adequadamente para partirem rapidamente (Êxodo 11:1;
12:11), por isso, Deus pede que eles estejam com os pés calçados para andar bastante, lombos
cingidos (ou seja, com cintos segurando o roupão) para poder correr, se fosse o
caso, cajado na mão e alimentando-se apressadamente.
Estar prontos para viajar, mesmo ainda sem a
liberação de Faraó, era um ato de fé dos hebreus, pois eles precisavam se
preparar para algo improvável de acontecer, pelo menos aos olhos naturais.
“Porque pela
graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” Efésios
2:8
·
O Anjo
Destruidor
Páscoa, no
hebraico é pessach, que significa
“passar por cima”, “passagem”. Mas o que tem haver todas as orientações acima
com este nome? A Páscoa era simplesmente um ritual ou havia um propósito
específico divino? Vejamos:
Por várias vezes Deus
enviou seres celestes para trazer juízo aos seres humanos maus, tal como os dois anjos que cegaram os moradores de Sodoma e Gomorra
(Gênesis 19:11) e depois destruíram tudo com fogo e enxofre (Gênesis
19:13,24-26); o anjo que matou 70 mil judeus com uma doença instantânea quando
Davi, incitado pelo inimigo resolveu numerar o povo (II Samuel 24:15-17; I
Crônicas 21:12-30); o anjo que matou 185 mil soldados assírios numa noite quando
tentavam atacar Judá (II Reis 19:35; II Crônicas 32:21; Isaías 37:36); o anjo que
matou com uma doença instantânea o rei Herodes por não ter glorificado a Deus
(Atos 12:23) etc.
Dessa
mesma forma, para continuar Seu juízo contra os egípcios, após todas as pragas
mencionadas anteriormente, Deus avisou que mandaria um anjo da morte (Êxodo
12:23) para matar todos os primogênitos do Egito na noite do dia 14 do primeiro
mês, ou seja, quatro dias depois do cordeiro ter sido guardado dentro de casa.
Só seriam livres da morte os primogênitos que, em sua casa, estivessem
celebrando a Páscoa e o sangue do cordeiro estivesse nos umbrais da porta. Os
egípcios que não obedeceram essa instrução viram a ira de Deus sobre os filhos
mais velhos de cada família, inclusive o próprio Faraó.
“O Senhor MATOU os primogênitos na terra do
Egito... porém, a todo primogênito de meus filhos, eu resgato.” Êxodo 13:15
Após o dia 14 do
1º mês do 1º ano hebreu, por todo o território egípcio ouviu-se um grande
clamor de desespero e dor, porque em cada casa havia um morto. Faraó ficou completamente envergonhado, derrotado
e sem forças contra o Deus de Israel.
·
A
Libertação do Povo Israelita
Finalmente Faraó
se rendeu à vontade de Deus e permitiu a saída de todos os descendentes de
Abraão, com seu gado, seus filhos, suas esposas e até mesmo alguns egípcios que
os desejaram seguir, que são chamados na Palavra como “uma mistura de gente”.
Após a saída de
Israel, Faraó desistiu de sua decisão e juntou 600 carros para atacar os
600.000 israelitas que estavam indo em direção à Canaã (Êxodo 12:37; 14:7).
Note que o número 600 aparece duas vezes nesta passagem! Mais tarde falaremos
sobre isso!
Quando os
hebreus viram os egípcios se aproximando, clamaram a Deus (Êxodo 14:10). Ali a
glória do Senhor apareceu a eles através do anjo, da nuvem, do fogo (Êxodo
13:22) e do vento que abriu e fechou o mar. Deus quebrou a roda dos carros dos
egípcios e o mesmo meio de livramento de Israel foi a destruição dos seus
inimigos (Êxodo 14:21-31).
Assim como um
dia Noé e sua família foram salvos no meio da inundação, pela arca, e o mundo
foi condenado, assim também Moisés e o povo de Israel foram salvos em meio ao
mar, enquanto o exército egípcio foram julgados. A Bíblia mais tarde chamará
esse evento de batismo (I Pedro 3:20,21; I Coríntios 10:1,2).
Após a vitória,
Moisés entoa um cântico profético, declarando o poder de Deus e o Seu reino
futuro que será eterno em seu santuário num monte de Canaã (que sabemos ser a
cidade de Jerusalém, também chamada de Monte Sião), quando os israelitas também
ali habitarem em paz um dia (Êxodo 15).
OUTRAS PÁSCOAS NA BÍBLIA
Por várias vezes Deus fazia questão de lembrar ao
povo sobre o dever de cumprir a Páscoa (Êxodo 34:25; Levíticos 23:5-8; Números
28:16,17; Deuteronômio 16:1-8), Até porque o povo de Israel passou 40 anos no
deserto, uma nova geração surgia conforme o tempo passava e eles precisavam ser
ensinados/lembrados.
No decorrer da jornada do povo pelo deserto, Deus
acrescentou que, ao celebrarem a Páscoa em Canaã, eles não deveriam celebrar
como no Egito, cada um matando o seu cordeiro em suas casas, mas o cordeiro
deveria ser morto num local exato que Deus ainda iria mostrá-los, ou seja, no
templo de Jerusalém. Isso apontava para o fato de que o verdadeiro “cordeiro
pascoal” deveria morrer em um local específico. Além disso, o boi também
poderia ser morto e comido na Páscoa, tendo em vista que a tendência era que
aumentasse a quantidade de pessoas para comer e, assim, mais pessoas poderiam
participar da festa com apenas um animal (Deuteronômio 16:1-8,16).
A Bíblia não faz questão de apresentar todas as
vezes que ocorreu esta festa, mas cita as que tiveram algum grau de
importância. Pude contar pelo menos 12 celebrações por toda a Bíblia:
1. A primeira Páscoa aconteceu, no Egito, com
Moisés, como já descrevemos
anteriormente (Êxodo 12; 13).
2. Um ano depois, Moisés celebrou a Páscoa com o povo de Israel já no deserto
(Números 9:1-5). Os que não estavam preparados para celebrarem a Páscoa, Deus
permitiu que a celebrassem no mesmo dia (ou seja, dia 14) do segundo mês. Aqueles
que tinham qualquer impedimento légitimo, como jornada, doença ou impureza, poderiam
adiar sua celebração até ao segundo mês do ano. Essa exceção seria mais um ato
da graça de Deus (Números 9:6-14).
3. Josué, quando entrou
em Canaã, pediu que todos os nascidos no deserto se circuncidassem e celebrou com
eles a Páscoa (Josué 5:10,11). A partir da celebração dessa festa, quando os
hebreus comeram dos pães asmos, feitos pela plantação no solo cananeu, Deus
parou de mandar o maná que caia todos os dias do céu.
4. Em II Crônicas 30; 31:1, vemos que os sacerdotes não estavam preparados para servirem a
Páscoa, por isso ela foi adiada para o segundo mês, conforme Deus já havia
permitido anteriormente, mas, chegando o dia 14 do segundo mês, muitos
israelitas foram a Jerusalém sem estarem purificados. O rei Ezequias orou pelo povo e, mesmo não cumprindo totalmente as
ordenanças divinas, Deus sarou o povo, por Sua graça.
5. O rei
Josias é citado como aquele que celebrou a maior Páscoa desde os dias do
profeta, juiz e sacerdote Samuel. No 18° ano de seu governo, Josias retirou do
povo todos os que praticavam algum tipo de ato que aborrecesse ao Senhor (“... os adivinhos, os feiticeiros, os terafins,
os ídolos, e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém”...
2 Reis 23:24), ordenou que os sacerdotes se consagrassem, distribuiu 30.000
cordeiros, 3.000 bois, os príncipes e outros líderes também ofertaram (tudo
junto chegou ao total de 41.400 animais ofertados), os sacerdotes tiveram que
ficar até a noite para sacrificar e assar tudo. Enquanto isso, os cantores
ministravam louvores ao Senhor (II Reis 23:21-23; II Crônicas 35:1-19).
6. Os “filhos
do cativeiro”, ou seja, os judeus libertos do cativeiro babilônico, após a
libertação, santificação e reconstrução do templo pelo ânimo dos profetas Ageu
e Zacarias, celebraram a Páscoa (Esdras 6:19-22).
7. Maria e José iam a
Jerusalém todos os anos para celebrar a Páscoa (Lucas 2:41-52). Numa dessas
idas, eles se desencontraram de Jesus, ainda criança, com 12 anos, e o reencontraram
depois de dias de procura, ensinando os doutores da Torah.
8. No início do seu ministério, Jesus entrou no templo perto da época da Páscoa e tentou purificar
aquele lugar, expulsando os comerciantes que ali havia (João 2:13,23).
9. Foi perto da Páscoa que Jesus multiplicou os 05 pães e 02
peixinhos para quase cinco mil homens, andou por sobre o mar e ensinou que Ele
era o verdadeiro Pão que desceu dos céus (João 6:4-59).
10. Jesus celebrou sua última Páscoa entre os homens no dia de sua
prisão e morte, porém horas antes do período determinado, instituindo ali a
ceia que deveria ser celebrada por toda Sua Igreja a partir daquele momento
como um ato de uma nova aliança que ele fazia com os homens (Mateus 26:17-30;
Marcos 14:1-32; Lucas 22:1-39; João 13:1-38). Assim como Faraó deixou o
povo ir, os romanos soltavam um prisioneiro chamado na ocasião da Páscoa
judaica (Mateus 27:15; Marcos 15:6; Lucas 23:17; João 18:39). Nesta ocasião,
eles soltaram Barrabás.
11. No período da Páscoa Pedro foi preso, mas um anjo o libertou
e matou Herodes, por não ter glorificado ao Senhor como Deus (Atos 12). Esse
fato nos lembra a libertação de Israel do Egito em contraste com o juízo divino
sobre Faraó.
12. O apóstolo Paulo não foi à Jerusalém numa das
Páscoas, pois estava viajando pela Grécia, mas deu a entender que a celebrou
“partindo o pão” na região de Trôade, onde alguns irmãos o esperavam. Foi ali
que, por causa do longo discurso de Paulo, um jovem caiu da janela e morreu,
mas Paulo o abraçou e Deus o ressuscitou (Atos 20:6-12).
O registro dessas celebrações são a prova de que há
pelo menos 3.500 anos celebra-se a Páscoa, mas, como citamos anteriormente, as
passagens de Abel e Abraão, mostram que esta festa está no coração de Deus
desde o princípio da humanidade, há cerca de 6.000 anos.
E não para por aí. A Bíblia promete que, no
futuro, esta festa continuará sendo celebrada, pois o profeta Ezequiel, ao
falar sobre a futura restauração de Jerusalém, menciona que na Páscoa, 01
bezerro será oferecido como expiação pelo pecado e, na Festa dos Pães Asmos, 07
bezerros e 07 carneiros sem manchas por dia serão sacrificados como holocausto,
ou seja, totalmente queimados, e mais 01 bode como expiação (Ezequiel
45:21-24). Esse período retrata os mil anos de reinado de Jesus sobre a terra,
quando o templo em Jerusalém será reconstruído e, novamente, através de
figuras, Deus ensinará ao mundo a importância do inocente ter morrido pelo
homem.
Os Acréscimos dos Judeus à Páscoa
Podemos perceber que, por mais que foram
acrescentados vários itens, os judeus são os que mais corretamente
celebram o ritual estabelecido por Deus através de Moisés. A maioria desses detalhes foram acrescentados à
refeição da Páscoa provavelmente após o cativeiro babilônico, pois na
última Páscoa de Jesus podemos ver que Ele celebrou um ritual parecido com o
que os israelitas fazem até hoje. A diferença é que Jesus deu um maior
significado a cada momento daquela refeição. Ao invés dos rituais para lavar as
mãos, Ele se humilhou e lavou os pés dos discípulos. Como Ele celebrou antes do
momento da Páscoa, na mesa de Jesus não tinha o cordeiro assado, mas Ele mesmo
era o cordeiro que seria morto na próxima tarde. Ao invés de proclamar a vinda
do Messias, Ele proclamou o Seu reino futuro. Veja a ordem dos fatos que
ocorreram na Páscoa antecipada de Jesus:
·
Os
Acréscimos dos Judeus à Páscoa
Você já leu nas Escrituras a
denúncia de Jesus e dos apóstolos à tradição dos anciãos? Mateus 15:2-6; Marcos
7:3-13; Colossenses 2:8; I Pedro 1:18
Após ficarem tanto tempo sem
templo durante os 70 anos de cativeiro babilônico, os sacerdotes perderam sua
importância para os escribas, homens que dedicavam a vida para copiar as
Escrituras. Estes se tornaram os doutores da Torah, que passaram a se
consideravam os únicos a interpretarem de forma correta a Palavra. Porém, pouco
a pouco, esses especialistas na explicação da vontade de Deus passaram a ensinar
as “tradições dos anciãos”, ou “dos antigos”. Daí surgiram outros rituais não
instituídos por Deus (Halachoth), uma nova série de normas não instituídas por
Deus (Mishnah), lendas (Gemara, que formava junto com a Mishnah, o Talmude), comentários
sobre o Tanach (Midrashim), pensamentos sobre este (Hadaga) e, finalmente,
interpretações místicas em que descobriram nas Escrituras sentidos recônditos
(a Cabala).
Muitos hoje seguem religiosamente
esses escritos, como se fossem equivalentes à Bíblia, porém temos que ter
cuidado. As Escrituras são suficientemente necessárias para termos comunhão com
Deus. A Bíblia explica a própria Bíblia. Não podemos ter esses escritos como
verdade absoluta. Só os 66 livros das Escrituras Sagradas são infalíveis.
Como já vimos, os
israelitas aderiram ao ovo na sua ceia da Páscoa provavelmente como uma forma
de unir a festa pascoal com o festival pagão da primavera, ou seja, adoração da
deusa da lua. Mas não foi somente o ovo que eles acrescentaram no ritual. Os
judeus hoje possuem um livro com a Narração da História da Páscoa, que a
família, começando pela criança mais nova da casa, deve recitar. Nesse livro,
há além da narrativa, todo o ritual, ensinando como o pai de família deve
procurar em sua casa por algum tipo de fermento no dia 14, o que fazer se
encontrar, a arrumação iluminada da casa e a arrumação da mesa com os seguintes
itens:
Símbolos na Mesa:
1.
Copo de Água Salgada simbolizando o Mar Vermelho e também as lágrimas dos
seus antepassados quando eram escravos.
2.
Copos de Vinho Vermelho simbolizando o sangue do cordeiro.
3.
Copo de Elias: Um copo de vinho é reservado para o profeta Elias. Também
uma cadeira e a porta aberta para sua vinda. Até hoje eles aguardam o Messias
chegar e há uma esperança que ele virá na noite da Páscoa. Eles não percebem
que “Elias” já veio (Mateus 17:12,13; Marcos 9:13)...
Símbolos no prato da Páscoa:
1.
Um osso simbolizando o cordeiro que não podem sacrificar sem o templo.
2.
Ovo cozido: Alegam que também simboliza o cordeiro, mas é uma forma de camuflar
a adoração à deusa Ishtar.
3.
Charoseth (mistura de maçã moída, nozes e vinho) simboliza a mistura usada
para fazer os tijolos para Faraó.
A ordem de
serviço da cerimônia da Páscoa que consiste em:
1.
Oração.
2.
Ingestão do primeiro cálice de vinho pelo chefe da
família.
3.
Lavagem das mãos pelo chefe da família.
4.
Imersão de alimentos nas águas salgadas.
5.
Divisão do pão. Um pedaço fica na mesa e o outro é
escondido (Mateus 26:26).
6.
Recitação da história da Páscoa.
7.
Lavagem das mãos por todos.
8.
Alimentação dos pãos asmos e as ervas amargas.
9.
Preparação e molhagem do sanduíche (Mateus 26:23; João
13:26,30).
10. Preparação
e realização do jantar.
11. Procura
pelas crianças do outro pedaço de pão que foi escondido.
12. Pronúncia
da benção.
13. Bebida
do terceiro cálice de vinho.
14. Convite
ao Messias.
15. Louvor
dos Salmos 115 a
118.
16. Momento
de silêncio pela espera de Elias.
17. A
porta é fechada.
18. O
pai clama pelo Messias.
19. Bebida
do quarto copo de vinho.
20. Cântico
do "Chad Gadya" (Um Cabrito Só): com seu sofrimento durante a
história.
1. O local estava mobiliado e preparado – Marcos
14:15,16; Lucas 22:11-13
2. Jesus e seus discípulos sentam a mesa – Mateus
26:20; Marcos 14:18; Lucas 22:14
3. Jesus pega o cálice, antes da ceia, agradece e
dá aos discípulos – Lucas 22:17
4. Todos comem a ceia – Mateus 26:23; Marcos
14:18; Lucas 22:15
5. Depois da ceia, Jesus lava os pés dos
discípulos – João 13:2-5
6. Jesus pega o pão, abençoa-o, reparte-o,
distribui e todos comem – Mateus 26:26; Marcos 14:22; Lucas 22:19
7. Jesus pega novamente o cálice, dá graças e
distribui para todos beberem – Mateus 26:27; Marcos 14:23; Lucas 22:20
8. Jesus estabelece a nova aliança, ensina que seu
sangue seria derramado por muitos (e não por todos), fala do reino vindouro e
os sinais de sua chegada – Mateus 26:28-29; Marcos 14:24-25; Lucas 22:16,18,20;
João 13:31-38; 14; 15; 16; 17
9. Todos cantam um hino – Mateus 26:30; Marcos
14:26
O grande
problema dos judeus ortodoxos hoje é que eles esperam alguém que já veio foi
rejeitado. O Messias deles já veio e eles não o receberam...
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.”
João 1:11
Outro problema em celebrar a Páscoa ainda seguindo
a tradição é que eles ainda estão presos aos símbolos, e não percebem que a
verdadeira Páscoa já aconteceu...
“E
será por SINAL sobre tua mão e por frontais entre os teus olhos...” Êxodo 13:16
A celebração verdadeira da Páscoa não era um
ritual vazio, sem sentido, mas ele era um sinal,
ou seja, apontava para algo muito maior que aquilo. Quando os israelitas
celebravam aquela festa, deveriam se lembrar do que aconteceu na noite do dia
14 de abibe. Mas, na verdade, tanto esta festa quanto o fato em si apontavam
para algo muito maior que aconteceria centenas de anos após a libertação do
povo do Egito, como já temos falado até aqui e você provavelmente sabe o que é.
Mas, por que o Inimigo desejaria tanto confundir a
humanidade e inventar coisas como coelhinhos, ovos de chocolate, comércio etc.?
A verdade é que nela está contido um grande significado! Um ato de Deus a favor
de toda a humanidade: A verdadeira Páscoa! Cuidado para que você, que lê este
estudo, não esteja envolvido com essa idolatria, comércio, desperdícios etc. e
esteja esquecendo da verdadeira Páscoa do Senhor!
Não é de nosso interesse colocar aqui
que é pecado comer chocolate, até porque temos todo um ano para isso e
chocolate É MUITO BOM! O problema é estarmos envolvidos com a mentira do
Maligno, seguirmos tradições de homens e vivermos como se aquilo que Deus se
interessa não é importante. Você se importa com o que Deus se importa?
A CEIA É A NOSSA PÁSCOA?
Jesus, na noite anterior a Sua morte celebrou com
os discípulos a Páscoa e simplificou esta cerimônia transformando-a no que hoje
a igreja chama de “Santa Ceia”. Muitas igrejas celebram uma vez por mês, outras
uma vez por ano, outras só quando sentem que Deus os motiva. Porém, é
importante entender que a ceia não substituiu a Páscoa. A Páscoa será sempre
celebrada por Israel, mesmo durante o futuro Reino milenar de Jesus (Ezequiel
45:21), mas a Ceia deve ser celebrada pela Igreja.
Jesus cumpriu todo o ritual da Páscoa, porém os
quatro evangelistas, Mateus, Marcos, Lucas e João, e o apóstolo Paulo, ao
lembrarem-se da Ceia do Senhor, apenas focaram o pão e o suco da uva, desprezando
os detalhes como ervas amargas, o fermento do pão, o cordeiro etc. Isso não
significa que Jesus estava desprezando a festa. Na verdade, Ele sabia que na próxima
tarde, a Páscoa aconteceria em Sua própria vida, no Calvário.
Enquanto a Páscoa só pode ser celebrada por
circuncidados (Êxodo 12:43-49), a Ceia é celebrada por judeus e não judeus
salvos em Cristo. Ele sabia que o Evangelho alcançaria o mundo (Mateus 24:14; 26:13;
Marcos 14:9; 16:15) e, por isso, instituiu esse simples, mas profundo ritual.
Os próprios discípulos não entenderam o fato de
Jesus celebrar a ceia na noite anterior à Páscoa, nem o fato da lavagem dos
pés, muito menos o que Jesus quis dizer com a comparação do pão e do vinho com
corpo e sangue, representando a nova aliança, mas o Mestre disse durante a
ceia:
“...
O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois.” João 13:7
Com que base Jesus instituiu a Ceia?
“E
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão
e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo.” Gênesis 14:18
Você lembra quando isso aconteceu? O rei e sacerdote Melquisedeque celebrou
a ceia com Abrão na noite anterior à morte dos animais, quando Deus fez aliança
com o pai dos israelitas. Ao amanhecer, Abraão deveria preparar os animais para
o sacrifício e na parte da tarde, quando os animais fossem partidos ao meio,
Deus se manifestou primeiro pelas trevas e, depois, pelo fogo.
Da mesma forma, Jesus celebrou a ceia com pão e vinho pela noite, foi
preso, julgado e na próxima tarde Ele foi morto na cruz do Calvário, quando o céu
escureceu em plena luz do dia (Mateus 27:45; Marcos 15:33; Lucas 23:44).
Será que os discípulos entenderam depois? Creio que sim, correto? rs
A Páscoa e a Ceia
É interessante notar que, embora de diferentes
formas nos quatro livros do Evangelho e na carta aos coríntios, a Ceia, bem
como a Páscoa no passado, nos exorta para dois tipos de atitude: a unidade e a
purificação. Vejamos:
“Porque eu
recebi do Senhor o que também vos ensinei...” I Coríntios 11:23
1. Em relação à unidade:
- Assim como toda a congregação de Israel deveria, numa mesma hora, imolar
a Páscoa, e as famílias deveriam se unir em casas como se fossem um só (Êxodo 12:3,4,6);
- Deus deu aos israelitas um só coração para celebrarem a Páscoa em Jerusalém, unindo as
tribos de Judá, Levi e Benjamim com as tribos Efraim, Manassés, Issacar,
Zebulom e Aser, outrora divididas (II Crônicas 30:1,3,10-12,18; 31:1);
- Os levitas se purificaram como um só homem para celebrarem a Páscoa com
os israelitas que voltaram do cativeiro babilônico (Esdras 6:20);
- Em Lucas 22:24-26, Jesus ensina que entre eles
ninguém deveria procurar ser o maior, mais o menor;
- Em João 13:34,35 consta o pedido de Jesus para
que os discípulos se amem;
- Em João 17:20-26 consta o clamor de Jesus para
que os discípulos sejam um;
- Em I Coríntios 11:17-22,33,34; 12; 13 o apóstolo
Paulo repreende a igreja para que sejam unidos e amem os irmãos, independente
de suas diferenças sociais, ministeriais etc.
Assim como na Páscoa, a Ceia deveria lembrar a unidade da igreja (Atos
2:42-47).
2. Em relação à purificação:
- Na Páscoa, Israel tinha que retirar de sua casa
todo fermento (Êxodo 12:18);
- O
rei Ezequias, vendo que o povo estava despreparado para a Páscoa, clama a Deus
que os perdoe e os sare, mesmo sem condições de participarem da festa santa (I
Crônicas 30; 31). Esses dias foram tão empolgantes para as tribos participantes
que eles se voltaram para Deus e começaram a se desfazer de toda idolatria do
meio deles.
- O local onde seria realizada a Ceia seria mostrado
através de um homem que carregava um cântaro de água (Marcos 14:13; Lucas
22:10).
- Dias antes da Páscoa, os judeus de todos os
lugares iam até Jerusalém para se purificarem, antes de poderem participar da
festa (João 11:55).
- Jesus nos quatro livros do Evangelho apresenta
que no meio deles havia um traidor e pede que o mesmo se retire, após a ceia,
para que faça o que estava pretendendo e lembra-o que depois seria
terrivelmente condenado por isso (Mateus 26:21-25; Marcos 14:18-21; Lucas
22:21-23; João 13:2,10,11,18,21-30).
- Além disso, foi na ceia que Jesus mostrou que
seus discípulos se acovardariam ante o sofrimento de Jesus e que Pedro o
negaria (Mateus 26:31-35; Marcos 14:27-31; Lucas 22:31-34), mas mesmo assim
Jesus lava os seus pés.
- O apóstolo Paulo também pede que, antes da Santa
Ceia, nós nos examinemos e julguemos a nós mesmos, para que possamos encontrar
o perdão de Deus sobre nossos pecados (I Coríntios 11:27-32).
Veja algumas passagens referentes ao significado
do fermento na Bíblia:
“E Jesus
disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus. Como
não compreendestes que não vos falei a respeito do pão, mas que vos guardásseis
do fermento dos fariseus e saduceus? Então compreenderam que não dissera que se
guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus.” Mateus 16:6,11,12
“E
ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do
fermento de Herodes.” Marcos 8:15
“Não é boa a
vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos,
pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem
fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso
façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da
malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.” 1 Coríntios 5:6-8
“Um pouco de
fermento leveda toda a massa.” Gálatas 5:9
Assim como o fermento deveria ser retirado da casa
dos israelitas antes da Páscoa, devemos na ceia nos lembrar do nosso pecado,
nos envergonhar, pedir perdão ao Senhor, nos arrepender de coração, buscando
não mais fazê-los. O sentimento de que o inocente morreu em nosso lugar deve
estar em nós, assim como os israelitas deveriam sentir, quando levavam no
passado um cordeiro para expiação de seus pecados.
A ceia não nos purifica do pecado (I
Coríntios 10:1-5), mas nos lembra
que precisamos nos purificar. Paulo nos ensina a nos examinarmos, como se
estivessemos procurando algum fermento, ou seja, algum pecado (I Coríntios
5:8). Davi entendeu isso quando pede para Deus:
“Purifica-me
com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.” Salmos
51:7
É claro que ele sabia que não era o hissopo que o
purificaria, senão teria ido a um sacerdote para aspergir nele o sangue de
animais com hissopo. Davi clama ao próprio Deus a sua purificação, sabendo que
ele estava manchado com o pecado e cheio de fermento. No ato da
instituição da Santa Ceia, Jesus lavou os pés dos discípulos dizendo:
“... Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não
lavar, não tens parte comigo... Aquele que está lavado não necessita de lavar
senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos...” João
13:8b, 10
Entendo que
Jesus nos adverte, embora já estejamos perdoados por Deus, a constantemente
reconhecermos nossos pecados e clamar por Sua misericórdia, pois sempre temos
algo a melhorar...
Aproveitando que
falamos aqui sobre o fermento, gostaria de lembrar que, assim como Israel foi contaminado pelo fermento
das tradições vãs e humanas, Jesus profetizou que a Igreja também seria
contaminada com um outro fermento:
“Outra
parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher
toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado.”
Mateus 13:33
“É
semelhante ao fermento que uma mulher, tomando-o, escondeu em três medidas de
farinha, até que tudo levedou.” Lucas 13:21
Portanto, cuidado! A quem estás seguindo? À
tradição ou à Palavra?
·
Para quer
celebrar a ceia?
Assim como Deus
instituiu a Páscoa por Moisés para que Israel celebrasse sempre, Jesus também
instituiu a Ceia, para celebrarmos sempre, até que ela se cumpra totalmente no
Reino. A nossa ceia também é um símbolo do que aconteceu e vai acontecer. A nossa Páscoa não é a Ceia. A única
preparação que precisamos fazer para a ceia é estarmos unidos e purificados.
Então para que comermos o pão e bebermos do cálice? Jesus disse:
“E, tomando o cálice, e dando graças,
deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue; o sangue do novo testamento, que é
derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora,
não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai.”
Mateus 26:27-29
“E
disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, porque
vos digo que não a comerei mais até que
ela se cumpra no Reino de Deus... Porque vos digo que já não beberei do
fruto da vide, até que venha o Reino de
Deus... E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho,
dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós
é dado; fazei em memória de mim.” Lucas 22:15,16,18, 19
“Porque,
todas as vezes que comerdes este pão
e beberdes este cálice, anunciais a
morte do Senhor, até que venha.” I Coríntios 11:26
Jesus despertou no coração de cada um ali presente
as seguintes observações:
- Jesus instituiria a nova aliança, onde Seu corpo
seria partido e Seu sangue derramado;
- Seu sacrifício perdoaria o pecado de muitos e
essa seria a verdadeira Páscoa;
- Seriamos libertos do pecado, assim como Israel
foi liberto do Egito;
- Receberíamos vida, assim como os primogênitos
israelitas foram livres da morte;
- Os discípulos deveriam anunciar a verdadeira
Páscoa através daquele ritual;
- Os discípulos deveriam aguardar a chegada do
Reino de Deus.
A ceia é um ritual que lembra a antiga cerimônia,
mas também aponta para a verdadeira
Páscoa. Resumimos a Ceia do Senhor, portanto, em um versículo:
“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor;” Hebreus 12:14
הוהיל אוה חספ – ESTA É A PÁSCOA DO SENHOR!!!
Tendo em vista que aquela Páscoa celebrada por
Israel no Egito e depois, durante os séculos, era apenas um sinal, o que seria
de fato a Páscoa? O que estava prestes a acontecer em relação aos
“israelitas/Deus/povos opressores”? O que está por detrás da Páscoa?
OBSERVE:
A Páscoa Israelita era apenas um sinal:
“E
será por SINAL sobre tua mão e por frontais entre os teus olhos...” Êxodo 13:16
A Ceia do Senhor também ainda iria se cumprir:
“Até
que se CUMPRA no Reino de Deus.” Lucas 22:16
A Conclusão, a finalidade, o objetivo de todos os mandamentos consiste em:
“Porque o fim
da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que
crê”. Romanos 8:30
Então a verdadeira Páscoa se cumpre em:
“Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.” I Coríntios 5:7
Jesus é a finalidade, ou seja, o objetivo de todas
as palavras e profecias do chamado Antigo Testamento. Tudo apontava para Ele! Para
cumprir, então, o sinal da Páscoa, Jesus:
ü
Se tornou o próprio
Cordeiro;
Como Deus se
agradou quando Abel ofereceu os primogênitos de suas ovelhas (Gênesis 4:4),
pediu a Abrão que trouxesse para Ele um cordeiro e outros animais (Gênesis
15:9), prometeu a Abraão que providenciaria um cordeiro para Si mesmo, em lugar
de Isaque (Gênesis 22:7,8,13), pediu um cordeiro de cada família para que os
primogênitos de Israel não morressem (Êxodo 12:3-46) e instituiu que o cordeiro
seria o expiador/perdoador dos pecados humanos (Êxodo 13:13; 29:17-41; 34:20;
Levíticos 3:7; 4:32,35; 9:3; 12:6,8; 14:13,21,24,25; 17:3; 22:27; 23:12;
Números 6:12,14,17; 7:15,21,27,33,39,45,51,57,63,69,75,81; 15:5,11;
28:4,7,8,13,14,21,29; 29:4,10,15; I Samuel 7:9; Ezequiel 43:23,25; 45:15;
46:4,5,11,13,15), Ele mesmo veio em carne morrer como um cordeiro para perdoar
os pecados de toda a humanidade num ato terrível e forte.
“E o sacerdote tomará o cordeiro da
expiação da culpa” Levíticos 14:24a
“Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” João 1:29
“... e sem derramamento de sangue não há remissão.” Hebreus 9:22
Comparando os versículos acima
compreendemos a missão de Jesus. Assim como os primogênitos dos israelitas
mereciam morrer, juntos dos egípcios, na noite pascoal, mas o cordeiro morreu
em seu lugar, Jesus veio para morrer em lugar de toda a humanidade. Por isso
Ele é comparado a um cordeiro em
Isaías 53:7; Atos 8:32; I Pedro 1:19 e é chamado de cordeiro em João 1:29,36; Apocalipse 5:6,8,12,13;
6:1,16; 7:9,10,14,17; 12:11; 13:8; 14:1,4,10; 15:3; 17:14; 19:9,17;
21:9,14,22,23,27; 22:1,3.
O que seria mais lógico? Um animal morrer no
lugar de um ser humano ou ocorrer uma troca igual: um ser humano por outro? A
última resposta é a mais lógica, certo? Mas para que o sacrifício tivesse
validade era necessário alguns pré-requisitos:- Se tornou o próprio Cordeiro;
Como Deus se agradou
quando Abel ofereceu os primogênitos de suas ovelhas (Gênesis 4:4),
pediu a Abrão que trouxesse para Ele um cordeiro e outros animais
(Gênesis 15:9), prometeu a Abraão que providenciaria um cordeiro
para Si mesmo, em lugar de Isaque (Gênesis 22:7,8,13), pediu um
cordeiro de cada família para que os primogênitos de Israel não
morressem (Êxodo 12:3-46) e instituiu que o cordeiro seria o
expiador/perdoador dos pecados humanos (Êxodo 13:13; 29:17-41;
34:20; Levíticos 3:7; 4:32,35; 9:3; 12:6,8; 14:13,21,24,25; 17:3;
22:27; 23:12; Números 6:12,14,17;
7:15,21,27,33,39,45,51,57,63,69,75,81; 15:5,11; 28:4,7,8,13,14,21,29;
29:4,10,15; I Samuel 7:9; Ezequiel 43:23,25; 45:15; 46:4,5,11,13,15),
Ele mesmo veio em carne morrer como um cordeiro para perdoar os
pecados de toda a humanidade num ato terrível e forte. O hissopo
estava na crucificação (João 19:29).
“E o
sacerdote tomará o cordeiro da expiação da culpa”
Levíticos 14:24a
“Eis
o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” João 1:29
“...
e sem derramamento de sangue não há remissão.” Hebreus 9:22
Comparando
os versículos acima compreendemos a missão de Jesus. Assim como os
primogênitos dos israelitas mereciam morrer, juntos dos egípcios,
na noite pascoal, mas o cordeiro morreu em seu lugar, Jesus veio para
morrer em lugar de toda a humanidade. Por isso Ele é
comparado a um cordeiro em Isaías 53:7; Atos 8:32; I Pedro 1:19 e é
chamado de cordeiro em João 1:29,36; Apocalipse
5:6,8,12,13; 6:1,16; 7:9,10,14,17; 12:11; 13:8; 14:1,4,10; 15:3;
17:14; 19:9,17; 21:9,14,22,23,27; 22:1,3.
O que seria mais lógico? Um animal morrer no lugar de um ser humano
ou ocorrer uma troca igual: um ser humano por outro? A última
resposta é a mais lógica, certo? Mas para que o sacrifício tivesse
validade era necessário alguns pré-requisitos:
+ O
cordeiro não podia ter defeitos, manchas
Nenhum ser humano conseguiu acertar sempre, como Cristo. Nenhum de
seus atos desagradou o pai (João 8:29,46; 18:38 15:10; II Coríntios
5:21; Hebreus 4:15; I Pedro 2:22; I João 3:5). Ele morreu puro, sem
pecado. Foi fiel até o fim, por mais que tenha sido o tempo todo
tentado pelo Inimigo, do início ao fim de seu ministério (Lucas
4:13). Ele é o próprio cordeiro imaculado e incontaminado (I Pedro
1:19).
+ O
cordeiro teria que ser macho
Jesus veio em natureza humana e no sexo masculino, lembrando que,
como Deus, era espírito e, como tal, não tinha sexo anteriormente
(João 4:24; Hebreus 1:14; Mateus 22:30). A Palavra informa que a
mulher teria de sofrer dores maiores devido ao pecado original
(Gênesis 3:16), ela é o vaso mais frágil (I Pedro 3:7).
+ O cordeiro teria que ter 01 ano
Ou seja, jesus só morreria na fase adulta, porém não com bastante
idade (Isaías 53:8; Lucas 3:23; Gênesis 6:3; Salmos 90:10).
+ Os ossos do cordeiro não poderiam ser quebrados
Os ossos
de Jesus não foram quebrados, para que se cumprissem as Escrituras,
por mais que assim fosse o costume da época para que os condenados
morressem mais rápido (João 19:31-37). Isso não foi necessário
porque surpreendentemente Jesus morreu mais rápido que o normal,
devido toda a dor que ele sofreu antes mesmo de ser crucificado. Para
testificar que Ele havia morrido, apenas furaram o seu lado para se
cumprir uma outra profecia (Zacarias 12:10).
+ A
carne deveria ser totalmente assada
O
holocausto, que significa “todo queimadoo”, destruía totalmente
a oferta, simbolizando que ela era apenas para Deus (Êxodo 29:18,25;
Levítico 1:9,13,17; 3:5; 6:9,12; 8:28; 9:24; 23:18; Números 15:3;
28:3,6,13,16; 29:6,13,36; ). Os sacerdotes tinham sua parte em
algumas dessas ofertas:
“Fala
a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei da expiação do
pecado; no lugar onde se
degola o holocausto se degolará a expiação do pecado perante o
SENHOR; coisa santíssima é.
O sacerdote que a oferecer
pelo pecado a comerá; no
lugar santo se comerá, no pátio da tenda da congregação.”
Levítico 6:25,26
Ao morrer
e afirmar que seu corpo estaria sendo partido por nós e para nós,
Jesus nos permitiu participar de sua morte e nos proporcionou “comer”
desse sacrifício. Como sacerdotes que somos (Apocalipse 1:6),
podemos comer da oferta de Jesus. Sabemos que Ele é a Palavra (João
1:1) e para meditarmos nEle precisamos de Seu Espírito Santo, que
simboliza o fogo (Atos 2:3,4). Sendo assim, precisamos do fogo do
Espírito para “queimar”, ou seja, interpretar, a Palavra de
Jesus em nossos corações (I Coríntios 2:10). Não podemos nos
“alimentar” de Jesus “cru”. Tens fogo aí?
Mas o
cordeiro pascoal precisava ser assado completamente, ou seja, Jesus
foi totalmente humilhado e machucado, tanto que morreu bem mais
rápido que os ladrões ao seu lado, para sofrer o juízo divino que
toda a humanidade deveria sofrer, nos fazendo participantes de Sua
glória e amor. Seu sofrimento se divide nas seguintes etapas:
1.
Traição de Judas (Mateus 26:14-16, 21-25, 46-50)
2. Agonia
no Getsêmani (Mateus 26:36-42)
3.
Indiferença dos discípulos (Mateus 26:40-45)
4.
Dispersão dos discípulos (Mateus 26:31,56)
5. Pedro
nega (Mateus 26:33-35, 69-75)
6. Falsas
acusações no sinédrio (Mateus 26:57-68)
7. É
cuspido, recebe murros e tapas (Mateus 26:67)
8.
Zombaria de Herodes (Lucas 23:8-11)
9. Coroa
de espinhos (João 19:2)
13.
Pilatos se rende ao apelo das autoridades judaicas (João 19:12)
10. Maus
tratos e chicotadas dos soldados romanos (Mateus 26:26)
11. O
povo prefere o bandido Barrabás (Lucas 23:17-19,25)
12. O
povo pede sua crucificação (Lucas 23:20-24)
14.
Carregar a cruz (João 19:17)
15.
Pregos nas mãos e nos pés (Mateus 27:35)
16.
Condenado em meio a ladrões (Mateus 27:38)
17.
Zombaria de um dos ladrões, do povo, dos soldados e das autoridades
israelitas (Mateus 27:39-44,47-49)
18.
Sentimento de abandono do Pai (Mateus 27:46)
19. Furo
no lado (João 19:34)
+ Entrou
em casa no dia 10 de nisã e foi morto dia 14 a tarde;
Há uma afirmação de
que Jesus tenha entrado em Jerusalém num domingo, o que chamam de
“domingo de ramos”, mas analisando cada versículo que menciona
os dias anteriores a morte de Jesus, concluímos que o dia 10, o dia
que o cordeiro entrava na casa dos judeus e o dia que Jesus entrou em
Jerusalém, foi numa segunda-feira.
Antes de
analisar a tabela, entenda que os judeus seguem um calendário onde
começa-se o dia ao anoitecer. No começo da Páscoa eles fizeram a
ceia a noite, Jesus foi preso de madrugada e entregue aos romanos,
morrendo neste mesmo dia. O cordeiro deveria ser morto apenas na
tarde do dia 14, mas Jesus celebrou a Páscoa na noite deste dia,
pois Ele sabia que morreria exatamente no horário que o cordeiro
deveria ser morto.
Note que no quadro acima a morte de Jesus está sugerida como na tarde da quinta-feira, e não na famosa "Sexta-feira da Paixão". Isso se dá porque consideramos as palavras de Jesus, onde Ele afirmou que ficaria morto do três dias e três noites. Se ele morresse na sexta, só teríamos duas noites e dois dias. Vamos ver alguns textos que confirmam essa ideia:"Então alguns dos escribas e dos fariseus, tomando a palavra, disseram: Mestre, queremos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o do profeta Jonas; pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra." Mateus 12:38-40
"Começou então a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muitas coisas, que fosse rejeitado pelos anciãos e principais sacerdotes e pelos escribas, que fosse morto, e que depois de três dias ressurgisse." Marcos 8:31
"dizendo: Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas; e eles o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios; e hão de escarnecê-lo e cuspir nele, e açoitá-lo, e matá-lo; e depois de três dias ressurgirá." Marcos 10:33,34
"Respondeu-lhes Jesus: Derribai este santuário, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do santuário do seu corpo. Quando, pois ressurgiu dentre os mortos, seus discípulos se lembraram de que dissera isto, e creram na Escritura, e na palavra que Jesus havia dito." João 2:19-22
Se assim for como vemos no quadro, o termo "grande o dia de sábado" se referia ao feriado (=sábado) da Festa das Primícias, que começaria na sexta e se sucederia por outro sábado, que é o descanso semanal:
"Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados." João 19:31
Seja um sábado ou dois que se sucederam ao dia de Páscoa, em que o Cordeiro de Deus foi morto, as mulheres esperaram até ao domingo pela manhã para poder ir até o sepulcro e encontrá-lo vazio...
No outro quadro abaixo, porém, temos a ideia mais divulgada hoje, que é a de que Jesus morreu na sexta-feira. Além da dificuldade de encaixarmos os três dias e três noites da morte de Jesus nessa proposta, outro detalhe é a de que, da mesma forma, neste caso a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém não poderia cair no domingo, mas sim, na segunda-feira:
Existe uma terceira teoria que circula hoje pela internet afirmando que Jesus teria morrida na quarta-feira, e ressuscitado no sábado, porém, a ressurreição de Jesus, que é o nosso ponto de referência, precisa ser um dia após o sábado após a Páscoa, pois Jesus ressuscitou exatamente no dia de Primícias:
"E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote; E ele moverá o molho perante o Senhor, para que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado o sacerdote o moverá." Levítico 23:9-11
"Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem." I Coríntios 15:20
- Comprou os escravos, dando-os liberdade;
“Pela
fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de
Faraó... tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que
os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa... Pela fé,
celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos
primogênitos lhes não tocasse.” Hebreus 11:24,26,28
Em Moisés, o primogênito
foi morto para que todo o povo fosse liberto, levando a mistura de
gente, ou seja, os gentios que desejaram, para fora do Egito. Em
Jesus, o unigênito morreu para libertar-nos todos, israelitas e
gentios. Redenção significa “comprar de volta” ou “salvar do
cativeiro pagando um preço”. Uma das formas de comprar um escravo
era oferecer em troca um escravo equivalente ou superior. Jesus é
chamado em Isaías de Servo (Isaías 50:10; 52:13; 53) e ele se
entregou em nosso lugar (Tito 2:14).
O sacrifício deveria ser
feito por toda a congregação (Êxodo 12:6), demonstrando o caráter
universal do sacrifício de Cristo e, ao mesmo tempo, o cordeiro era
pessoal (Êxodo 12:3), pois cada um tem que aceitar Sua morte em seu
lugar.
“Em
quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas,
segundo as riquezas da sua graça,” Efésios
1:7
- Se tornou o próprio Pão sem fermento;
Assim como
Deus enviava do céu o maná todos os dias para o povo de Israel se
alimentar (Êxodo 16), assim também Jesus:
* Foi
enviado pelo Pai (João 4:34; 5:30,36,37; 6:38,39,40,44,57;
8:16,18,29,42; 10:36; 12:49; 14:24; 20:21; I João 4:14);
* Desde os
céus (João 17:5; Efésios 4:10; I Timóteo 1:15);
* Para ser o
pão (João 6:27-58);
* Sem
fermento da mentira (Mateus 16:6,11,12; Lucas 12:1; I
Coríntios 5:6-8; Gálatas 5:9);
* E ser
moído (Isaías 53:5,10);
* E
partido (Daniel 9:26; Mateus 26:26; Marcos 14:22; Lucas 22:19; I
Coríntios 11:24);
* Para
alimentar o ser humano (Amós 8:11; Mateus 4:4; Lucas 4:4; João
1:1);
O
Messias foi cortado exatamente como profetizado em Daniel 9:24-27, na
69º semana após a ordem para a reconstrução de Jerusalém por
Ciro, ou seja, 483 anos após, pois cada semana possui 07 anos
(Gênesis 29:27,28). Após a 69º semana, quando o Messias foi
cortado, começou uma pausa, que chamamos de “Dispensação da
Graça”, mas brevemente o relógio voltará a ser contado, quando o
verdadeiro “maná escondido” será entregue aos que perseverarem
até o fim (Apocalipse 2:17) para que a vontade do Pai seja cumprida
(João 4:34) e a felicidade, ao provarmos desse pão, seja completa
em Seu reino (Lucas 14:15).
Assim como
Cristo é o cordeiro que devemos comer para sermos salvos, Ele é o
pão para nos sustentar eternamente, seja sendo representado pelo pão
sem fermento da Páscoa, pelo maná que caia do céu, pelo pão da
mesa da proposição (Êxodo 25:30) ou pelo maná escondido na arca
da aliança (Apocalipse 2:17).
- Espera que estejamos preparados para ir em direção à Terra Prometida.
O fato de
cumprir todo o ritual e estar com as vestes preparadas nos remete a
duas observações: O povo de Israel precisava ter fé que seriam
libertos. Mas a fé não era suficiente. Eles precisavam agir.
Sabemos que
a fé é que nos salva da ira futura (João 1:7; 3:16,36; Atos 15:11;
Romanos 8:24; Efésios 2:8; Hebreus 10:39), mas a nossa fé nos faz
trabalhar em prol da busca do Reino de Deus nesta terra (Tiago
2:14-26). Quando o anjo da morte passasse, apenas o sangue na porta
seria o suficiente, pois o que garante nossa salvação é Cristo,
mesmo sem obras (I Coríntios 3:13-15), mas a obra segue os que têm
fé. O próprio ladrão na cruz, que se arrependeu no momento de sua
morte, foi salvo e fez obras, pregando para o outro ladrão sobre a
inocência de Jesus (Lucas 23:39-43).
Temos
que examinar nossa maneira de viver aqui nesta terra, para que não
sejamos condenados com o mundo (I Coríntios 11:27-32). Temos que
tomar do cálice da salvação e pagar nossos votos (Salmos
116:12-14) e, assim como eles tinham que comer com
pressa, assim também precisamos ter pressa para deixar tudo que nos
impede de seguir a Cristo, pois a qualquer momento que não sabemos,
a trombeta tocará e, rapidamente a Igreja sairá dessa terra, que
não a pertence, para se encontrar com nosso Senhor (I Coríntios
15:52; I Tessalonicenses 4:16,17) indo em direção à terra que nos
foi preparada desde a fundação do mundo (João 14:2,3; Jerusalém
3:12; 21:2). Creia e se vista de santificação para estar preparado
para a volta do Senhor Jesus (Efésios 4:24; Apocalipse 3:18; 19:8).
Essa é a herança dos filhos pela fé de Abraão, a sua descendência
como as estrelas dos céus (Gênesis 15:5; 22:17; 26:4; Romanos
4:12-18; Gálatas 3:7-14; Hebreus 11:8-16).
Quanto à
descendência de Abraão como a areia da praia (Gênesis 22:17;
32:12), há outra herança que falamos no início deste estudo. Até
hoje, por mais que o povo de Israel tenha entrado em Canaã desde a
época de Josué, eles ainda não herdarem a promessa de habitar
desde o rio do Egito até o rio Eufrates (Gênesis 15:18). Os reis
Salomão e Davi foram os que mais se aproximaram da promessa, mas não
a alcançaram. Compare no mapa ao lado o território que esses dois
reis consquistaram e o que eles vão alcançar um dia. Quando isso
acontecer, a Páscoa estará completa e o Reino do Senhor Jesus
estará estabelecido (Apocalipse 14:1-5; 20:4).
Para que a
Páscoa seja completa, o território do Inimigo precisa sofrer juízo
e o Inimigo da humanidade precisa ser vencido. Por isso a necessidade
da Grande Tribulação, para julgar o mundo pecador, e a derrota
final de Cristo contra o Anticristo e Satanás. Assim como Faraó
perseguiu os 600 mil de Israel com 600 cavalos (Êxodo 12:37; 14:7),
o Anticristo se levantará com o número 666 (Apocalipse 13:18)
enganando as nações e levantando o mundo contra os israelitas
(Apocalipse 12:13-17; 16:13-16), mas assim como Israel clamou diante
do mar vermelho (Êxodo 14:10), Judá clamará por socorro (Zacarias
12:10) e a arma de destruição do Anticristo o destruirá (Zacarias
14:12; II Tessalonicenses 1:8) e Israel será salvo. Por fim, como o
povo de Israel cantou o cântico de Moisés, após a libertação do
mar vermelho (Êxodo Êxodo 15:1-21), os salvos cantaram o cântico
de Moisés e do Cordeiro (Apocalipse 15:3-4).
“Então
cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao SENHOR, e
falaram, dizendo: Cantarei ao SENHOR, porque gloriosamente
triunfou... Tu os introduzirás, e os plantarás no monte da tua
herança, no lugar que tu, ó SENHOR, aparelhaste para a tua
habitação, no santuário, ó Senhor, que as tuas mãos
estabeleceram. O SENHOR reinará eterna e perpetuamente;”
Êxodo 15:1,17,18
- Abraão celebrou a Páscoa com Melquisedeque em Salém (Gênesis
14:18 );
- Moisés celebrou a Páscoa com Israel para irem a Jerusalém (Êxodo
11-15);
- Nós, filhos de Abraão pela fé, celebramos a Páscoa através da
ceia desejosos de estarmos na Nova Jerusalém (II Coríntios
11:24-26);
“E
disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que
padeça; Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se
cumpra no reino de Deus.”
Lucas 22:15,16
MAIS COSTUMES FORA DA PALAVRA
- Proibição de comer carne vermelha
O catolicismo romano
introduziu a tradição de fazer jejuns, abster-se de bebida
alcoólica e um sem-número de penitências durante os 40 dias entre
o Carnaval e a Páscoa. Esse período é chamado de Quaresma.
O jejum é uma tradição
que se consolidou na Idade Média, época em que a carne vermelha era
consumida em banquetes, nas cortes e nas residências dos nobres. Ela
tornou-se, então, símbolo da gula, associado ao pecado. Dessa
forma, a Igreja orientava os fiéis a comerem carne à vontade antes
da quaresma – o que deu origem aos banquetes chamados “carnevale”
e ao atual Carnaval – e depois se absterem de carne, durante os 40
dias que antecediam a Páscoa. O peixe não chegou a entrar na lista
da abstinência porque sua presença era irrelevante nos banquetes
medievais. Com o passar do tempo, os 40 dias de abstinências mais a
Semana Chamada Santa, passaram a apenas um jantar com bacalhau na
Quarta-feira de cinzas e na Sexta-feira da Paixão.
Eis os motivos que
encontrei para tal costume:
- A Quaresma tem relação
com os 40 dias que Jesus passou no deserto em jejum e confrontou-se
com o Diabo;
- Porque o sangue da
carne vermelha nos faz lembrar da morte de Jesus e, em respeito a
Ele, é bom não derramar mais sangue neste dia e matando o peixe,
não se derrama sangue aparentemente;
- Porque é um tipo de
jejum não comer carne esse dia, como uma penitência para reparar os
pecados e descontar as penas merecidas. É a emenda de nossos
pecados.
Analisando tudo isso
podemos entender que nada tem ligação com o que Jesus requer de sua
Igreja e, além de tudo, se fazemos um jejum, é para nos consagramos
e não para que sejamos perdoados de pecados pagando por eles
(Colossences 2:20-23). Jesus já pagou todo o preço porque não
teríamos condições de pagá-lo.
- Doutrina da Transubstanciação
O concílio de Trento
inventou a doutrina de transubstanciação, onde, para o catolicismo,
os elementos, o pão e vinho, se tornam no corpo e no sangue de
Cristo literalmente. Já os luteranos e outros defendem a tese de
consubstanciação (que a presença espiritual de Cristo acompanha os
clementes).
Mas conforme a Bíblia os
elementos apenas “representam/simbolizam” o corpo e o sangue de
Jesus. Através da ceia nós mostramos Sua morte até que Ele venha.
É simplesmente em memória de Dele.
Sendo assim, temos que
ter cuidado para não “abençoarmos” o pão da ceia como se ele
fosse algo profundamente santo, ao invés de apenas agradecermos por
ele.
- A Obrigatoriedade de usar pão sem fermento
Paulo
comeu o pão fora da data da Páscoa, fora de Jerusalém e não vemos
nenhum fundamento para isso.
Jesus
instituiu o cálice do suco de uva, que não havia na celebração da
Páscoa ordenada por Deus. Esse é que não pode ser fermentado,
porque Paulo avisa sobre a impossibilidade de haver embriaguez na
ceia (I Coríntios 11:21).
O pão
sem fermento de Jesus é a separação da doutrina dos fariseus e
para Paulo é a pureza espiritual, como já vimos anteriormente.
CONCLUSÃO
Percebemos durante este
estudo que vivemos um mundo de sincretismo religioso, onde absorve-se
uma cultura mundana e demoníaca e infiltra-se no que é santo.
Vivemos uma época em que “vale tudo” para se “ganhar” almas.
Festas juninas góspeis, músicas apelativas góspeis etc. Onde vamos
parar? Não sei, mas sei que Jesus nos chama para sermos sal e luz
neste mundo.
A verdadeira Páscoa nos
proporciona o desejo de desfazermos os costumes mundanos, e não nos
associarmos a eles, assim como Israel fez quando se afastou do Egito,
tirou o que é “levedado” de suas casas e, na época dos reis,
expeliu toda idolatria de seus territórios.
Existem muitos que já
viram e têm visto os sinais de Cristo a cada dia mais,
principalmente através dos meios de comunicação, mas, assim como
Faraó, não querem se converterem e deixar o Espírito Santo tirar
de suas vidas tudo que é impuro (Êxodo 11:10;
João 12:37-42). Não endureça o seu coração, meu querido.
Se você acha que tudo não tem nada a ver, acorde! Após o anjo
destruidor passar, será tarde demais...
Não tema o que as
pessoas vão pensar de você! Tema ao Senhor, acima de tudo!
Certa
vez, o anjo destruidor só parou de destruir os israelitas quando
Davi levantou um altar e matou animais no lugar deles, justamente
onde seria o templo de Jerusalém. Isso significa que você precisa
reconhecer o sacrifício de Jesus como eficaz na tua vida, para que
teus pecados sejam perdoados. Participe do símbolo da ceia conosco e
deseje ardentemente ser salvo do anjo destruidor que virá sobre o
planeta brevemente...
Mais informações, leia a postagem Mudaram a Páscoa.
Mais informações, leia a postagem Mudaram a Páscoa.
Um comentário:
Li todo o conteudo de sua matéria e me foram instruidas varias coisas de que não tinha conhecimento, vejo como é bom estar atento às palavras do livro sagrado, a biblia que em sua totalidade vemos como a verdadeira palavra de Deus bem como o seu cumprimento em toda a vida dos humanos, sejam judeus ou gentios sou muito agradecido ao seu largo conhecimento e da aplicação de suas palavra à materia que instrui muito. obrigado. Levi Queiroz da Silva
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