09 agosto 2010

À Minha Vovó


Estou para vir aqui desde o mês passado, mais precisamente dia 26 de julho de 2010 para expressar uma meditação/testemunho sobre alguém que foi muito importante em minha vida.
Exatamente neste dia foi comemorado o dia da vovó, e logo lembre da minha.
Só conheci minha vó por parte de mãe, pois meus outros avós já eram falecidos antes que eu nascesse.

Esta que eu quero mencionar, senhora Maria Francisca da Conceição, pernambucana, nove filhos vivos, dezenas de netos e bisnetos, casada com João Rodolfo de Melo, veio ao Rio de Janeiro por causa de meu tio Luiz Rodolfo de Melo, que conseguiu uma casa melhor para eles.
Era católica, assim como toda a família, e onde moravam até apedrejavam os evangélicos ousados que iam lá em sua terra para pregar a santa Palavra, segundo o que conta minha mãe.
Aqui no Rio de Janeiro ela conheceu a Igreja Universal do Reino de Deus, conheceu a Palavra de Deus e, assim, se converteu a Cristo, passando seus anos servindo ao Rei. Não só ela, mas como quase todas as minhas tias se converteram através desta igreja, que, falem o que falar, amo, pois ali comecei a conhecer meu Deus!

É aí que quero focar: eu tinha 14 anos quando vinha avó faleceu e o que posso guardar de recordação dela foi sua dedicação, mesmo sem condições, à obra de Deus. Me emociona lembrar que, muitas vezes, sem forças de ir para a Casa de oração, ela caia pelas ruas, nos quebra-molas, mas nunca deixou de ir, a não ser quando a doença atacou forte e ela não pode mais se levantar. Seu amor por Deus, pela obra, pela família são coisas inesquecíveis.

Ela sentava comigo na casa dela e pedia para eu escrever os seus pedidos de oração, assim como minhas tias e minha mãe fazia. Sem saber, elas me estimulavam a ser um homem de oração, pois assim elas me ensinaram a orar.

Lembro-me de minha vó contando a história sobre o nascimento de Jesus, ao som dos animais da roça.
Lembro-me também de que ela não podia ouvir meu irmão chorando que vinha correndo gritando: "Caaaado!" para defendê-lo. Lembro-me que quando aprontava e minha mãe queria me bater saía correndo para a casa dela, e me trancava no banheiro, até que minha avó a convencesse de não me castigar (kkk). Tá certo que quando eu e meu irmão ficávamos com minha vó enquanto minha mãe ia trabalhar, tinha que comer sua comida que não era das melhores... rsrsrs... mas isso deixa para lá... rs

Agora vem a parte chata: Lembro-me das últimas noites de Natal, quando minha avó chorava pela ausência do filho que ela tanto amava que a tinha desprezado. Nesta data, antes, toda a família se reunia na casa desse meu tio para festejarmos essa noite, mas nos últimos anos de minha avó viva ele se afastou dela. Que dor foi para ela isso... Uma data inesquecível foi quando ele parou o culto na Universal (e ninguém, ninguém mesmo, para um culto na Universal... rsrs) no dia das mães. Foi emocionante para todos. Mas infelizmente isso acabou. Fica-me a lição:

"Nunca, jamais, em tempo algum" posso abandonar minha mãe, pois sei muito bem o quanto minha avó sofreu pelo desprezo do filho.

Mesmo após morta, e foi triste seu enterro (aliás, o único enterro da família que eu fui foi o dela), coisas que ela pedia em oração aconteceram e sou testemunha disso. Hoje o meu lar tem paz, todos estão na casa do Senhor e graças a muitas orações de minha avó! Glórias a Deus, que responde orações!

Obrigado, vó, pelas coisas que me ensinastes, assim como o evangelista Timóteo foi instruído por suas vó e mãe, tenho muito a agradecer pelas minhas vó e mãe, também.

"Trazendo a memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti." II Timóteo 1:5

Não adianta apenas tentar dizer o que seu filho/sobrinho/neto deve ou não deve fazer. Mostre como se faz. O melhor tipo de didática não é a falada. Isto está mais do que comprovado pelos pedagogos. Ao invés de falar, mostre o correto, exercite corrigindo e seja o exemplo fazendo. A Bíblia nos ensina que os pais devem ensinar seus filhos "no" caminho, e não "o" caminho. Qual a diferença disso?

Quem ensina "o" caminho, só fala. Quem ensina "no" caminho, está fazendo e mostrando como se faz.

"Instrui o menino no caminha em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele." Provérbios 22:6

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